sábado, 28 de junho de 2014

As vantagens das TIC´s no ensino das crianças

Com dinamismo e criatividade pequenos exemplos aproximam alunos do conhecimento
Você já deve ter percebido que lousa, giz, caderno e lápis não são mais os únicos materiais utilizados no ensino hoje em dia. As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) – internet, notebooks, smartphones, cameras digitais, tablets etc – já fazem parte do cotidiano dos alunos e das escolas.
Essas diferentes tecnologias digitais permitem aos alunos o contato com novas linguagens, e aproximam o conteúdo de ensino às novas gerações, os nativos digitais, que desde pequenos tem naturalidade e domínio sobre os recursos tecnológicos. Mas quais são, efetivamente, as vantagens e resultados desses gadgets no ensino?
Um projeto realizado pelo núcleo de ensino da Unesp (Universidade Estadual Paulista) mostrou que o uso da tecnologia na educação melhora em 32% o rendimento dos alunos em matemática e física, em comparação aos conteúdos trabalhados de forma expositiva em sala de aula.
Animações, simulações e jogos, que ensinavam análise combinatória por exemplo, foram incluídos no currículo escolar de 400 crianças na cidade de Araraquara, interior de São Paulo,  e mostraram que 51% dos alunos que tinham dificuldades na aprendizagem melhoraram seu rendimento a partir do uso dessas novas ferramentas.
TIC
A doutora em educação pela UNICAMP, Cristina Tempesta, acredita que o uso das TICs contribuem em todas as áreas de estudo. “É só pensar em uma aula de artes com uma visita virtual ao Louvre com ajuda do Google Art Project, ou uma aula de Biologia utilizando imagens reais do Pantanal e . As TICs vieram para facilitar o ensino e trazer qualidade e mobilidade para os conteúdos”.
TIC
A aula depende muito do professor, e antigamente ele era o único detentor de conhecimento. Hoje, ensinar para alunos que antes de serem alfabetizados já tem contato com tecnologia digital é um desafio para o profissional. Ele tem que aliar as bagagens de informações - o acesso e a facilidade digital do aluno com conteúdos e experiências que só ele possui - para que o aproveitamento da aula seja muito maior.
“Do ponto de vista do aprendizado, essas ferramentas devem colaborar para trabalhar conteúdos que muitas vezes nem poderiam ser ensinados sem elas, portanto não significa que apresentações de Power Point vão agregar conteúdo. Deve existir todo um planejamento, uma integração e uma interação dos profissionais para o uso dessas ferramentas digitais. Assim como não faz sentindo ver o crescimento de uma semente em uma animação se podemos fazer experimentos reais. A tecnologia só vai atrapalhar quem não souber fazer bom uso dela”, lembra Cristina.
Como não é possível que cada aluno tenha um iPad ou que cada carteira seja um computador, é interessante notar que com pequenos exemplos de utilização de novas tecnologias a dinâmica das aulas pode mudar. Sites, programas e aplicativos , como Geogebra – que reúne recursos de álgebra, geometria, gráficos e tabelas – e o Músculos Anatomia – onde é possível acessar imagens e descrições detalhadas sobre toda a anatomia humana – já estão sendo incluídos no currículo e no dia a dia dos professore e alunos. Já oStellarium permite mostrar planetas e constelações em 3D, e o Tríade - faz uma viagem ilustrada ao século XVII pela história da revolução francesa.
TIC
O desafio de integrar ensino e tecnologia pode ser feito de forma bem simples e fácil. O uso de celulares, ferramenta democrática e em grande número nos dias de hoje, pode iniciar uma revolução no modo de ensino e suprir a falta de muitos matérias digitais nas escolas. A partir de facção de documentários, videos, fotos e textos sobre assuntos estudados e até mesmo projetos de campo, os alunos poderão compartilhar com os outros suas ideias pessoais e em conjunto e iniciar debates e troca de informações. Além de contribuir, também, imensamente com as crianças portadoras de necessidades especiais que com a ajuda de ferramentas sonoras, visuais e com recursos de escrita podem ilimitar seu conhecimento e conseguir desenvolver-se, interagindo com os outros alunos através das mesmas ferramentas.
51% DOS ALUNOS COM DIFICULDADES DE APRENDIZADO MELHORARAM O RENDIMENTO COM AUXÍLIO DA TECNOLOGIA
A mera presença de gadgets em sala de aula não significa necessariamente inovação e aprendizado. Os professores têm que se formar adequadamente para a cultura digital e fazer valer o ensino munido da tecnologia digital. A aluna Taymara Moro conta “sem a disponibilidade de um tablet ou um computador por aluno a preparação dos professores foi fundamental no meu ensino. Através de aulas pensadas para serem complementadas com videos, aplicativos e imagens reais pude compreender melhor muitos dos conteúdos das matérias”.
Lena Cypriano, mãe de duas crianças que estudam com a ajuda de ferramentas digitais acredita que expor os alunos ao contato com elas e desenvolver novas formas de linguagem e metodos é prepara-las para as mudanças que estão acontecendo hoje em dia. “Os alunos que transitam pelos diversos espaços e sabem utilizar os diferentes recursos tem mais preparo para estar nas situações diversas da demanda atual. É positivo que conheçam e saibam utilizem os recursos. A escola prepara os alunos para a vida além dela, portanto, saber usar as ferramentas é saber lidar com o mundo. Considero importante também que a escola trabalhe com equilíbrio em todos os aspectos, pois quaisquer ferramentas utilizadas em demasia nem sempre abrem espaço para outros aprendizados”.
Fonte: http://www.brainstorm9.com.br/38376/tech/as-vantagens-da-tecnologia-no-ensino-das-criancas/

