sábado, 10 de maio de 2014

Uma lente de contato com visão infravermelha

Nanotecnologia

Com informações da Umich - 25/03/2014
Uma lente de contato com visão infravermelha
Com a amplificação dos sinais, a equipe essencialmente criou uma nova forma de detecção de luz. [Imagem: Chang-Hua Liu et al./Nature Nanotechnology]
Visão infravermelha
Um detector de luz capaz de detectar todo o espectro infravermelho e operar em temperatura ambiente promete colocar a tecnologia de visão termal em uma lente de contato.
"Nós podemos fazer todo o projeto superfino. Ele pode ser empilhado em uma lente de contato ou integrado em um telefone celular," garante o professor Zhaohui Zhong, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
A visão infravermelha - ou visão termal, ou visão noturna - é bem conhecida pelas imagens de pessoas e animais na escuridão, ou do calor exalado pelos edifícios.
Mas ela também ajuda os médicos a monitorar o fluxo de sangue, identificar substâncias químicas no ambiente e permite que historiadores de arte vejam desenhos escondidos sob camadas de tinta.
Ao contrário do espectro visível, que as câmeras convencionais capturam com um único chip, o imageamento infravermelho requer uma combinação de tecnologias para captar de uma só vez a radiação infravermelha nas suas porções próximo, médio e distante.
O mais problemático é que os sensores de infravermelho médio e infravermelho distante normalmente operam em temperaturas muito baixas.
Sensor de luz de grafeno
grafeno consegue capturar todo o espectro infravermelho de uma só vez - mais do que isso, o grafeno captura simultaneamente a luz visível e ultravioleta.
Mas, até agora, não tinha sido viável usá-lo em dispositivos práticos porque o grafeno só absorve cerca de 2,3% da luz que o atinge, pouco demais para gerar um sinal elétrico detectável - lembre-se que o grafeno tem uma única camada de átomos, o que significa que ele gera uma quantidade muito pequena de elétrons.
Chang-Hua Liu superou esse obstáculo. Em vez de tentar medir diretamente os elétrons liberados quando a luz atinge o grafeno, ele amplificou o sinal medindo como as cargas elétricas induzidas pela luz no grafeno afetam uma outra corrente elétrica nas proximidades.
Com a amplificação, Liu liberou todo o potencial do grafeno na detecção de luz de amplo espectro.
"Nosso trabalho criou uma nova forma pioneira de detectar a luz," comemora o professor Zhong. "Nós prevemos que as pessoas poderão adotar esse mesmo mecanismo em outras plataformas e em outros materiais."
Segundo ele, o próximo passo da pesquisa é construir um protótipo da prometida lente de contato com visão noturna.

Bibliografia:

Graphene photodetectors with ultra-broadband and high responsivity at room temperature
Chang-Hua Liu, You-Chia Chang, Theodore B. Norris, Zhaohui Zhong
Nature Nanotechnology
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/NNANO.2014.31
Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=lente-de-contato-visao-infravermelha&id=010165140325#.Uzn-CPldVqA

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Diversos


Portal do MEC oferece lições de francês gratuitamente
"Francoclic" é um site de parceria entre a Embaixada da França e o Ministério Educação do Brasil, o site disponibiliza diversos recursos de acesso livre, destinado particularmente aos alunos e professores interessados na aprendizagem e no ensino da língua francesa. E está destinado não só aos iniciantes na lígua mas também as pessoas que já tem algum conhecimento e quer se aprimorar.
Nele você encontra os módulos: de autoaprendizagem - "Reflets-Brésil"- , de utilização em sala de aula - "Br@nché!" - , de especialidade agrícola -  "Agriscola" -, de descoberta - "le monde francophone d'un clic" - e imagens da França "Images de France".
Oportunidade bacana para os que desejam aprender um idioma.
Fica a dica.
Fonte: http://www.moodlelivre.com.br/cursos-ead/portal-do-mec-oferece-licoes-de-frances-gratuitamente

Template de facebook para Moodle

Moodlebook
Pensando em transformar a aparência do moodle em facebook? Descobri o Theme MoodleBook para a versão Moodle 2.4 que faz isso. 
Baixe o template no seguinte link:

Mais sobre Moodle: http://www.moodle.ufba.br/mod/forum/view.php?id=83903
Fonte: http://www.moodlelivre.com.br/temas-moodle/template-de-facebook-para-moodle

Veja http://www.moodlelivre.com.br/index.php
Cursos em: http://www.moodlelivre.com.br/cursos-ead

Curso Grátis de Informática: http://www.unionjalisco.mx/articulo/2014/04/14/educacion/curso-gratis-para-ser-tecnico-en-informatica

quinta-feira, 8 de maio de 2014

QUESTIONÁRIO HONEY-ALONSO DE ESTILOS DE APRENDIZAGEM

Achei incrível um recurso disponível online que nos ajuda a perceber o estilo de aprendizagem. Já imaginou como seria esse feedback se conseguíssemos aplicá-los a nossos alunos? João Mattar em "Games em Educação como os nativos digitais aprendem" nos mostra como entender melhor estes estilos de aprendizagem.


"Você já pensou em ensinar história com um game como o Age of Empires? E geografia com Carmen San Diego? Aliás, você usa games na educação?" 
Não? Então "Aperte o start! Comece!"

Dá para aprender a aproveitar os recursos de vários jogos em benefício do processo ensino/aprendizagem, principalmente o estilo dos nativos digitais e saber mais sobre o uso (e até criação) de games educacionais.

Como ele diz, "quando o assunto é educação, não há game over".

Assuntos

1. Estilos de aprendizagem dos nativos digitais
2. O uso de games em educação
3. Novo design instrucional para os nativos digitais. 
Games na prática. 
4: Design e produção de games educacionais
5. Experiências no exterior
6. O cenário no Brasil. 
Aprendendo matemática com Yu-Gi-Oh! para PS2
Second Life e educação

Quer tentar descobrir qual é o seu estilo de aprendizagem?

Quem sabe? AtivoAtivo, PragmáticoPragmáticoReflexivoReflexivo ou TeóricoTeórico?

