sábado, 18 de abril de 2015

Aprendizagem Online em Casos de Emergência

Em fevereiro deste ano, na capital paulista, o rio Tietê transbordou, escolas foram atingidas e bairros inteiros ficaram alagados. Apesar de tudo, a forte chuva ajudou a encher o reservatório do sistema cantareira. Em contrapartida milhares de alunos ficaram sem aulas.
Isso parece tudo? Não, Emergências ocorrem não apenas com a natureza mas, também com a saúde. Quantas vezes já não ouvimos falar de alunos que perdem aulas devido a uma emergência médica? Ocorreu dentro da minha própria realidade. Meu filho teve uma miocardite e teve que ficar em casa em responso absoluto durante 25 dias. E como ficam as aulas?
Além destas existem outras situações como: violência urbana – alunos em risco de sofrerem ameaças ou habitarem regiões onde ocorrem brigas entra facções criminosas, tiros por todos os lados… Situação caótica?A pergunta: o que as escolas têm feito para assegurar o acompanhamento das aulas por este público? Antigamente existiam os tutores domiciliares. Algumas escolas mandavam professores habilitados a prestarem o acompanhamento dos alunos debilitados.
Porque isso mudou de forma tão drástica?  A realização de aulas online parece enganosamente simples, mas já envolve sistemas de grande porte, como os distritos escolares ou universidades, e é algo que não têm ocorrido espontaneamente. Parece que ninguém está planejado para essas situações de emergência, principalmente sobre como se deve planejar a aprendizagem online a fim de que emergências como essas sejam atendidas.
Além da emergência do fato gerado (proporcionar educação a distância) ocorre a necessidade de atendimento da emergência do fator gerador (saúde debilitada, tempo complicado, violência que impede o cidadão a sair de sua casa para ir estudar, etc…).
Então quais são as decisões a se tomar?
1. Desenvolver uma ampla política de EaD na sua escola.
Uma política de aprendizagem online é realmente necessária, independente da legislação aplicada atualmente no Brasil. Qual será o papel de aprendizagem em sua escola? Seu plano político pedagógico prevê esse tipo de situação que eu mencionei acima?  Os alunos, professores e os pais possuem algum tipo de acesso online em alguma plataforma de educação a distância ou LMS que a sua escola oferece? Onde e como os estudantes e professores acessam os materiais? Será que a sua comunidade tem acesso a algum portal educacional? A partir de qual nível (idade/série) os estudantes possuem permissão para estudar online (todos os níveis? Ensino médio?)?
2. Integrar a tecnologia como plano de resposta de emergência na sua escola.
Algumas escolas já possuem planos e sistemas de resposta a emergências. Porém alguns ainda não integraram a tecnologia educacional (incluindo aprendizagem online e design de cursos exclusivo para essa modalidade) para atender essa política. Um lugar fundamental para começar é perguntar qual é o papel da tecnologia e como isso será feito no ato em que ocorrer a emergência? Em qual o contexto (análise contextual é requerida neste caso) o seu público se encontra? Esses alunos possuem acesso a internet e fluência digital para atender ao seu plano? Essa integração pode incluir o treinamento (para os professores ensinarem online) e os alunos a compreenderem como usar o LMS ou portal ou escola Internet (para que eles conheçam suas senhas, tenham acesso às matérias)?
3. Realizar um inventário da tecnologia requerida dos alunos nas escolas.
Que dispositivos é que os alunos e suas famílias possuem? Possuem acesso à Internet ou acesso à rede celular e smartphones? Saber o que as crianças possuem e se elas sabem como usar – ou seja, uma avaliação  ou análise contextual prévia sobre a infra-estrutura disponível - é um requisito básico para o planejamento para a aprendizagem online.
4. O acesso dos alunos a computadores ou rede de internet em casa
É aqui que reside o problema de qualquer planejamento das políticas de educação online de sua escola. Alguns alunos possuem computadores em casa, outros, especialmente os de baixa renda, não podem ter. Além disso muitas escolas ainda carecem de programas específicos desenhados especialmente para essa condição apresentada. Outros alunos, também de baixa renda, não tem acesso a um computador em casa ou um que funcione bem, quiçá rede para acesso a internet. Existem 2 escolas no Brasil que providenciam, em substituição ao tutor domiciliar, o acesso a um modem (pendrive) portátil com internet integrada aos alunos que estão convalescendo em casa - utilizado só em caso de emergência relacionada a tempo e saúde. Se a sua escola possui um plano político que leva em consideração essas condições, certamente estará na frente.
5. Abordar questões em torno do acesso de banda larga.
Outra coisa complicada. Uma resposta de emergência só pode funcionar se os alunos têm acesso à Internet em casa (e, idealmente, o acesso a banda larga em casa). Isso realmente é uma área que precisa de atenção especial, o pensamento criativo, e parcerias. Como exemplos, as escolas poderiam proporcionar aos alunos que não têm acesso à internet em casa com modems USB que podem ser conectados a um laptop para acessar um provedor de Internet móvel (não ideal pois o acesso é muito lento). Prefeituras e escolas podem explorar parcerias público-privadas, que poderia permitir acordos ou cooperação em termos de desenvolvimento de infra-estrutura básica da Internet ma sua comunidade? Seu plano político pedagógico deve prever tal situação? Solicitar patrocínio para obtenção de serviços que subsidiem o acesso à Internet em áreas de baixa renda é necessário? É possível na sua região?
6. Use a tecnologia facilmente disponível.
Considere outras tecnologias como TV educativa ou de programação educacional através de canais a cabo da comunidade local, ou estações de rádio comunitárias, ou o telefone. Que tal pagar uma mensalidade a algum portal educacional que já possui todos os materiais desenvolvidos? Exemplo: portal educacional do Positivo que oferece conteúdos e acesso à informação à diversas escolas conveniadas. O ponto não é, necessariamente usar o ensino on-line, mas sim fornecer instruções durante uma emergência, através das tecnologias que a maioria das famílias já têm e sabem como usar.
7. Mover-se para uma abordagem de blended learning.
Pensar numa abordagem blended-learning (ensino misto – presencial e online juntos), onde os alunos participam de algumas aulas na escola e algumas online é uma estratégia que ajuda na implementação de planos emergenciais, uma vez que o aluno que, porventura, se ausentar poderá acompanhar o curso sem problemas pois já estará ambientado na plataforma. Isso é o que chamo de “prevenir para não ter que diagnosticar”. Uma abordagem blended ou mista, também significa que a escola deverá abordar as questões de banda larga e acesso em casa, já que os alunos terão acesso ao currículo via recursos digitais.
Conclusão:
A natureza sempre vence. Chuvas, doenças, calamidades públicas e violência podem tirar o aluno de sala de aula. Com uma abordagem de aprendizagem online podemos minimizar problemas. Devemos sempre estar prontos para eventos não planejados. Se quisermos capitalizar o potencial real da aprendizagem online para conectar os alunos e conteúdos em situações como essas, o planejamento é inevitável. A sua instituição está preparada para isso?
Avante