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Inovando o ensino para formar engenheiros inovadores

Entre 2000 e 2011, o número de cursos de engenharia oferecidos no Brasil aumentou 250%, de 697 para 2.506 graduações, e o de alunos matriculados passou de 180.497 para 596.416, um salto de 230%. Esse crescimento acompanha a evolução da engenharia como um todo no país: há uma demanda crescente por engenheiros no mercado de trabalho, um maior número de interessados na profissão, mais vagas e, consequentemente, mais engenheiros. Aos poucos, ainda que o número de graduados por habitantes seja inferior ao das nações mais industrializadas do mundo, a expansão das graduações e dos cursos de pós amenizam o risco de um apagão generalizado de mão de obra na área, mas nem por isso elimina todos os desafios da formação de engenheiros.
Entre os estudantes que entram na faculdade, ainda é baixo o percentual dos que efetivamente conseguem se formar – das pessoas que ingressaram em 2007 em graduações de engenharia, só 39% concluíram o curso no tempo previsto, em 2011. Muitos outros demoram mais do que cinco anos para concluir a graduação, e outros tantos param pelo caminho: em 2012, a taxa de evasão foi de 25,35%.
bigpa / Fotolia.comPrimeira matéria de série sobre como inovar no ensino da engenharia

Há disparidades de desempenho no ensino público e privado e uma grande diferença de gênero entre estudantes e formados – nas áreas de engenharia mecânica e metalúrgica, por exemplo, somente 9,3% das matrículas são de mulheres.
Quando chegam ao fim da graduação, os novos engenheiros também estão pouco preparados para colaborar em processos de inovação e exercer funções práticas na indústria, que costuma investir em treinamentos para qualificar profissionais. Além disso, seja por não estar capacitada, seja porque encontra melhores oportunidades ou até porque não gosta da profissão, a maioria acaba migrando para outras áreas e apenas 54% trabalha como engenheiro de fato.
Para entender melhor esses dilemas e apontar exemplos de iniciativas que têm conseguido trazer propostas a esses desafios, o Porvir publica a partir de hoje, em parceria com a Escola Politécnica da USP, a série de reportagens e artigos opinativos “O futuro do ensino da engenharia”. Os textos vão apresentar alguns conceitos que norteiam debates entre o mundo do trabalho e a academia, além de novas soluções testadas em universidades brasileiras e de outros países para formar engenheiros inovadores e com capacidade para enfrentar as demandas do mercado em transformação constante.
Nas matérias produzidas pela equipe do Porvir e nos artigos escritos por professores da Escola Politécnica da USP serão abordados desde maneiras de incentivar o aprendizado de ciências já no ensino básico, prática necessária para atrair mais alunos aos cursos de engenharia, até soluções metodológicas baseadas em projetos e práticas interdisciplinares que formam um profissional que tenha – além de boa capacidade técnica – habilidades transversais, como liderança, espírito de equipe, empreendedorismo e condições de aprender a resolver novos problemas por toda a vida. Os textos que compõem a série serão identificados por um selo. Para conferir tudo o que já foi publicado sobre o tema, basta clicar nele. Acompanhe e participe.
 Fonte: http://porvir.org/porpensar/inovando-ensino-para-formar-engenheiros-inovadores/20140627

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Escola nos EUA usa design para estimular jovens

Na NuVu Studio, alunos de 11 a 17 anos desenvolvem produtos inovadores com tecnologia que causam impacto social
Por diferentes frentes, a NuVu Studio – lê-se New View, ou nova visão –, usa o design para propor que jovens de 11 a 17 anos tenham a experiência de prototipar respostas a problemas cotidianos. A escola, que oferece programas complementares ao ensino tradicional, mescla alunos de diferentes idades que, juntos, entram de cabeça em um processo criativo para desenvolver seus próprios produtos.
Para isso, a escola funciona em parceria com o MIT (Massachussets Institute of Technology), nos Estados Unidos, uma das mais reconhecidas universidades de tecnologia do mundo. Com esse apoio luxuoso, os jovens são incentivados a desenvolver protótipos ou projetos por meio de robótica, programação, aplicativos, arte digital, documentários, entre diversas formas alternativas. O objetivo final é que a solução encontrada cause impacto social.
crédito Maksim Samasiuk / Fotolia.com