Acesse:

http://www.estilosdeaprendizaje.es/chaea/chaeagrafp2.htm

E descubra. Compreender qual é nosso estilo é um passo para compreender o estilo de nossos alunos.

INSTRUÇÕES PARA RESPONDER AO QUESTIONÁRIO
  • Este questionário está sendo aplicado para identificar seu estilo preferido de aprendizagem.
  • Não existem respostas corretas nem erradas. Será útil na medida que seja sincero(a) em suas respostas.
  • Se está mais de acordo que em desacordo com o item coloque um (+). Se está mais de desacordo que em acordo com o item coloque um (-).
  • O questionário é anônimo

Jornadas Internacionais Online de Educação, Tecnologia e Inovação

 Jornadas Internacionais Online de Educação, Tecnologia e Inovação

EXCELENTE                        Apresentação do Prof. Javier Fombona

http://elearning.uab.pt/pluginfile.php/151390/mod_label/intro/Conferencia%20Prof.%20Javier%20Fombona.pdf

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Windows XP dá adeus a seus usuários

Microsoft divulga texto em primeira pessoa agradecendo ao apoio de seus usuários ao longo dos últimos anos


8 de abril de 2014 marca o exato dia de encerramento do suporte ao Windows XP, ou seja, não é mais seguro prosseguir usando essa versão do sistema operacional da Microsoft. Ao todo, o sistema esteve na ativa por quase 13 anos e foi uma das mais bem-sucedidas versões do Windows.
Para marcar o fim da “era XP”, a Microsoft divulgou o que seria uma carta de despedida do próprio SO. “Espero que fiquem com uma lembrança agradável do meu papel de parede, esse monte verde com um céu azul e nuvens brancas”, relata o texto ao relembrar do mais icônico papel de parede de toda a história do Windows.
A carta ainda relembra os 600 dias de “gestação” do sistema na sede da Microsoft em Redmond e alguns destaques inéditos da versão, como suporte a USB, ambiente gráfico mais preparado para telas de LCD e também programas de muito associados à marca Windows, como o Movie Maker e o Media Player. Além disso, o texto não poupa agradecimento aos usuários nesta mais de uma década de vida do Windows XP.


Confira a carta na íntegra

Queridos usuários e amigos,
Como muitos de vocês já sabem, em 8 de abril de 2014 (hoje), termina o meu suporte. Isso significa que você não receberá mais atualizações e patches de segurança, pois a melhor decisão é se afastar de mim e adotar o Windows 8.1. Com ele, você poderá trabalhar de forma mais segura e de acordo com as necessidades atuais, tanto no trabalho quanto em casa. Gratidão é a palavra que vem ao meu kernel quando me lembro dos últimos 12 anos em que pude ajudar você a trabalhar, se comunicar e se divertir de uma maneira original em seu momento.
Espero que fiquem com uma lembrança agradável do meu papel de parede, esse monte verde com um céu azul e nuvens brancas. Muito obrigado pela oportunidade de poder serví-los como um sistema operacional. Esse é um momento de nostalgia e por que não derramar alguns bits ao recordar o que se passou desde os meus 600 dias de desenvolvimento – gestação – em Redmond, época na qual me chamavam de “Whistler”. Durante as reuniões Windows Info, foram consumidos 2.700 kg de macarrão e servidos 86.400 frappuccinos, segundo dados coletados pela minha equipe de desenvolvimento. Boas lembranças, mas não tão boas quanto as que tenho do tempo que passei nos monitores de todos vocês, ajudando-os desde trabalhar de forma mais eficiente até fazer um belo vídeo com o Windows Movie Maker.
Vocês se lembram de que fui o primeiro a aceitar conectividade USB quando ainda não havia memórias portáteis? Fui o primeiro a incluir um utilitário para gravar CD. Eu tinha o Windows Media Player. E o que dizer do Pinball? Com ele, fiz você perder um pouco de tempo muito antes dos pássaros mal-humorados e dos doces viciantes. Na minha época, tive o ambiente gráfico mais agradável, uma interface de uso mais fácil, fui o primeiro com vários perfis de usuário, o ClearType que já pensava na proliferação de monitores LCD, escritórios remotos. Grandes lembranças de outros tempos, mas a tecnologia avança e é preciso dar espaço à inovação.
Nos próximos dias, estarei aposentado e desfrutando da tranquilidade. Agora, preciso de um tempo para mim e meus bytes. E a primeira coisa a fazer será me esquecer das atualizações de terça-feira – tão necessárias e que não estarão mais disponíveis. Desejo a vocês o melhor em todos os projetos profissionais e pessoais que empreenderem agora com o Windows 8.1. Estou contando os segundos para me sentar em uma cadeira de balanço com um chá gelado e ver passar as novas gerações, como o Windows 8.1 com sua próxima atualização e – por que não? – o Windows Phone 8.1. Ambos são herdeiros da estirpe dos grandes sistemas operacionais da Microsoft.
Despeço-me agora para preparar minha bagagem. Em pouco tempo, vou descansar ao lado de produtos icônicos e históricos, como Windows 3.1, Windows 95, Messenger e Office 2003. Se quiser ter uma lembrança minha sempre presente, podem colocar a imagem do meu papel de parede no Windows, não importa qual nova versão você usa. Muito obrigado por esses anos que compartilhamos. Com os meus melhores desejos tecnológicos.


Leia mais em: http://www.tecmundo.com.br/windows-xp/53359-em-carta-de-despedida-windows-xp-da-adeus-a-seus-usuarios.htm#ixzz30n9L8FT6

terça-feira, 6 de maio de 2014

LibreOffice x Microsoft Office

LibreOffice é a outra alternativa gratuita e open source ao tradicional pacote Microsoft Office. Surgido a partir de um fork do OpenOffice, o LibreOffice traz soluções completas para edição de texto, criação de planilhas, apresentações de slides, desenhos, base de dados e ainda fórmulas matemáticas.