Fonte: http://www.abradi.org/?p=3368

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Por uma gestão Educacional notável

“O diretor deve ser persistente na busca pela perfeição para todos, alunos e docentes”. 
A frase, do professor e consultor educacional inglês Anthony McNamara, do National College for Teaching and Leadership (Faculdade Nacional para Ensino e Liderança) – NCTL, na Inglaterra, resume o pensamento do país europeu sobre como deve ser a rotina de um gestor que deseja uma escola reconhecidamente notável. McNamara tem mais de 18 anos de experiência como professor, coordenador e gestor escolar na Inglaterra, os quais ele usa agora para ensinar educadores brasileiros e britânicos no NCTL.
Em agosto, McNamara foi um dos palestrantes convidados do I Seminário Internacional de Boas Práticas em Gestão Escolar, promovido pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Na oportunidade, ele conversou com a Gestão Educacional sobre as principais características de um diretor de uma escola notável, quais práticas ele deve promover, como manter uma gestão democrática em uma instituição de ensino e os principais desafios da gestão escolar de alta qualidade. Para o especialista, o diretor convive com a responsabilidade de garantir um aprendizado de alto nível para os alunos e um ambiente de trabalho de qualidade para os colegas educadores, mas não sem ter pulso firme e saber dosar o trabalho com as horas de lazer e descanso.
Gestão Educacional: Quais são as principais características do gestor de uma escola notável?
Anthony McNamara: Os gestores de escolas notáveis não precisam ter um conjunto de qualidades para conseguir motivar e ganhar o respeito de colegas, alunos e pais. Estamos, primeiro, falando de aspectos do caráter, da personalidade do gestor, os quais são incrivelmente importantes. É preciso que ele mostre integridade, para que as pessoas tenham confiança nele (ou nela), e determinação, porque é uma tarefa difícil gerir uma escola. É preciso resiliência também, porque, às vezes, é muito difícil. Um diretor pode passar por dias difíceis e ficar um bocado decepcionado, mas ele precisa ter coragem para continuar. Bom juízo também, mas talvez a mais importante de todas as qualidades seja a inteligência emocional. É compreender que os colegas, os alunos e os pais têm suas dificuldades e seus desafios, ou seja, aquele diretor que compreende que as outras pessoas têm seus problemas, que não aceita isso como justificativa para um desempenho inadequado, mas que usa essa compreensão para ganhar a confiança de outras pessoas. O diretor de uma escola notável necessita de uma atitude animada, entusiástica e curiosa em relação à vida e, também, de um forte compromisso com a justiça e a igualdade. Ele também não deve ser um administrador. Administração é importante, mas o mais importante é colocar as crianças em primeiro lugar. O diretor deve ser persistente na busca pela perfeição para todos, alunos e docentes. É necessário ter uma visão estratégica e inclusiva, não apenas para a sua comunidade escolar. Essa visão deve ser comunicada amplamente por meio de vários métodos e de uma maneira atrativa e acolhedora, pois ela deve ser partilhada e integrada às opiniões de docentes, pais e alunos.
E quais são as características das escolas notáveis?
McNamara: As escolas notáveis estabelecem padrões educacionais desafiadores, mas alcançáveis, e acompanham o progresso de cada criança, a fim de combater a desigualdade. Uma das principais funções da escola é diminuir as diferenças entre meninos mais privilegiados e crianças menos favorecidas. Para fazer isso, é preciso investir mais recursos no apoio de alunos com necessidades escolares ou que vêm de um contexto socioeconômico baixo. Para gerir uma escola notável, é preciso também recrutar pessoas com qualidade excepcional e continuar a apoiá-las, oferecendo formação profissional de alta qualidade e com foco na melhoria contínua das competências pedagógicas.
Quais são as práticas pedagógicas presentes em uma escola notável?
McNamara: O mais importante é entender as maneiras mais eficazes de aprender. Vamos começar não com o ensino, mas com a aprendizagem, ver como os alunos aprendem e construir a pedagogia priorizando os processos de aprendizagem. Isso significa que todos os elementos do ensino terão que levar em conta a maneira como o aluno aprende. Vou dar um exemplo: quando um professor pergunta à classe “Qual é a capital da França?”, os alunos que levantam os braços para responder o fazem porque já sabem a resposta ou são muito confiantes e não se preocupam em errar. Mas os outros alunos que estão sentados não compartilham da resposta, o que não é bom para eles, pois podem acabar preguiçosos e sem se engajar na lição. Devemos ensiná-los [aos professores] como fazer perguntas, de maneira que todos os alunos estejam engajados no processo da resposta. O professor pode dizer: “Eu tenho uma pergunta para vocês: Qual é a capital da França? Agora, eu não quero que vocês levantem os braços. Não vou dizer nada por 10 segundos e todos têm que pensar. Vocês podem até conversar com o seu vizinho, pois nem todos sabem a resposta. Depois, eu vou nomear quem responderá”. Todo mundo foi engajado pela pergunta. Essa pergunta é muito fácil, porque há o correto e o não correto. Se depois você fizer perguntas mais complexas, em que o aluno precise realmente raciocinar, esse processo de lançar a pergunta e dar um período pequeno de silêncio para todos pensarem e explorarem uma possível resposta faz com que todos se engajem. Quanto mais oportunidades houver para os alunos se engajarem no processo de aprendizagem, menos oportunidade haverá para a falta de atenção e o mau comportamento. Portanto, a sala de aula bem gerida conta com professores que entendam como engajar o interesse de todos os alunos e consigam manejar o tempo, de modo que todos tenham interesse no que eles estão dizendo, e saibam avaliar os alunos, de forma que estes saibam se estão tendo progresso. Além disso, um professor que explique as áreas em que os alunos tenham menos confiança e cometam mais erros também ajuda. Ou seja, é preciso haver uma preocupação intensa com a pedagogia.