Dessa proposta já saíram projetos como o Survival of the Fittest, um aplicativo que coloca um grupo de usuários em competição saudável para melhorar seu condicionamento físico; ou o Partners For Hope (PFH), um projeto social que une educação e futebol para ajudar meninos bons de bola do Haiti a chegarem a universidades dos EUA e da Europa; ou ainda a Social Midia Anxiety, uma animação que mostra como as mídias sociais têm trazido ansiedade para as sociedades contemporâneas.
“Todas as pessoas são geniais de alguma forma”, diz o arquiteto e designer Saeed Arida, um dos fundadores da NuVu Studio, que conversou com oPorvir sobre o conceito da escola. Arida, que é um dos responsáveis por conectar os alunos que chegam com colegas de interesses comuns, se autoentitula o CEO da escola. Só que esse CEO não é para a sigla de Chief Executive Officer, ou diretor executivo, mas de Chief Excitement Officer, algo como diretor de motivação. Nessa função nada tradicional, ele procura retirar alunos da zona de conforto, expandindo seus limites criativos.
“O design nos direciona em tudo, não só para criar produtos esteticamente melhores ou necessariamente úteis. Nós ensinamos essas pessoas por meio do próprio processo de design, das descobertas no passo a passo da criação”, conta Arida.
Para participar da NuVu Studio, os alunos precisam ser indicados por suas escolas de origem. Como há mais interessados do que vagas, acabam sendo selecionados os alunos que os professores avaliam ter maior afinidade com o tema. Lá, os estudantes são divididos em trios, independentemente de idade, que vão trabalhar juntos por duas semanas. “A disparidade não prejudica o ritmo dos mais velhos. Se isso não acontece na vida real, nas empresas, por que aconteceria aqui?”, questiona Arida.
Os grupos começam os trabalhos pela definição de um objeto de interesse comum, passam à fase de inspiração e pesquisa, depois entram no processo de criação e, por fim, concluem uma avaliação final. Durante todo esse processo, eles são acompanhados por um profissional da NuVu e outro especialista convidado, normalmente com uma relação com o projeto que está sendo desenvolvido. Ao longo do ano letivo, cada aluno se envolve em média em cinco ou seis projetos.
Tecnologia e mentoria
A cada semestre, a equipe fixa da escola (cinco instrutores) define um tema multidisciplinar, que será comum a todos os projetos. Entre os que já foram abordados pelos alunos estão saúde, meio ambiente, ficção científica e moradias do futuro. Diferente do que ocorre em escolas tradicionais, no fim do processo, o principal critério de avaliação do projeto é o quão interessante ele foi. Os trabalhos de conclusão realizados estão disponíveis no site da escola.
Segundo Arida, as instalações da NuVu favorecem o pensamento criativo, assim como seu ambiente aberto, conectado a equipamentos de ponta, sempre à disposição. Nesses espaços, os alunos utilizam ferramentas profissionais da engenharia ou arquitetura. “Nosso foco é o fazer, da forma mais sofisticada possível. Para tanto, encorajamos o bom uso da tecnologia”, afirmou.
No entanto, continua Arida, o ponto forte da NuVu não se baseia apenas em infraestrutura, uma vez que seus instrutores são preparados para extrair o máximo da expressão criativa de cada um. “Com todos esses recursos tecnológicos, nós aumentamos as chances de acontecer coisas bacanas, mas não é tudo. O mais importante é formar jovens capazes de realizar seus próprios projetos”, reiterou.
Habilidades para a vida
Experimentações em grupos pequenos, sempre seguindo um fluxo dinâmico e conclusivo, embora sempre em liberdade. Isso estrutura a rotina da escola e a confiança dos alunos, aponta Arida. Para ele, quanto mais seguros de si, mais poderão ousar na criação de produtos interessantes. Igualmente, quanto mais os alunos estiverem focados no processo criativo, mais conscientes de suas limitações ou potenciais se tornarão.
Dessa forma, a NuVu compreende que o papel dos instrutores é crucial para estimular os pontos fortes ou alertar para as fraquezas de cada um, ajudando os jovens a desenvolver habilidades úteis para a vida, e não apenas úteis na escola.
Aliás, a habilidade de improvisar, mudar de ideia, começar de novo e transformar o rumo dos protótipos é o motor pedagógico da NuVu, considera Arida. Além disso, para crescerem no desenvolvimento dos módulos, os alunos precisam praticar a solidariedade, pois o trabalho é essencialmente colaborativo; devem ser flexíveis para chegar a decisões comuns; precisam afiar a capacidade de pensar e agir rapidamente, ter fácil adaptação ao novo, ao diferente, além de certa maturidade para autoavaliação e leitura crítica de sua obra ou comportamento.
Arida observou que, sobretudo, a nova geração demonstra ter uma capacidade maior de utilizar a tecnologia para facilitar a vida cotidiana como, por exemplo, para se comunicarem melhor entre si, não só para o trabalho. Sobre o futuro, o educador enxerga um desafio. “Empregos estão se transformando conforme os avanços sociais. Com criatividade se pode enfrentar qualquer situação. Nós preparamos nossos alunos para o desconhecido.”
Fonte: http://porvir.org/porfazer/escola-nos-eua-usa-design-para-estimular-jovens/20140625