O pacote chega à uma nova versão trazendo novidades tímidas, mas que podem ser significativas para quem usa os aplicativos além do casual. São dezenas de novidades no LibreOffice 4.1, incluindo aí correções, aprimoramentos e, é claro, novas funções.

Ainda melhor

A nova versão do programa não trouxe grandes novidades — não por acaso ela ainda permanece na versão 4.x. De qualquer modo, diversos recursos foram aprimorados para deixar os aplicativos do LibreOffice ainda mais robustos, marcando posição em um mercado quase todo dominado pelo Microsoft Office.

As principais aplicações da suíte, Writer, Calc, Draw e Impress, agora suporta fontes embutidas, tornando mais simples a utilização de novas famílias de fontes aos documentos que você cria.
LibreOffice

Mais compatível com o Microsoft Office

Outra novidade presente no LibreOffice é uma maior compatibilidade com detalhes de formatação presentes em documentos criados no Office da Microsoft. Agora, certos elementos configurados no Office não sofrerão alteração ao documento ser aberto no LibreOffice, dando menos problema para o usuário.

Extensões

Uma grande novidade da nova versão é o suporte para extensões, algo já existente no OpenOffice. Agora, acessando a central de complementos do LibreOffice, você vê uma série de opções e pode usar qualquer uma delas para aprimorar ainda mais alguma característica dos programas, bem como para adicionar novas funções.
Leia mais sobre cada aplicativo presente no pacote:

Writer

LibreOffice
Correspondente ao Microsoft Word, o Writer possui inúmeros recursos para a criação e edição de textos, não ficando atrás em quase nada de seu principal concorrente. O programa possui um visual simples, com as barras de ferramentas claras e intuitivas, facilitando a vida de qualquer pessoa.
Suas funções vão desde editar e criar um simples texto até a inserir imagens — com suporte para tabelas, gráficos, desenhos, filmes, sons e mais. Ele possibilita a criação de sumários, cabeçalhos, rodapés e notas, quadros, campos automáticos, paginação etc. Você também pode criar envelopes e etiquetas facilmente, apenas informando as dimensões desejadas.
O Writer do LibreOffice suporta os seguintes formatos: ODT, OTT, SXW, STW, DOC (Word), DOCX (Word 2007), RTF, SDW, VOR, TXT, HTML, PDB, XML, PSW e UOT.

Calc

LibreOffice
Equivalente ao Microsoft Excel, o Calc também é uma ótima opção para quem quer algo simples porém eficiente e útil para criar planilhas e tabelas, inserir fórmulas, gráficos, somas, divisões, subtrações, multiplicações — enfim, fórmulas matemáticas em geral para poupar tempo e ganhar precisão na hora de gerenciar valores.
Com este utilitário, é possível também formatar células, e o programa possui alguns atalhos interessantes logo na barra de ferramentas para essa função. Como é comum em todos os programas desta suíte, o Calc é dono de um visual agradável, que fará com que quem já tenha usado qualquer outro pacote de aplicativos se sentir em casa.
O Calc suporta os seguintes formatos: ODS, OTS, SXC, STC, DIF, DBF, XLS (Excel), XLSX (Excel 2007), SLT, SDC, VOR, SLK, CSV, HTML, XML, PXL e UOS.

Impress

LibreOffice
Programa correspondente ao Microsoft PowerPoint, o Impress é simples e também dono de recursos avançados, que permitem a qualquer um adicionar plano de fundo, animações, imagens e tudo o que um bom editor de apresentações de slides deve ser capaz para possibilitar a criação de um material dinâmico e de qualidade.
O software possui diversos modelos de slides para serem editados e utilizados por quem necessita de algo rápido para organizar sua apresentação. Ele conta com ferramentas para alinhamento, para adicionar cor, link, gráficos e várias outras que o capacitam como um aplicativo completo.
O Impress suporta os seguintes formatos: ODP, OTP, SXI, STI, PPT (PowerPoint), PPTX (PowerPoint 2007), POT, SXD, DAS, SDD, VOR, UOP e ODG.

Base

LibreOffice
Semelhante ao Microsoft Access, o Base permite a criação e a manipulação de banco de dados de maneira simples e eficaz. Além da criação, com este aplicativo também será possível editar e alterar os dados, executar ordenações, visualizar subconjuntos, gerar relatórios de diversos formatos com um assistente existente dentro do programa apenas para isso. Suporta somente o formato ODB.

Draw

LibreOffice
Diferentemente do Microsoft Office, o LibreOffice possui uma ferramenta para criar e editar desenhos, fluxogramas, cartazes, logotipos e mais, seguindo o mesmo conceito do CorelDraw. No entanto, o Draw é gratuito e tem grande qualidade, suportando a inclusão de imagens, gráficos, desenho de vetores e formas geométricas, textos, filmes e sons.
Ele oferece ainda recursos para incrementar suas criações com sombras, transparências, cores, degradês, hachuras e até mesmo texturas. Depois de concluída, sua criação pode ser exportada para diversos formatos de arquivos de imagem, bem como para SWF, formato de arquivos Flash.
O Draw programa suporta os seguintes formatos: ODG, OTG, SXD, STD, DAS, VOR, SDD e PDF.

Math

LibreOffice
Equivalente ao Microsoft Equation Editor, o Math serve para a criação de fórmulas matemáticas de maneira nada complicada, com um menu pelo qual é possível escolher qual o tipo de equação será realizada para então digitar o valor desejado para aquele fator. Ideal para quem trabalha com elaboração de provas, pois é um programa completo para esse tipo de atividade.