Como são os bons diretores de escola na Inglaterra?
McNamara: Na Inglaterra, nós pensamos nos melhores diretores de escola. Antes de eles assumirem como diretor, eles já eram bons professores, ou seja,  subiram pela hierarquia da escola, ou seja, por mérito. Eles são um modelo a seguir: entendem realmente quais são os reais desafios de ensinar [durante as] aulas. Pensamos também que é bom que o professor-diretor continue a ensinar. Então, [um bom diretor coloca a] pedagogia em primeiro lugar e tem aspectos de boa liderança, como as características que citei anteriormente: inteligência emocional, determinação e capacidade de pensar estrategicamente.
Em sua opinião, qual é a importância dos resultados de avaliações externas, como o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), para uma instituição escolar?
McNamara: É muito importante que as escolas tenham metas desafiadoras, mas alcançáveis pelos alunos. E qual [meta] seria melhor do que comparar o progresso dos alunos com os melhores sistemas [educacionais] do mundo? Por meio do Pisa, do Talis [Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem, sigla em inglês], ou seja, por meio desses sistemas de avaliação do desempenho de vários países, nós sabemos em quais deles os alunos estão progredindo mais rapidamente. Ao investigarmos essas nações e os seus sistemas de educação, podemos identificar elementos comuns. Sabemos, por exemplo, usando os dados do Pisa, que nos melhores sistemas de ensino, os diretores têm muita autonomia e têm dados muito bons sobre cada um de seus alunos – eles incluem todos os alunos em seus dados, não somente aqueles que são espertos e inteligentes, ou dão preferência àqueles com necessidades educacionais especiais. Esses países investem muito, mas muito dinheiro em suas escolas, para que fiquem bonitas e tenham boas instalações boas, valorizam o magistério como uma profissão que as pessoas realmente queiram seguir e os licenciados que estejam no topo da sua capacidade intelectual. São pessoas que querem seguir a profissão porque ela é bem paga e respeitada. Esses exames ajudam os países a determinarem quais devem ser suas prioridades. Sabemos que há certos problemas com programas como o Pisa. Sabemos, por exemplo, que o melhor país do mundo [em educação] é a Coreia do Sul, que tem uma pedagogia um pouco maquinal. Os alunos estudam para quatro exames a cada ano e memorizam páginas e mais páginas de fatos para responderem às perguntas do exame. O problema é que as competências que nós vamos precisar no século XXI não são ensinadas. É bom memorizar fatos, mas não é essa habilidade que ajudará os países a se desenvolverem. Precisamos de pessoas com inteligência emocional, capazes de tomar iniciativa e trabalhar em grupo. Então, como medir e avaliar competências mais complexas? Não se pode avaliar algumas dessas competências com um exame formal, em que todo mundo está sentado, escrevendo ao mesmo tempo. Claro que se pode fazer isso com Matemática, Gramática, mas não se pode avaliar competências mais complexas. Não resolvemos totalmente os desafios que enfrentamos, mas acredito que os países devem olhar com grande interesse o que está acontecendo nos grandesrankings mundiais. É bom para o Brasil tomar nota do progresso de países em contextos semelhantes ao brasileiro para ver se realmente o sistema brasileiro de educação está funcionando tão bem quanto o país, talvez, queira.
Como o gestor pode possibilitar uma gestão participativa e democrática na escola?
McNamara: Todos somos líderes e precisamos apoiar as qualidades e as competências em todos os escalões de uma escola. Mas ainda não estou totalmente convencido disso, da gestão democrática na escola, pois é preciso tomar decisões difíceis. Por exemplo, se houver um professor que não está ensinando bem e, depois de muitas tentativas de ajudá-lo a melhorar seu ensino, [este continuar] com absenteísmo e sem engajar seus alunos, não podemos ter uma escola notável mantendo professores fracos e resistentes ao desafio e ao apoio. Às vezes é preciso demitir, e essa é uma decisão difícil, porque os professores são leais uns aos outros. Pode-se dizer que eles não estão contentes, pois a existência de professores fracos gera problemas também para os outros: em uma aula fraca, os alunos ficam mal comportados, [comportamento que se reflete] também na próxima aula. Agora, é outro professor que tem problema com os alunos indispostos a aprender. É preciso que o líder tome decisões difíceis. Apesar de eu ser totalmente a favor da democracia quando for possível, às vezes o diretor deve tomar decisões difíceis. É algo que eu, de vez em quando, tive que fazer. Foi horrível, mas eu sei que isso foi bom para a escola, porque eu estava preocupado com os alunos, que perdiam suas perspectivas futuras por causa da presença de um professor fraco. É um dilema. Não se pode ser totalmente democrático, pois é preciso ter, às vezes, a coragem para tomar decisões difíceis.
Para concluir, quais são os desafios do gestor escolar na atualidade e qual é o caminho para superá-los?