quarta-feira, 25 de junho de 2014

A atualização em Big História

Eu escrevi antes sobre Big História, o projeto que realizei com o professor David cristã. Após dois anos de projectos-piloto, chegamos a um momento emocionante: o lançamento de um novo curso de Big História sob medida para alunos do ensino médio e professores. Ele agora está livre, aberto e disponível para qualquer educador.
Se você é um professor, eu quero encorajá-lo a  visitar o site da Big História e se inscrever para participar. Você vai encontrar tudo que você precisa para ministrar o curso, ou qualquer parte dele.Você também pode ver alguns exemplos de conteúdos Big História  aqui . Se é tarde demais para considerar ensiná-lo este ano, você pode tentar algumas aulas este ano e pensar sobre o curso inteiro para o próximo ano. Você pode usar como grande parte do material lá como você quiser. Se você não é um professor, fique atento: Nós estaremos lançando uma versão pública do curso ainda este ano.
A ideia para este projeto remonta a alguns anos, quando eu comprei curso de História da Big David em DVD a partir do Grande site Cursos . Eu nunca tinha visto nada assim. David criou um quadro para a compreensão literalmente toda a história, nunca, desde o Big Bang até os dias atuais. Então, muitas vezes, sujeitos em ciência e história são ensinadas uma de cada vez, a física de uma classe, a ascensão da civilização em outro, mas Big História rompe essas barreiras. Hoje, sempre que eu aprender algo novo sobre biologia ou história ou apenas sobre qualquer outro assunto, eu tento encaixar-se no quadro que eu tenho de Big História. Nenhum outro curso teve um impacto tão grande sobre a forma como eu penso sobre o mundo.
Eu conheci David, em San Diego, não muito tempo depois que eu terminei de assistir o DVD. Seu curso foi inicialmente destinado a estudantes universitários, e decidimos criar um curso de Big História para o nível de ensino médio. Na fase piloto, cerca de 180 professores nos Estados Unidos e na Austrália (país de origem de Davi) nos ajudou a desenvolver e planos de aula teste. Nós fizemos um monte de medição, olhando para tudo a partir de pesquisas de estudantes para as medições de como os alunos História Big fez em testes padronizados nacionais. Nós ainda incorporados os padrões núcleo comum para o currículo.
Quero agradecer a todos os professores que nos ajudaram a chegar a este ponto. David Christian, que originalmente concebido Big História, e Bob Bain, da Universidade de Michigan também foram parceiros-chave na criação do currículo e materiais de treinamento.
Este projeto Big história é parte de um esforço maior para dar a cada professor nos Estados Unidos as ferramentas que eles precisam para ser tão bom quanto os melhores professores do país. A pesquisa mostra que para um estudante de baixa renda, com professores de alto nível pode ser a diferença entre ficar preso na pobreza e subir a escada econômica. No início deste verão, lançou uma outra parte desse esforço, Grafite , um site que dá aos professores uma nova maneira de se conectar com a tecnologia. Se podemos dar a todos os professores o apoio que eles precisam para ser tão bom quanto o melhor, os nossos alunos vão soprar o resto do mundo.

Big História mudou a forma como eu penso e aprender, e eu estou bastante confiante de que pode fazer o mesmo para os professores e estudantes de todo o mundo. Espero que ver um monte de grandes historiadores nos anos vindouros.
Fonte: http://www.gatesnotes.com/Education/Big-Update-on-Big-History
Traduzido by Google

terça-feira, 24 de junho de 2014

Computador e Internet na Escola Pública

Resultados e discussões

Os dados a seguir representam uma parcela mais significativa dos resultados desta pesquisa e estão agrupados por grandes blocos: perfil do entrevistado, perfil da escola, infraestrutura disponível e manutenção, uso dos computadores e da internet, materiais digitais e formação de professores e educação inclusiva.

Perfil do entrevistado

Com relação ao perfil dos entrevistados, a maior parte tem formação em Pedagogia (46%). O Gráfico 1 mostra que a presença dos cursos na área de Ciências Humanas é bastante forte (72%).
Gráfico 1. Formação do entrevistado
Gráfico 1. Formação do entrevistado

Aproximadamente 70% dos entrevistados dizem estar pouco ou nada preparados para uso de tecnologias na educação (Gráfico 2).
Gráfico 2. Preparação para uso das TICs na graduação
Gráfico 2. Preparação para uso das TICs na graduação

Perfil da escola

Com relação ao perfil da escola, a maioria das escolas (57%) funciona durante três turnos, e uma parcela significativa (38%) funciona por dois turnos (Gráfico 3).
Gráfico 3. Distribuição dos turnos
Gráfico 3. Distribuição dos turnos

A média de alunos nas escolas entrevistadas é de 988 e a média de professores é de 47. Olhando separadamente os níveis de ensino (Gráfico 4), verifica-se que as escolas do Ensino Médio têm mais alunos (1.475) e professores (69).
Gráfico 4. Número de alunos e professores por nível de ensino
Gráfico 4. Número de alunos e professores por nível de ensino

Há diferenças regionais, já que as escolas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste têm uma menor média de alunos (914) e professores (35), embora a proporção de alunos por professor nessas escolas seja maior (Gráfico 5). A média de alunos por professor nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste é de 26, enquanto no Sul e Sudeste essa média cai para 19 e, em São Paulo, a média é de 21 alunos por professor.
Gráfico 5. Número de alunos e professores por região
Gráfico 5. Número de alunos e professores por região

Infraestrutura disponível e manutenção

Com relação à infraestrutura disponível, observou-se que a maioria das escolas (99%) possui computadores funcionando (Gráfico 6). Em 83% das escolas há internet banda larga. 99% das escolas possuem pelo menos uma impressora.
Gráfico 6. Número de computadores na escola
Gráfico 6. Número de computadores na escola