Entenda um pouco da história do LibreOffice

O OpenOffice.org era um projeto fundado e mantido pela Sun Microsystems. Depois de 10 anos de muito sucesso, a comunidade da suíte de aplicativos resolveu criar uma fundação independente para mantê-lo. A justificativa é que, desde que a Oracle adquiriu a Sun — e consequentemente o OpenOffice —, o projeto foi deixado de lado.
Assim é criada a The Documento Foundation, uma organização independente e que conta com o apoio de grandes empresas do ramo de tecnologia da informação e desenvolvimento de software livre, como Canonical (responsável pelo Ubuntu), Red Hat, Google, Novell e Open Source Initiative.
A nova organização apoia o ODF (Open Document Format), o formato aberto de documentos que já era trabalhado com o OpenOffice e com outras várias suítes de aplicativos para escritório. A mudança de nome para LibreOffice se deu devido ao fato de que a Oracle detém os direitos sobre o nome OpenOffice.org.
Os usuários do BrOffice.org, uma suíte brasileira baseada no OpenOffice, não precisam se preocupar quanto ao nome, pois a BrOffice.org — Projeto Brasil é independente da Oracle/Sun e já faz parte da The Document Foundation. Isso significa que o nome da suíte permanecerá o mesmo.
No mundo do software livre chama-se esta nova fundação de fork (bifurcação, ou seja, quando um grupo deixa um projeto para criar outro baseado no antigo). A The Document Foundation espera que a Oracle ceda os direitos sobre o nome “OpenOffice.org” para que possa ser usado no novo projeto que, na verdade, segue a mesma linha.
Você encontra mais informações no comunicado oficial do BrOffice sobre o LibreOffice.


Antes de instalar o " LibreOffice " você pode criar um ponto de restauração do Windows, assim, se não gostar do programa ou se ele não funcionar corretamente, você pode simplesmente restaurar o sistema para um ponto anterior à instalação do programa.Clique aqui e aprenda a criar um ponto de restauração.

nossa opinião

Nossa OpiniãoAcima você conferiu uma descrição completa sobre o LibreOffice e suas funcionalidades, saiba agora o que achamos dele
A cada nova atualização o LibreOffice está se mostrando mais capaz de concorrer com os outros grandes nomes do mercado, como o Microsoft Office e o próprio OpenOffice. As novidades dessa nova versão são poucas, o que pode frustrar um pouco os usuários, mas garantem ferramentas em melhor funcionamento, algo sempre positivo.
Na interface não há qualquer novidade, nem mesmo na quantidade de aplicativos. Assim sendo, a avaliação fica por conta da estabilidade dos programas, que continua boa e não deve apresentar falhas durante a sua utilização.
A manipulação de cada recurso oferecido por este pacote também não é algo complicado, especialmente pelo fato de ele estar totalmente traduzido para português. Assim, basta navegar por seus vários menus e usar os inúmeros botões espalhados por suas barras de ferramentas para descobrir tudo o que pode ser feito por aqui.
Sem a menor sombra de dúvidas, quem procura uma alternativa gratuita e de qualidade ao Microsoft Office tem no LibreOffice uma das melhores opções disponíveis atualmente.

ImportantePrós
  • Variedade de aplicativos
  • Gratuito
  • Recursos avançados
ImportanteContras
  • Nada encontrado
(Atualizado no site em janeiro de 2014)

Fonte: http://www.baixaki.com.br/download/libreoffice.htm#ixzz30nB0Sqlv

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Marco Civil na Internet - Lei nº 12.965 de 23/04/2014


Marco Civil da Internet (oficialmente chamado de Lei nº 12.965, de 23/04/2014) é a lei que regula o uso da Internet no Brasil. Pontos: previsão de princípios, garantias, direitos e deveres para quem usa a rede, e determinação de diretrizes para a atuação do Estado.

Fonte imagem: http://file.smetal.org.br/Noticia/743/800x0/cara.jpg

Marco Civil da Internet: o que muda na sua vida

O Brasil discute há três anos o projeto do Marco Civil da Internet, considerado hoje um texto pioneiro no mundo ao estabelecer regras, direitos e deveres no ambiente virtual brasileiro. O texto do projeto de lei, finalizado após a realização de audiências públicas em todo o Brasil e depois de receber sugestões de todo tipo em plataformas como o Twitter e portal e-Democracia da Câmara dos Deputados, está prestes a ser votado no Congresso. 

O texto é considerado uma "Constituição da internet", já que estabelece regras e conceitos básicos da internet, aonde se apoiarão projetos e leis futuras sobre o mundo digital. O projeto estabelece que a liberdade de expressão, a proteção da privacidade e dos dados pessoais dos usuários, o estabelecimento da neutralidade da rede são princípios básicos das internet, e estabelece quem são os atores e quais responsabilidades de cada um no ambiente online.

Mas e o que muda na vida do usuário se o projeto atual for aprovado?



Neutralidade

Se aprovado o projeto de lei do Marco Civil da Internet, o Brasil será um dos poucos países do mundo a estabelecer a neutralidade da rede como regra. O texto proíbe que provedores de internet discriminem certos serviços em detrimento de outros. Isso protege o usuário de ter sua velocidade de conexão diminuída baseada em interesses econômicos. As empresas não poderão, então, diminuir a velocidade da conexão para serviços de voz por IP para dificultar o uso de Skype ou reduzir a banda de um produto de uma empresa concorrente, por exemplo.
A neutralidade da rede é regra. Por isso, se algum provedor discriminar o tráfego, terá de se explicar. O projeto prevê, porém, algumas exceções em que pode haver discriminação. O projeto prevê que os requisitos técnicos para estabelecer quais são essas exceções sejam determinadas por decreto presidencial. 'A competência para a regulamentação tem que estar com a competência maior do Estado Democrático, que é a Presidência da República', afirmou o advogado do Idec.
Essas exceções não foram determinadas no projeto do Marco Civil, segundo ele, porque o projeto é um marco geral sobre a internet, e não entra em questões específicas de cada uma das áreas das quais o texto trata.


Guarda de logs

O projeto do Marco Civil da Internet obriga que os registros de conexão dos usuários devem ser guardados pelos provedores de acesso pelo período de um ano, sob total sigilo e em ambiente seguro. Essas informações dizem respeito apenas ao IP, data e horas inicial e final da conexão. Além disso, o texto faculta aos provedores a guarda de registros de Acesso a Aplicações de Internet - que ligam o IP ao uso de aplicações da internet.
O Marco Civil estabelece que a guarda de registros seja feita de forma anônima. Ou seja, os provedores poderão guardar o IP, nunca informações sobre o usuário. A disponibilização desses dados, segundo o texto, só poderá ser feita mediante ordem judicial.
O projeto também fixa princípios de privacidade sobre os dados que o usuário fornece aos provedores. Na internet, os dados hoje são coletados, tratados e vendidos quase que instantaneamente. O marco civil coloca como direito dos usuários que suas informações não pode ser usadas para um fim diferente daquele para que foram fornecidas, conforme estabelece a política de privacidade do serviço.

