Start-Ed quer fomentar a criação de edtech
A Fundação Lemann lançou ontem o Start-Ed, programa que vai dar apoio técnico e financeiro de R$ 20 mil para até dez start-ups educacionais ligadas à produção e aprimoramento de softwares, aplicativos e jogos voltados para língua portuguesa. As inscrições estão abertas até 7 de agosto e podem participar pessoas físicas, empresas ou organizações sem fins lucrativos.
O Start-Ed surge com a proposta de incentivar iniciativas que possam ser aplicadas à realidade de alunos de escolas públicas brasileiras, para uso em sala de aula sob orientação dos professores ou para estudo complementar em casa. As propostas podem focar desde a educação infantil até o ensino médio e devem ser voltadas para alfabetização ou quaisquer ferramentas para aprimoramento da leitura e escrita. Valem ideias que coloquem crianças, pela primeira vez, em contato com o alfabeto; recursos que ajudem estudantes com defasagem idade-série na interpretação de textos; ou ainda projetos, por exemplo, voltados à redação e a literatura para jovens.
“As soluções tecnológicas inovadoras para a educação, quando bem utilizadas dentro e fora da sala de aula, são decisivas para ajudar a melhorar o aprendizado. Elas podem ser usadas por muitos estudantes ao mesmo tempo e conforme o ritmo de cada um, permitindo grande ganho em escala e ensino personalizado”, afirma Denis Mizne, diretor geral da Fundação Lemann.
Para participar, cada projeto pode ter até três representantes inscritos que precisam apresentar um minicurrículo cada, um breve histórico sobre a ferramenta contendo: público alvo, objetivos, os resultados esperados e o impacto que ela pretende causar na educação. Além disso, é necessário ainda o envio de uma apresentação didático-metodológica do projeto e de um vídeo, apresentando o projeto e a equipe envolvida. Os vencedores serão anunciados em 28 de agosto. (Veja todas as informações e regras do programa).
Os empreendedores selecionados vão participar, entre setembro e dezembro, de seis encontros presenciais em São Paulo, onde terão workshops e debates sobre desenvolvimento de softwares educativos, design instrucional, neurociência e aprendizado. Nessas reuniões, eles também vão receber orientações para pesquisa, prototipagem e teste do produto.
Além disso, as propostas escolhidas terão acesso a uma rede de contatos de escolas públicas do país, especialistas e investidores. Segundo Mizne, a proposta é que os empreendedores estreitem seus laços com os diferentes nichos de clientes, financiadores e reguladores para que consigam entender o funcionamento dos recursos digitais educacionais. Em dezembro, todos os projetos deverão se apresentar para uma comissão de especialistas. As iniciativas mais bem avaliadas, com potencial de impacto e escalabilidade, poderão receber mais financiamentos e apoio em 2014.
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