O Gráfico 7 mostra que há laboratórios de informática em 73% das escolas usados, em média, com dois alunos por computador. No entanto, chama a atenção o número de escolas (18% do total) com laboratório de informática que não trabalham com alunos.
Gráfico 7. Escolas com laboratórios de informática
Gráfico 7. Escolas com laboratórios de informática

Em relação ao estado de funcionamento dos computadores, a média de computadores quebrados é proporcionalmente maior nas escolas pesquisadas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Para cada 13 computadores no Norte, Nordeste e Centro-Oeste nota-se que há três computadores quebrados. Já, para cada 23 computadores no Sul e Sudeste, há quatro computadores quebrados. O Gráfico 8 mostra a proporção de computadores quebrados por região.
Gráfico 8. Proporção de computadores quebrados
Gráfico 8. Proporção de computadores quebrados

Em relação à manutenção dos equipamentos, em praticamente todas as escolas (97%) há manutenção nos computadores, embora a manutenção preventiva faça parte de 23% das escolas pesquisadas (Gráfico 9).
Gráfico 9. Manutenção dos computadores
Gráfico 9. Manutenção dos computadores

Uso dos computadores e da internet

Com relação ao uso dos computadores e da internet nas escolas, tem-se que a existência de Poie aparece em 28% das escolas e esta impacta sensivelmente na quantidade de professores que fazem uso pedagógico dos computadores, com ou sem alunos. O Gráfico 10 mostra que em 61% das escolas, os professores fazem uso pedagógico com aluno. Já se considerarmos apenas as escolas com a presença do Poie, o uso com alunos sobe para 85%.
Gráfico 10. Uso pedagógico das TICs com alunos
Gráfico 10. Uso pedagógico das TICs com alunos

O Gráfico 11 mostra que em 81% das escolas professores fazem uso pedagógico sem aluno. Já se considerarmos apenas as escolas com a presença do Poie, o uso pedagógico sem alunos sobe para 91%.
Gráfico 11. Uso pedagógico das TICs sem alunos
Gráfico 11. Uso pedagógico das TICs sem alunos

Já a atuação do Poie como agente formador dentro da escola é baixa: em apenas 9% das escolas pesquisadas, estes especialistas oferecem formação para seus colegas (Gráfico 12).
Gráfico 12. Atuação do Poie como formador
Gráfico 12. Atuação do Poie como formador

A maioria das escolas faz uso tanto administrativo quanto pedagógico dos computadores. As escolas com uso exclusivamente administrativo ainda são 8,5% do total, concentradas principalmente nas escolas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (Gráfico 13). Outro fator importante é que as escolas que fazem algum uso pedagógico têm, em média, mais computadores (20) do que aquelas cujo uso é apenas administrativo (13 computadores).
Gráfico 13. Aplicação das TICs
Gráfico 13. Aplicação das TICs

A pesquisa apurou quais são as categorias de usuários dos computadores e da internet nas escolas. Em 99% das escolas, funcionários administrativos e diretores utilizam o computador e internet. Já em 67% das escolas, professores utilizam computadores com os alunos e em 21% dos casos, os alunos utilizam os computadores sozinhos (Gráfico 14).
Gráfico 14. Usuários de computador e internet nas escolas
Gráfico 14. Usuários de computador e internet nas escolas

Os funcionários administrativos usam o computador 4,7 vezes por semana, enquanto professores usam 3,2 vezes por semana sozinhos e 2,6 vezes por semana com seus alunos (Gráfico 15). Neste último caso, a frequência de uso é menor por terem que rodiziar o único espaço da escola com máquinas suficientes para a classe: o laboratório de informática. Talvez a fre­quência de uso dos computadores aumente caso haja outros espaços em que a tecnologia esteja disponível ou caso haja laptops em número suficiente.
Gráfico 15. Frequência de uso dos computadores (por semana)
Gráfico 15. Frequência de uso dos computadores (por semana)

No laboratório de informática, os alunos costumam usar os computadores em duplas ou individualmente, mas 27% das escolas das capitais ainda não têm laboratório de informática (Gráfico 16).
Gráfico 16. Distribuição dos alunos no laboratório de informática
Gráfico 16. Distribuição dos alunos no laboratório de informática

Em 59% das escolas pesquisadas, todos ou quase todos os professores usam o computador no ambiente escolar (Gráfico 17).
Gráfico 17. Parcela de professores que usam os computadores
Gráfico 17. Parcela de professores que usam os computadores

Em 43% das escolas, segundo o entrevistado, a maioria dos professores leva em consideração o uso dos computadores ao planejar suas aulas (Gráfico 18). 
Gráfico 18. Parcela de professores que planejam aulas considerando o uso de computadores
Gráfico 18. Parcela de professores que planejam aulas considerando o uso de computadores

O uso dos computadores está incluso no Projeto Político Pedagógico (PPP), de 71% das escolas e 10% usam apenas para fins administrativos ou não possuem computador funcionando (Gráfico 19).
Gráfico 19. Uso dos computadores no Projeto Político Pedagógico
Gráfico 19. Uso dos computadores no Projeto Político Pedagógico

Os entrevistados foram questionados sobre a ocorrência de diversas atividades tanto administrativas quanto pedagógicas feitas na escola. Em função destas atividades, as escolas puderam ser divididas entre as que fazem uso exclusivamente administrativo (8,4%) e as que fazem algum uso pedagógico (90,3%).