Retirada de conteúdo e responsabilidades

O Marco Civil estabelece como regra que um conteúdo só pode ser retirado do ar após uma ordem judicial, e que o provedor não pode ser responsabilizado por conteúdo ofensivo postado em seu serviço pelos usuários. Com isso, o projeto pretende evitar a censura na internet: para se provar que um conteúdo é ofensivo, o responsável deve ter o direito ao contraditório na Justiça.
O texto, porém, prevê exceções. Um conteúdo pode ser retirado do ar sem ordem judicial desde que infrinja alguma matéria penal (como pedofilia, racismo ou violência, por exemplo). Isso evita que um material que possa causar riscos a algum usuário fique no ar enquanto aguarda decisão da Justiça. O que se pretende com isso, segundo Varella, é que a internet ganhe mais segurança jurídica na retirada de conteúdo. A regra é que os conteúdos têm que continuar funcionando, a não ser que firam a lei.
Fonte: http://tecnologia.terra.com.br/marco-civil/
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PERGUNTAS E RESPOSTAS: O que muda?

Depois de três anos de discussão, o Marco Civil da Internet finalmente foi sancionado nesta quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff. Sabe-se que o projeto estabelece os direitos e deveres para usuários e provedores. Mas o que realmente muda na sua vida a partir de agora?
Para ajudar a entender os principais pontos e de que forma mudará a sua forma de navegar na web, abaixo uma série de perguntas e respostas sobre essa que é chamada de a "Constituição da internet". Entenda quais são os três eixos do Marco Civil da Internet
PERGUNTAS E RESPOSTAS
Como a regra da neutralidade pode melhorar a minha navegação?O princípio da neutralidade diz que a rede deve ser igual para todos, sem diferença quanto ao tipo de uso. Assim, ao comprar um plano de internet, você paga somente pela velocidade contratada e não pelo tipo de página que vai acessar. Ou seja: você poderá acessar o que quiser, independente do tipo de conteúdo, com igual velocidade. Os provedores não poderão ter acordo com determinado site para carregá-lo mais rápido, prejudicando algum concorrente. 


Leia mais:
As empresas ainda poderão vender planos com velocidades diferentes?Sim, as empresas que fornecem acesso (como Vivo, Claro, TIM, NET, GVT, entre outras) poderão continuar vendendo velocidades diferentes, como 1 Mbps, 10 Mbps e 50 Mbps, por exemplo, assim como fazem hoje. A diferença é que as provedoras não poderão bloquear o acesso a determinados serviços e aplicativos, assim como vender pacotes segmentados por conteúdo - só para redes sociais ou só para e-mail, por exemplo.
Como posso ter certeza de que meu direito de privacidade vai ser mantido?O Marco prevê a inviolabilidade e sigilo de suas comunicações. Somente por meio de ordens judiciais, para fins de investigação criminal, será possível ter acesso a esses conteúdos. O texto determina que as empresas desenvolvam mecanismos para garantir, por exemplo, que os e-mails só serão lidos pelos emissores e pelos destinatários da mensagem. 
A que posso recorrer se me sentir lesado?Os Procons, a Justiça e o Ministério Público são instâncias recomendadas para buscar seus direitos. Após averiguação, se ficar comprovado que houve descumprimento da lei as empresas poderão ser penalizadas com advertência, multa, suspensão e até proibição definitiva de suas atividades. E ainda existe a possibilidade de penalidades administrativas, cíveis e criminais.
Mas não existirá mais marketing direcionado para as coisas que eu gosto?Isso vai depender as permissões que você liberar. As empresas de acesso (como Facebook e Google) não poderão espiar o conteúdo das informações trocadas pelos usuários na rede sem prévia autorização.
Como posso excluir um conteúdo da web?A exclusão de conteúdo só pode ser solicitada por ordem judicial – assim, não fica a cargo dos provedores a decisão de manter ou retirar do ar informações e notícias polêmicas. Portanto, o usuário que se sentir ofendido por algum conteúdo no ambiente virtual terá de procurar a Justiça, e não as empresas que disponibilizam os dados. A exceção fica por conta da divulgação não autorizada na internet de conteúdo sexual. Nesses casos, o participante ou seu representante legal deve enviar uma notificação para o provedor de aplicações (como Facebook e Google), que tem de tornar esse material indisponível.  
Não vou mais ter liberdade de expressão na internet?Sim, terá. Conteúdos publicados pelos usuários só serão retirados, obrigatoriamente, após ordem judicial. As entidades que oferecem conteúdo e aplicações serão responsabilizadas por danos gerados por terceiros apenas se não acatarem a ordem judicial. Por isso, a liberdade de expressão deverá ser fortalecida na web, pois vai acabar com a censura privada, em que aplicações na internet acabam sendo obrigadas elas mesmas a julgarem se determinadas opiniões devem permanecer no ar ou não, mediante notificações que recebem dos ofendidos.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/04/marco-civil-da-internet-e-eu-com-isso-saiba-o-que-muda-na-sua-vida-4482135.html
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Voltado a fixar normas na web, projeto agora traz práticas antiespionagem.
Proposta cria no país uma espécie de Constituição para a rede mundial.


Alçado pela presidente Dilma Rousseff à condição de principal ferramenta legal para livrar o Brasil da ciberespionagem estrangeira, o projeto do Marco Civil da Internet foi criado para estabelecer direitos dos internautas brasileiros e obrigações de prestadores de serviços na web (provedores de acesso e ferramentas on-line).
Pronto para ser votado na Câmara, o texto também deve passar pelo Senado antes de ser submetido à sanção presidencial. Nesta quarta (6), o marco civil será tema de um debate entre parlamentares e especialistas de diferentes setores no plenário da Câmara.