McNamara: Há muitos desafios. É uma pressão extraordinária. No meu caso, eu era responsável por 1,1 mil alunos e queria proteger os interesses de cada um deles. Tinha responsabilidade também por 130 pessoas e queria proteger os interesses de cada um de meus colegas. Essa responsabilidade é uma carga enorme sobre os ombros de qualquer indivíduo, e é preciso que esse indivíduo tenha apoio, seja por meio de contato regular com seus homólogos, seja por meio de uma pessoa responsável pela rede de escolas, seja por meio de alguém com quem falar sobre as frustrações e dificuldades. Manter os níveis de ensino também é uma responsabilidade muito difícil. Você precisa saber o que está acontecendo na sala de aula, fazer o esforço de acompanhar as lições, falar e acompanhar os colegas professores e assegurar que eles se sintam bem. Uma coisa que acontece também, e que eu descobri nos anos em que fui diretor, é que quanto mais apoio eu dava aos meus colegas, mais eles me apoiavam. Tínhamos um interesse mútuo para enfrentar as dificuldades. É preciso ter coragem de desafiar e falar abertamente sobre os problemas, mas, se houver confiança entre a equipe, isso ajuda muito. Eu acredito também que nós trabalhamos para viver, e não vivemos para trabalhar. É preciso que o diretor tenha oportunidade de descansar, de passar tempo com a sua família, de ler muitos livros, de fazer exercícios e de ter uma vida fora da escola. Porque somos seres humanos e, se ficarmos todo tempo na escola, vamos perder alguma coisa.
Fonte: http://www.gestaoeducacional.com.br/index.php/reportagens/entrevistas/1002-por-uma-gestao-escolar-notavel