São 93% das escolas que fazem uso administrativo para realizar cadastros de alunos e professores, embora o uso pedagógico seja apontado intensamente em 81% (preparar atividades para os alunos). Há diferença entre as regiões, pois há mais escolas das regiões Sul e Sudeste que fazem uso do computador.

Os programas de computador mais utilizados pelos professores, tanto sozinhos como com seus alunos são os menos complexos, por exemplo, os editores de textos e editores de apresentação (Gráfico 20). No entanto, observa-se incidência de uso de programas de computador mais complexos (como ambientes de programação e modelagem 3D).
Gráfico 20. Programas de computador mais utilizados
Gráfico 20. Programas de computador mais utilizados
Em todos os casos de uso com alunos, as atividades e aplicativos têm menor incidência que as mesmas atividades e aplicativos no uso de professores sem alunos. As atividades mais praticadas com e sem alunos estão especificadas na Tabela 4.
Tabela 4. Atividades com alunos e sem alunos(%)
Tabela 4. Atividades com alunos e sem alunos(%)
A pesquisa buscou apurar quais os principais problemas para o uso pedagógico dos computadores nas escolas. O Gráfico 21 mostra que os maiores problemas são o número insuficiente de computadores disponíveis (39%) e falta de Poies (44%).
Gráfico 21. Problemas de uso dos computadores
Gráfico 21. Problemas de uso dos computadores
Uma questão aberta sobre os principais problemas enfrentados no uso pedagógico de computadores mostrou que fatores de infraestrutura, como número reduzido de computadores e falta de um laboratório de informática, são vistos como o principal problema no uso pedagógico (Gráfico 22). A falta de formação dos professores é também bastante importante na visão dos entrevistados. Na maior parte desses casos (11%), os entrevistados acreditam que deveria haver um Poie. O percentual de escolas que não vê problemas para uso pedagógico em sua escola é relativamente reduzido (12%).
Gráfico 22. Questão aberta sobre os principais problemas de uso dos computadores
Gráfico 22. Questão aberta sobre os principais problemas de uso dos computadores
Aumento da motivação dos alunos (50%) e aumento da dinâmica das aulas (41%) foram os destaques entre as frases positivas sobre uso de computadores com alunos. Os entrevistados responderam o quanto concordavam ou não com as frases lidas. O Gráfico 23 aponta o resumo das respostas mais concordantes.
Gráfico 23. Aspectos positivos no uso dos computadores com alunos na escola
Gráfico 23. Aspectos positivos no uso dos computadores com alunos na escola
Além disso, a maior vantagem de uso das TICs na Educação, apontada pelos entrevistados, é a possibilidade de exploração dos temas e conteúdos (78%), seguido pelo aumento da motivação dos alunos e dinamização do andamento das aulas (67%). O Gráfico 24 mostra as vantagens do uso das TICs apontadas pelos entrevistados.
Gráfico 24. Vantagens da tecnologia na educação
Gráfico 24. Vantagens da tecnologia na educação
Materiais digitais e formação de professores

Com relação ao uso de materiais digitais, cerca de 40% das escolas pesquisadas afirmaram ter recebido algum material pedagógico eletrônico (ou verba para esse fim) de órgãos públicos ou privados.

A presença de materiais digitais é ligeiramente menor no Ensino Médio (34%) do que no Ensino Fundamental I (43%) e no Ensino Fundamental II (40%), embora os diferentes níveis tenham acesso a materiais digitais distintos (Gráfico 25).
Gráfico 25. Materiais digitais nas escolas
Gráfico 25. Materiais digitais nas escolas
Em relação à formação dos professores, em apenas 29% das escolas foram oferecidos cursos de formação em TICs para algum profissional (Gráfico 26).
Gráfico 26. Curso de formação em TICs
Gráfico 26. Curso de formação em TICs
A maioria destes cursos foi oferecida pelas Secretarias de Educação (85%), e em sua maioria (75%) tiveram como enfoque os professores em geral (Gráfico 27). No entanto, a avaliação em relação à qualidade destes cursos é baixa, apenas 38% consideram que prepararam bem ou muito bem para o uso de tecnologias na educação.
Gráfico 27. Público dos cursos d formação
Gráfico 27. Público dos cursos d formação
Educação inclusiva

Com o objetivo de verificar o uso das TICs de forma inclusiva foram criadas algumas perguntas para o levantamento inicial quanto à educação inclusiva nas escolas com TICs.

A pesquisa apurou que há casos de uso de computadores de forma inclusiva, porém é necessária uma pesquisa mais aprofundada sobre o tema. Como pode ser observado no Gráfico 28, cerca de 60% das escolas pesquisadas têm alunos com alguma deficiência e boa parte delas desenvolve projetos de inclusão (43% do total).
Gráfico 28. Desenvolvimento de projetos de inclusão
Gráfico 28. Desenvolvimento de projetos de inclusão
Em 31% das escolas, o uso de computadores faz parte dos projetos de inclusão, sendo que os alunos com deficiência costumam compartilhar os computadores com outras crianças (20%) ou usar junto ao professor (12%). O Gráfico 29 mostra a porcentagem de alunos com deficiência que usam TICs nas escolas.
Gráfico 29. Formas de uso dos computadores por pessoas com deficiência
Gráfico 29. Formas de uso dos computadores por pessoas com deficiência