2 - Dados pessoais
3 - Armazenamento de dados
4 - Vigilância na web
5 - Internet livre
6 - Fim do marketing dirigido
7 - Liberdade de expressão
8 - Conteúdo ilegal

"A principal mudança é ter uma legislação mais especifica sobre privacidade de internautas brasileiros relacionada à questão de como se faz o uso de dados de navegação cadastrais e mesmo de conexão", afirma Patrícia Peck Pinheiro, advogada especialista em direito digital do escritório Patrícia Peck Pinheiro.
"[O projeto] estabelece princípios, garantias, direitos dos usuários de internet no país, mas estabelece deveres também", enfatiza o deputado Alessandro Molon. Veja, item a item, o que está em jogo:
O Marco Civil determina que o sigilo das comunicações dos usuários da internet não pode ser violado. Provedores de acesso à internet serão obrigados a guardar os registros das horas de acesso e do fim da conexão dos usuários pelo prazo de um ano, mas isso deve ser feito em ambiente controlado. A responsabilidade por esse controle não deverá ser delegada a outras empresas.
"A nossa Constituição e o nosso Código de Defesa do Consumidor defendem de forma genérica a privacidade, mas não tratam de formas específicas os limites de uso de uma informação e também de prazo de uso", afirma a advogada Patrícia Peck Pinheiro.


2 - Dados pessoais
Segundo Alessandro Molon, o Marco Civil "traz regras sobre quais dados podem ser coletados, quem pode coletar, qual a finalidade dessa coleta de dados, como esses dados podem ser compartilhados, com quem podem e com quem não podem ser compartilhados, como devem ser guardados, como devem ser protegidos".
"Passou a ser muito comum na internet a oferta de um serviço gratuito para, em contrapartida, aquele prestador ficar com a informação do cliente. O que o Marco Civil pretende fazer é que isso não seja um cheque em branco", explica Peck Pinheiro.
O relatório de Alessandro Molon estabelece que o Executivo poderá, por meio de decreto, obrigar tanto empresas que oferecem conexão quanto sites (como Google e Facebook) a armazenar e gerenciar dados no Brasil. Pelo texto, é preciso que as empresas tenham finalidade econômica e que se considere o seu "porte". De acordo com o relator, isso exclui da exigência, por exemplo, blogs.
A determinação de quem poderá lidar com os dados pessoais de brasileiros e do que poderá ser feito com eles é o cerne da estratégia contra espionagem virtual. "Provedores de acesso e aplicações não poderão ceder dados a terceiros sem que os usuários permitam, o que inviabiliza uma série de práticas", explica o deputado, referindo-se ao monitoramento dos Estados Unidos.


5 - Internet livre
As provedoras de internet não poderão oferecer planos de acesso que permitam aos usuários utilizar só e-mail, redes sociais ou vídeos. Isso porque a transmissão de informação pela internet deverá tratar todos os dados da mesma forma, sem distinção de conteúdo, origem e destino ou serviço. Esta é a chamada neutralidade de rede, tema que tem contrariado as empresas de telecomunicações.
Segundo o relator da proposta, essas regras não inviabilizam a oferta de pacotes com diferentes velocidades. Segundo Molon, regras sobre pacotes não entraram em sua proposta por se tratar de modelo de negócios. "Não entramos em detalhes que envolvem modelos de negócio, porque fazer isso significa tornar a discussão do marco regulatório uma discussão sem fim", disse o relator.


6 - Fim do marketing dirigido
As empresas de acesso não poderão espiar o conteúdo das informações trocadas pelos usuários na rede. Há interesse em fazer isso com fins comerciais, como para publicidade, nos moldes do que Facebook e Google fazem para enviar anúncios aos seus usuários de acordo com as mensagens que trocam. Essas normas não permitirão, por exemplo, a formação de bases de clientes para marketing dirigido, diz Molon.
Provedores de conexão à web e aplicações na internet não serão responsabilizados pelo uso que os internautas fizerem da rede. Conteúdos publicados pelos usuários só serão retirados, obrigatoriamente, após ordem judicial. As entidades que oferecem conteúdo e aplicações serão responsabilizadas por danos gerados por terceiros apenas se não acatarem a ordem judicial. Por isso, Molon acredita que a liberdade de expressão será fortalecida na web, pois vai acabar com o que chama de "censura privada".
"As aplicações na internet acabam sendo obrigadas elas mesmas a julgarem se determinadas opiniões devem permanecer no ar ou não, mediante notificações que recebem dos ofendidos", diz. "Isso acaba ferindo gravemente a liberdade de expressão, porque a regra passa a ser a da retirada."
Para o advogado Ópice Blum, a prerrogativa de retirar conteúdos obrigatoriamente apenas depois de receber determinação da Justiça ajuda os provedores de acesso, mas prejudica pessoas que se sentirem constrangidas por algum conteúdo publicado que seja evidentemente ilegal. "Vai haver dificuldade de remoção de conteúdo ilegal. A vítima vai ter que contratar um advogado."
"Apenas aquele que tiver recursos financeiros e acesso ao Judiciário é quem vai poder se defender?", questiona Peck Pinheiro, para quem "preocupa o excesso de juridiscionalização". "Nesse caso, vamos dar mais voz e mais peso à liberdade de expressão e, sim, vamos dificultar mais as situações em que a vítima possa ter razão."


Projeto é prioridade após espionagem americana
Há quase um ano e três meses emperrado na Câmara, o texto já foi incorporado a outros 37 projetos de lei similares. O principal ponto de discórdia é a neutralidade de rede.