quinta-feira, 16 de abril de 2015

ENEM 2015 - Dicas de links, simulados e provas

Pensando nos alunos que estão se preparando para o ENEM 2015 separei alguns posts aqui do "Utilizando as Mídias na Educação" sobre o assunto, com excelentes dicas. Confira os links:








Você pode fazer o download das provas e dos gabaritos de 2014 no site do ENEM.



Fonte: Utilizando as Mídias na Educação - 
http://utilizandomidias.blogspot.com.br/2015/04/estude-para-o-enem-2015-dicas-de-links.html

quarta-feira, 15 de abril de 2015

INPE - Ranking latino-americano do Google Scholars

INPE é a segunda instituição no ranking latino-americano do Google Scholars



De acordo com a última atualização do Google Scholars, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é o segundo centro de pesquisa na América Latina e o 32º no mundo, entre 8.000 instituições, do Ranking Web (Webometrics). Os critérios de avaliação levam em consideração uma série de dados disponíveis na internet, que estão agrupados pelos indicadores de visibilidade, de atividade (Google), números de páginas web, quantidade de arquivos (docx, pptx, pdf, etc) e números de artigos no Google Scholars.

No ranking dos cientistas brasileiros, o pesquisador Walter Gonzalez, da Divisão de Geofísica Espacial do INPE, aparece na 87ª posição. O ranking considera cientistas de todas as áreas do conhecimento e utiliza o indicador h-index como critério de colocação. O h-index igual a 44 de Gonzalez significa que o cientista do INPE possui 44 artigos de sua autoria citados em outros artigos pelo menos 44 vezes. Como critério de desempate, o Google Scholars utiliza o número total de citações de artigos do pesquisador, que no caso de Gonzalez, 8.707.

A participação dos cientistas no Google Scholars é voluntária e apesar de o Web Ranking não ter como objetivo principal ranquear instituições e pesquisadores, a avaliação é bastante utilizada no meio científico e acadêmico como indicador de produtividade científica.