Considerações finais

Estes resultados mostram que existe infraestrutura na maioria das escolas que possibilita fazer uso pedagógico dos computadores com alunos. No entanto, a preparação dos professores e gestores ainda é um problema.
Fonte: http://www.fvc.org.br/estudos-e-pesquisas/avulsas/estudos1-7-uso-computadores.shtml?page=3

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Os benefícios em flexibilizar o ambiente de trabalho

De acordo com especialistas, as empresas precisam se adaptar às demandas dos profissionais contemporâneos


Flexibilização é a nova palavra de ordem em grande parte dos ambientes de trabalho. Segundo especialistas, empresas estão tendo que se adaptar às demandas dos profissionais contemporâneos, que podem ter origem nos avanços da tecnologia móvel, ou mesmo nas características da rotina de quem mora em uma cidade grande, por exemplo.
Essa flexibilização ocorre tanto no horário de trabalho como no espaço e na autonomia dos funcionários. Segundo Alexandre Teixeira, especialista em felicidade no trabalho, uma forte tendência que está crescendo é chamada de Rowe (Results Only Work Environment, em inglês), algo como ambiente de trabalho de resultados, uma estratégia de recursos humanos na qual a empresa deixa de controlar o horário e o local de trabalho dos funcionários focando apenas no resultado – o que importa é a qualidade do trabalho e o cumprimento de prazos e metas.
crédito photology1971 / Fotolia.comOs benefícios em flexibilizar o ambiente de trabalho

“As pessoas querem fazer suas próprias agendas, não querem ir para o trabalho todos os dias, enfrentar trânsito das metrópoles, ainda mais se podem realizar o mesmo trabalho de casa. Estudos têm comprovado que o home office aumenta a produtividade em mais de 10%”, explica Teixeira.
Marcelo Braga, sócio da Search RH, aponta que dar mais autonomia para os empregados diminui a rotatividade no quadro de funcionários, um grande problema que as empresas enfrentam. “A gestão do tempo para o funcionário é algo muito positivo. Poder levar os filhos na escola, evitar sair em um horário de maior trânsito, ou mesmo poder cuidar de assuntos pessoais aumenta a qualidade de vida e a satisfação com o trabalho. Dar mais autonomia é uma forte ferramenta de retenção”.
Teixeira afirma que isso também favorece profissionais mais inquietos e dinâmicos a permanecerem mais tempo na mesma empresa. “Antigamente as empresas queriam disciplina, hoje elas querem criatividade. Geralmente os funcionários mais criativos são os mais inquietos e ao dar mais liberdade e autonomia é mais fácil segurar esse tipo de profissional”.
Segundo o especialista, é uma questão de tempo de adaptação para que empresa, chefes e funcionários vejam os benefícios da flexibilização. “Assim que os resultados aparecem todos passam a confiar mais no processo, os funcionários ganham em qualidade de vida e a empresa com o aumento da produtividade. Todos ganham”, ressalta o especialista.
Para os gestores que não se sentem seguros ou desconfiam dos empregados quando não estão os vendo trabalhar, Braga afirma que existem recursos que podem auxiliar nesse processo. “Hoje existem ferramentas que ajudam o gestor a controlar a equipe mesmo quando o funcionário está fazendo home office. Além disso, se este funcionário tiver metas bem estruturadas, adequadas ao seu cargo e capacidade, o gestor não precisa fazer um controle intensivo”, argumenta.
Ambos especialistas afirmam que o maior desafio para a disseminação de ambientes de trabalho mais flexíveis no Brasil é a CLT (Consolidação das Leis de Trabalho), que reforça que as empresas tenham controle da produção, jornada e local de trabalho de seus funcionários. “A lei trabalhista é muito arcaica, é de 1943. O mundo corporativo teve que encontrar outras formas dentro da lei para se adaptar a demanda atual. Vemos muitas áreas de empresas virarem terceirizadas e também muitos ‘Eu S/A’ trabalhando por conta”, afirma Braga.
Segundo o especialista em felicidade no trabalho, esse modelo já é comum em startups e empresas voltadas para tecnologia e internet, onde grande parte do quadro de funcionários é formado por jovens. “Quando grandes empresas começarem a adotar isso mais frequentemente, vão gerar um efeito de demonstração importante para a disseminação dessas práticas”, completa.
Fonte: http://porvir.org/porfazer/os-beneficios-em-flexibilizar-ambiente-de-trabalho/20140624

Recurso digital transforma aluno em autor

Projeto ‘E se eu fosse o autor’ usa a criatividade e a tecnologia para despertar o interesse de crianças pela leitura

O que é preciso para transformar crianças em verdadeiros autores? O projeto “E se eu fosse o autor”,  desenvolvido pela ONG Casa da Árvore, aposta na imaginação e tecnologia para ampliar o interesse pelo universo da literatura entre os alunos das escolas da rede municipal de Senador Canedo, na região metropolitana de Goiânia (GO). A partir da leitura de uma obra, os estudantes são estimulados a criarem suas próprias histórias com o uso de recursos digitais.
“Nós tentamos aproximar a leitura das novas tecnologias para construir processos mais participativos de aprendizado”, explicou o educador Aluísio Cavalcante, coordenador geral do projeto. Segundo ele, ao oferecer a oportunidade dos estudantes criarem suas próprias histórias, é possível fazer com que eles se apropriem das obras e aprofundem os seus conhecimentos.
ra2 studio / Fotolia.com
 