Sobre os principais pontos do projeto:
1 - Privacidade
Não fica autorizado o registro das páginas e do conteúdo acessado pelo internauta. A coleta, o uso e o armazenamento de dados pessoais pelas empresas só poderão ocorrer desde que especificados nos contratos e caso não sejam vedados pela legislação.
3 - Armazenamento de dados
O trecho sobre o armazenamento de dados no país era uma das principais demandas da Presidência da República. "O governo conhece o texto da primeira à última letra e o apoia tal qual ele está . E isso é fruto de uma construção que é maior do que o governo", disse Molon.
Ainda que a empresa não faça coleta ou armazenamento de dados no país, se a companhia tiver uma subsidiária no Brasil deverá respeitar a legislação brasileira, com direito à privacidade e sigilo de dados pessoais.
4 - Vigilância na web
Além disso, devido a essas regras, atividades corriqueiras devem ser inviabilizadas, segundo Molon. Por exemplo, se houver solicitação do usuário, as redes sociais não poderão mais manter informações pessoais após ele excluir seu perfil. Caso infrinjam as determinações, provedores e aplicações estarão sujeitos a sanções cíveis, criminais e administrativas. A retirada da informação não é obrigatória se o usuário não solicitar.
Renato Ópice Blum, advogado especialista em direito digital, defende a neutralidade, mas crê que o Marco Civil não deveria abordar o assunto, pois "já é tratado na Lei Geral das Telecomunicações e a competência para isso é da Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações]".
Será proibido monitorar, filtrar, analisar ou fiscalizar o conteúdo dos pacotes, salvo em hipóteses previstas por lei.
7 - Liberdade de expressão
8 - Conteúdo ilegal
O princípio do Marco Civil da Internet estabelece que dados transferidos pela web (vídeo, texto, áudio etc.) não podem ser privilegiados em detrimento de outros, seja lá quem forem os usuários ou o tipo de plano que tenham adquirido. As operadoras discordam e argumentam que isso atrapalharia o negócio, pois impossibilitaria os diferentes tipos de pacotes.
Apesar de não haver consenso sobre o tema, o projeto passou a ter prioridade para ser votado por pressão da presidente Dilma Rousseff. O programa "Fantástico" mostrou que a chefe do Executivo e seus assistentes foram espionados pelos EUA, além da Petrobras. A revelação veio à tona após a denúncia de que brasileiros eram monitoradas na web por agências de espionagem norte-americanas.
"Desde que estourou o escândalo de espionagem, incluímos uma série de medidas que limitam o uso de dados pessoais coletados através da internet ou mesmo vetam a coleta de determinados dados por alguns provedores", diz Molon.
Versões do projeto anteriores ao escândalo proibiam provedoras de acesso à rede de captar, analisar e transferir dados pessoais sem autorização, mas algumas dessas restrições foram extendidas às chamadas aplicações na internet, como Facebook e os serviços do Google.
Serviços on-line como os do Google e do Facebook estão no centro das revelações sobre a espionagem dos EUA, pois são obrigados a ceder dados de usuários à Justiça norte-americana.
Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/11/entenda-o-que-esta-em-jogo-na-proposta-de-marco-civil-da-internet.html
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Marco Civil da Internet (oficialmente chamado de Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014) é a lei que regula o uso da Internet no Brasil, por meio da previsão de princípios, garantias, direitos e deveres para quem usa a rede, bem como da determinação de diretrizes para a atuação do Estado1

domingo, 4 de maio de 2014

Pensados a Tinta: O trabalhador invisível

Pensados a Tinta: O trabalhador invisível: Por: Eliana Rezende


Começo com uma pergunta simples:

Você em seu cotidiano "vê" um gari?

A pergunta pode parecer óbvia e alguns inclusive dirão: “mas é claro!”
Mas será que de fato é assim?
Acompanhe-me:
Tempos atrás lia sobre um pesquisador que para desenvolver sua pesquisa de Mestrado na área de Psicologia Social vestiu-se de gari um dia por semana durante um período de seis anos, dentro do próprio Campus da Universidade de São Paulo no Departamento de Psicologia. 

Clicando aqui você pode conhecer mais sobre essa pesquisa e seu recorte.

No decorrer de sua pesquisa e para sua surpresa, percebeu o quanto essa categoria era ignorada por professores, alunos e funcionários. Em suas palavras: 

“Conhecia muitas das pessoas, porém, todas passavam sem me olhar. Em determinado momento, um professor se aproximou e interrompi a varrição para cumprimentá-lo, debruçando-me sobre a vassoura. Ele não me notou. Chegou a esbarrar no meu ombro e nem sequer parou para pedir desculpas”

Sua experiência serviu apenas para mostrar que muitos destes trabalhadores mantém-se restritos aos seus próprios círculos e evitam o contato visual com outras pessoas como forma de proteger-se de formas de violência ou desprezo social. O que revela uma forte exclusão ligada à divisão social do trabalho. 



Tal forma de invisibilidade recebe o nome de "invisibilidade social". O termo aplica-se em especial à profissões que, apesar de fundamentais para o funcionamento social, são totalmente ignoradas pela ampla parcela da população. Quer por preconceito, quer por indiferença. De modo geral, é uma indiferença que parte de camadas sociais consumidoras e com maior poder aquisitivo em relação às que habitam sua margem, ou que estão excluídas por causa de sua condição social.

No caso da pesquisa supra citada, o exemplo foi revelador, pois o pesquisador simplesmente trocou o lado e vestiu-se com um uniforme, dentro da própria instituição que estudava e descobriu que havia algo invisível à sua volta, que ele não havia se dado conta até então. Estar dentro dos muros da maior universidade do país e ainda assim encontrar tal tipo de invisibilidade apontou para um substrato de uma cultura da superioridade do conhecimento acadêmico em detrimento do trato humano entendido como relação social e humana.
Isso nos causa certo "choque" exatamente por que seria um espaço onde se esperaria que tais atitudes não devessem acontecer. Infelizmente, esse comportamento pode ser recorrente: claro que não podemos generalizar, mas ocorre.

Agora, partindo-se desse ponto, a pergunta quase inevitável e que destino a todos é:


Em seu cotidiano você “vê” tais trabalhadores? 


E amplio um pouco mais: Não apenas eles, mas uma gama imensa de operários, trabalhadores que edificam e erigem com seus braços caminhos, moradias, espaços e que em muitos casos (eles) não podem ser usuários dos mesmos. Vivem a exclusão e invisibilidade consentida de todos os que deles dependem e necessitam.