O ranking dos pesquisadores brasileiros está no linkhttp://www.webometrics.info/en/node/102; e das instituições latino-americanas, emhttp://research.webometrics.info/en/Americas/Latin_America

via INPE
Fonte: http://www.pesquisamundi.org/2015/04/inpe-e-segunda-instituicao-no-ranking.html

terça-feira, 14 de abril de 2015

Dicas de Brainstorming para Desenhistas Instrucionais

A própria atividade que gera a profissão de desenho instrucional é pautada na competência em criar e expressar conceitos em grupos. Sempre que revisitamos projetos e lidamos com novos desafios somos requisitados a sentar em grupo em colaborar com as idéias do grupo. Ao gerir equipes de desenvolvimento instrucional, não é diferente.
Durante as várias sessões de brainstorming somos capturados por um turbilhão de idéias e conceitos, por vezes incertos e, que torna difícil a expressão de como estas nossas idéias possam se tornar  dignas de confiança. Na verdade, sessões que sugerem a tal “chuva de idéias” se tornaram a parte mais divertida do trabalho de qualquer designer instrucional e, como não podia deixar de ser, existe um método ou técnica (que é chamada dos 4C´s) que facilita a extração do máximo de benefícios da equipe para a excelência do seu projeto de e-learning.
Designers Instrucionais são frequentemente contratados para debaterem e desenvolverem novas soluções, como parte de uma equipe maior composto por engenheiros, criadores, gerentes de projeto, e até mesmo os vendedores, especialmente, desde que a EAD passou a englobar  novas modalidades. É objetivo dessa nova equipe incluir cada qual com uma diversidade de forças e personalidades que podem ser um pouco difícil para o DI gerir. Na verdade o DI, enquanto gestor de equipes, deve entender como cada um da equipe pode emergir como um líder para dar suporte total ao projeto EAD. É exatamente isso o que estes 4 C´s podem fazer por você:
1. Colaboração
Como uma parte igual da equipe, saber que você está completamente habilitado para assumir o papel de representante dentro da solução a qualquer momento. A sua opinião carrega o mesmo peso que a opinião dos outros membros da equipe.
2. Confiança
Você é incentivado a exibir um comportamento de líder confiante e organizado. Não espere por alguém para criar uma agenda para uma reunião de brainstorming. Vá em frente! Tenha iniciativa. Venha para a reunião com pelo menos uma idéia sobre o tratamento ou abordagem criativa para o conteúdo. Confie em sua intuição e sempre esteja preparado para apresentar e defender suas idéias, enquanto que, claro, ouvir a dos outros significa estar aberto. Reafirmar os próximos passos, pendências, e relacionado datas de vencimento é uma das melhores práticas para documentar essas informações. E não esqueçca: envie um e-mail de acompanhamento a todos. Como um DI, você deve ter, no mínimo, uma habilidade especializada para tomar notas e gravar informações para manter o processo em andamento, o que aumenta o seu valor para o esforço da equipe.
3. Criatividade
No brainstorming, nenhuma idéia é muito grande, muito pequena, ou não boa o suficiente. Trazer qualquer idéia criativa para o grupo, mesmo que pareça completamente fora do escopo, faz parte do esquema criativo. Sua idéia pode ser um ponto de partida para a direção da solução. Reveja soluções do passado que podem ser de natureza semelhante. Você sempre pode chegar aos seus colegas de confiança / colegas para coletar novas idéias. Inspirado por qualquer trabalho que você tenha feito no passadopodem ajudar no momento presente com novas soluções.
4. Clareza
Pratique uma comunicação clara mesmo, e pedir clareza sempre quando for necessário. Não compreendeu algum jargão? Pergunte!
Existe um estilo natural de algumas pessoas que incluem: falar rapidamente e jogar fora idéias em várias direções. Se você não entender o contexto de algo, fale. As chances são de que você não é o único que pode achar que está faltando alguma coisa. Você pode não ter conhecimento de um projeto anterior, ou você pode precisar de mais explicações. Sempre ouçca e esteja aberto para as ideias apresentadas por outros. Sinta se as ideias tem uma apresentação instrucionalmente válida. Deixe que os outros expressem as suas idéias, e também se sintam capacitados a jogá-las fora de forma respeitosa. Cite os princípios de design instrucional sólidos como justificativa para a sua objeção. E, mais importante, acompanhe suas objeções com sugestões que são instrucionalmente interessante. Este tipo de escuta e de contribuição construtiva vai mostrar que você  é um membro valioso da equipe e que está sempre disposto a ajudar.
Mantendo estes 4 C´s em mente, você vai aprender a ver o brainstorming como um passeio divertido rumo a contrução de um projeto instrucional bem elaborado!