Durante cada semestre, são formadas novas turmas com alunos vindos de diferentes escolas públicas da região. Seguindo essa proposta, duas vezes por semana eles participam de oficinas que acontecem no Laboratório Criativo de Leitura e Tecnologia, um espaço criando dentro da Biblioteca Municipal Arlete Tenório de Castro. Trabalhando com o conceito de leitor-autor, após concluir a leitura de uma obra, eles são desafiados a produzir vídeos, livros digitais e outras linguagens midiáticas que apresentem uma releitura da história.
A escolha dos títulos a serem trabalhados acontece com base em livros que podem oferecer uma abordagem adequada para cada turma, levando em conta o repertório dos alunos e as suas necessidades. Nessa lista, podem entrar desde clássicos da literatura até obras de novos autores brasileiros. “A gente propõe a leitura de livros bastante diversos.”
Para o educador, a tecnologia mudou a relação dos alunos com a literatura. “Muita gente acha que as crianças estão lendo menos. O fato é que hoje os alunos estão se relacionando com a leitura de uma forma diferente.” Ao utilizar recursos da cultura digital, eles conseguiram aumentar o hábito de leitura entre os alunos. De acordo com um levantamento feito pela ONG  com uma das turmas que participaram do projeto,  no início das oficinas, 31% dos participantes não lembravam de terem lido nenhum livro nos últimos três meses. Após a conclusão do ciclo de atividades, todos eles lembravam de pelo menos duas obras.
“As últimas gerações têm uma ânsia de participação muito grande. Eles querem ser autores de suas próprias histórias”, defendeu Cavalcante. De acordo com ele, durante esse processo os alunos aprendem a se familiarizar com diferentes linguagens e desenvolvem habilidades importantes que os ajudam a se tornarem mais expressivos. “A gente acredita que o empoderamento vem dessas habilidades que eles constroem ao produzir as suas versões.”
Além de desenvolver atividades com os alunos, o projeto também trabalha na formação de professores. Eles participam de atividades práticas que apresentam novas possibilidades para trabalhar a leitura com o uso da tecnologia. Com base na metodologia das oficinas realizadas no Laboratório Criativo, eles mostram modelos de aulas e atividades que podem ser realizadas para ensinar esses conteúdos.

Fonte: http://porvir.org/porfazer/recursos-digitais-transformam-alunos-em-autores/20140618

domingo, 22 de junho de 2014

Google lança projeto de programação para mulheres

O programa Made with Code reúne vídeos e ferramentas que tentam ampliar a presença feminina no mundo dos códigos
Quem disse que o mundo da programação precisa ser predominantemente  masculino? Para inspirar mulheres a usarem a linguagem dos códigos, o Google lançou o projeto Made with Code. A iniciativa pretende aumentar a participação e o interesse do público feminino pela área. De acordo com uma pesquisa divulgada pela AAUW (Associação Americana da Universidade das Mulheres, em livre tradução), menos de 1% das estudantes de ensino médio dos EUA pretendem fazer algo ligado à ciência da computação. No Brasil, essas diferenças também são evidenciadas no mercado de trabalho, já que as mulheres representam apenas um quarto dos profissionais que atuam no setor, conforme apontou o último Censo.
Em busca de fortalecer a presença feminina na área da tecnologia, o programa desenvolvido pelo Google inclui parcerias com instituições e um compromisso de investir US$ 50 milhões para ajudar a aumentar a diversidade de gênero na computação. Na plataforma virtual, a iniciativa também inclui ferramentas que ajudam a fazer projetos básicos de programação, como a criação de um bracelete para ser impresso em 3D ou o desenvolvimento de GIFs animados. Tudo é feito com base no Blockly, uma linguagem de programação em blocos que foi desenvolvida pelo Google.
Gstudio Group / Fotolia.com

“Codificação é uma nova alfabetização e oferece para as pessoas o potencial de criar, inovar e, literalmente, mudar o mundo”, disse Susan Wojcicki, CEO do YouTube, em nota oficial. Segundo ela, é importante mostrar para as meninas que a informática pode ser importante para o seu futuro.
Na tentativa de tornar o universo dos códigos mais familiar, o site do projeto apresenta vídeos que contam histórias inspiradoras de mulheres que desenvolvem seus projetos com o auxílio da programação. Uma delas é a Erica Kochi, especialista em inovações tecnológicas da Unicef. Com um sistema de comunicação para celulares, eles conseguem registrar o nascimento de crianças em toda a Nigéria, incentivar o combate de doenças e assegurar que elas estejam frequentando a escola. “Sem o código, eu nunca poderia alcançar milhões de crianças ao redor do mundo”, afirmou em um depoimento publicado no Made with Code.
Para as mulheres que se motivaram com as histórias compartilhadas e decidiram aprender programação, o site reúne dicas de plataformas que ajudam a desenvolver projetos usando códigos, como o ScratchWebmakere o App Inventor. Além dos recursos virtuais, ao inserir a sua localização geográfica, a usuária tem acesso a uma lista de eventos e atividades presenciais próximas.

Fonte: http://porvir.org/porfazer/google-lanca-projeto-de-programacao-para-mulheres/20140624