Falo de faxineiros, porteiros, pessoal da manutenção, jardineiros, pedreiros, ascensoristas, recepcionistas, seguranças, empacotadores, entre muitos outros.

Pergunto exatamente porque esta pesquisa veio mostrar as teias de invisibilidade que estão por traz de formas menores de preconceitos que tomam em conta a origem e a condição social.

Muitos veem apenas como seus iguais aqueles que possuem o mesmo colarinho.
Todo e qualquer trabalhador que não tenha esse parâmetro torna-se invisível.
Talvez tenhamos que avaliar como anda a redoma que às vezes nos pomos.

O cumprimento e a atenção estendidos a quem quer que seja além de denotar boa educação e consideração ao outro aponta nossos universos de prioridades e hierarquias.

Essa invisibilidade tecida muitas vezes por cargos de liderança infelizmente tem muito que ver como uma concepção muito arcaica, e pessoalmente gostaria de ver eliminada, que é a de que as pessoas são diferentes por exercerem funções tidas como menores ou terem tido menos oportunidades, escolaridade ou títulos. Isto é um equívoco imenso, mas infelizmente muitos em cargos de liderança nos fazem lembrar que essa nódoa existe e que continua sendo praticada diariamente. 

É de fato algo que precisamos superar.

Outro aspecto interessante nesta pesquisa foi apontar que em muitos casos os uniformes servem como “manto de invisibilidade”. Já que por meio de tais uniformes condiciona-se pessoas a determinados usos do espaço social. Indicam de onde vem e qual a função que ocupam e como devem ser “vistos”. É uma dentre tantas fronteiras que os espaços profissionais podem tecer.

Os uniformes, muitas vezes usados como garantias de segurança ou hegemonização dos espaços liga-se profundamente a ideia de exercer o controle, poder e vigilância.

Essa coisa de exercer a vigilância como forma de centralizar o poder e controlar pessoas é talvez a grande ambição humana. Acho que a relação humana acaba sempre colocando como mediação formas de controle para justificar atuações, sejam elas políticas, sociais, econômicas, entre outras. Basta pensarmos em Michel Foucault.

Como se vê, as barreiras não são apenas físicas e edificadas com tijolos. Podem estar à nossa volta e o que é pior, podemos ser nós a erigi-las. Por isso, creio que lidar com o diferente é algo que começa em casa e o outro terá que ser incluído em nossas existências, posturas e ações. Falar, projetar e pensar sempre é mais fácil que agir. Mas é nossa responsabilidade colaborar para esse salto qualitativo de relação.

Creio que aqui seja um bom momento para assistirmos o próprio pesquisador falando sobre seu tema:



Vejo que o fundamental é sempre olharmos com várias perspectivas e nisso a troca com outros é fundamental. O que para nós às vezes não é óbvio ou claro pode ser oferecido pelo olhar alheio.

Tenho o hábito de os cumprimentar sempre: inclusive os que estão nas ruas e não apenas nos locais que eu trabalho. E em muitos casos, presencio a surpresa que ficam. Olham-me com um misto de surpresa e timidez. E reproduzo o ato a todos que sei que prestam um serviço fundamental para que tudo funcione bem: ascensoristas, motoristas, senhoras do café e limpeza, porteiros, pessoas da manutenção, recepcionistas, entre outros. Tal qual faço com os Gerentes, Coordenadores, Diretores, Presidentes, Superintendentes, Secretários de Governo. Recebem de mim o mesmo cumprimento e sorriso (posso garantir!).
O que fica claro para mim a cada cumprimento é que em sua essência todos gostam da mesma atenção. Então, por criar diferenças?

Como digo sempre, temos que olhar de um ponto de vista empático. Se não soubermos exercer a empatia pouco prosseguiremos no sentido de extirpar esse mal do nosso meio.
Estimular a empatia e exercê-la cotidianamente nos tornará melhores e mais receptivos ao outro. Escrevi sobre empatia em outro post, e você poderá saber mais clicando aqui:

De fato, o que escapa há muitos é que existe uma dimensão humana e de importância relacional que está para além da posição que ocupa ou do cheque que ostenta. Não são os colarinhos que fazem as pessoas, mas a alma que as torna indivíduos que contribuem ao seu em torno. É isso que num mundo tão voltado ao ter se esquece: o que verdadeiramente conta é o que somos e não o que temos, já que é o somos que conseguimos levar para todos os lugares e ninguém nunca nos tirará. O que temos é só uma condição pontual altamente mutável.

Escolho para encerrar esse post um poema. 

É de Bertolt Brech, "Perguntas de um trabalhador que lê":

Quem construiu Tebas, a cidade das sete portas? 
Nos livros estão nomes de reis; os reis carregaram pedras?
E Babilônia, tantas vezes destruída, quem a reconstruía sempre?
Em que casas da dourada Lima viviam aqueles que a edificaram? 
No dia em que a Muralha da China ficou pronta, para onde foram os pedreiros? 
A grande Roma está cheia de arcos-do-triunfo: quem os erigiu? 
Quem eram aqueles que foram vencidos pelos césares? 
Bizâncio, tão famosa, tinha somente palácios para seus moradores? 
Nlegendária Atlântida, quando o mar a engoliu, os afogados continuaram a dar ordens a seus escravos. O jovem Alexandre conquistou a Índia. 
Sozinho? 
César ocupou a Gália. 
Não estava com ele nem mesmo um cozinheiro? 
Felipe da Espanha chorou quando sua frota naufragou. Foi o único a chorar? 
Frederico Segundo venceu a guerra dos sete anos. Quem partilhou da vitória? 
A cada página uma vitória. 
Quem preparava os banquetes comemorativos? 
A cada dez anos um grande homem. 
Quem pagava as despesas? 
Tantas informações. 
Tantas questões.
Fonte: http://pensadosatinta.blogspot.com.br/2014/05/o-trabalhador-invisivel.html