Michele Kasten

Fonte: http://www.abradi.org/?p=3363

segunda-feira, 13 de abril de 2015

STIS - SemináriosTemáticos Interdisciplinares

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Solicitamos a atenção especial de V.S. para dar ampla divulgação dos STIS entre os docentes e discentes de sua instituição e entre seus amigos.
Ficaremos honrados com a presença de todos em nossa sala de conferência virtual, nesta próxima sexta feira dia 17 do mês de abril, às 14h com dois brilhantes palestrantes:
Prof. Dr. José Ribamar Lopes Batista Júnior IFPI/CTF/LPT/CNPq com a palestra "Tecnologias Digitais no Ambiente Escolar em Projetos de Produção Textual"
 e
Prof. Dra. Ana Elisa Ribeiro – CEFET-MG, que apresentará "Tecnologia e Poder Semiótico: Escrever, Hoje"  

Faça sua inscrição em:
https://docs.google.com/forms/d/1jSnxXZ9KlnaqP-Ue7HmM9_qQ0-y5JDOUVmFAL6TH5Mg/viewform 
e, a seguir, acesse a sala de conferências no endereço:
 http://stis.lingtec.org/salaConferencias/
Ao final, será fornecido um certificado de participação a todos que o solicitarem
Agradecemos pela atenção e participação.
Os STIS (Seminários Temáticos Interdisciplinares do Semiotec(UFMG)) são eventos mensais, online, com o objetivo de divulgar pesquisas e fomentar discussões acerca de temas relativos a diferentes áreas ligadas à Educação tais como descrição linguística, ensino de línguas, formação de professores, dança, estudos semióticos, questões ligadas à fonoaudiologia, multiletramentos, ensino de matemática, inovações pedagógicas, novas tecnologias, entre outros.
Esse programa, coordenado pela Prof. Dra. Adelma L.O.S Araújo, é uma das ações do Grupo Texto Livre, coordenado pela Prof. Dra. Ana Cristina Fricke Matte.


PROJETO TEXTO LIVRE /COORDENAÇÃO GERAL  / Profª Drª Ana Cristina Fricke Matte
 
SEMINÁRIOS TEÓRICOS INTERDISCIPLINARES DO SEMIOTEC - STIS
COORDENAÇÃO GERAL / Adelma Lúcia de Oliveira Silva Araújo 

Gentilmente enviada por Evidosol.

domingo, 12 de abril de 2015

Metodologia Ativa

Da Wikipédia. Para entender um pouco mais sobre Metodologia Ativa 

É um processo amplo e possui como principal característica a inserção do aluno/estudante como agente principal responsável pela sua aprendizagem, comprometendo-se com seu aprendizado. 

O processo de educar, devido a múltiplos fatores (como a rapidez na produção de conhecimento, a provisoriedade das verdades construídas no saber científico e, principalmente, da facilidade de acesso à vasta gama de informação) deixou de ser baseado na mera transmissão de conhecimentos. 

Nesse contexto as metodologias ativas surgem como proposta para focar o processo de ensinar e apender na busca da participação ativa de todos os envolvidos, centrados na realidade em que estão inseridos. Como enfrentamento ao este modelo tradicional imposto e aceito ao longo do tempo, tem-se lançado mão das metodologias ativas de ensino e aprendizagem, nas quais é dado forte estímulo ao reconhecimento dos problemas do mundo atual (tanto nacional quanto regional), tornando os alunos capazes de intervir e promover as transformações necessárias.

O aluno torna-se protagonista no processo de construção de seu conhecimento, sendo responsável pela sua trajetória e pelo alcance de seus objetivos, no qual deve ser capaz de auto gerenciar e autogovernar seu processo de formação.

Veja mais em:  http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v46n1/v46n1a28.pdf e