sábado, 1 de março de 2014

Ensino híbrido é o único jeito de transformar a educação

Na primeira vez que o Porvir falou de ensino híbrido, lá pelos idos de 2012, não sabíamos nem como chamar essa tendência. Foi no site de uma organização chamada Innosight Institute que as coisas ficaram mais claras. O tal blended learning, que estava pipocando aqui e ali, se referia à mescla do ensino presencial com o virtual, dentro e fora da escola. Com essa integração de oportunidades de aprendizagem que a tecnologia proporcionou, os alunos passariam a ver mais sentido no conteúdo que lhes era apresentado, teriam acesso a um aprendizado mais personalizado às suas necessidades, seriam estimulados a pensar criticamente, a trabalhar em grupo. Um mundo de oportunidades se abria.
Dois anos depois, o ensino híbrido já se consolidou como uma das tendências mais importantes para a educação do século 21. Um dos especialistas internacionais que tem ajudado na disseminação dessas práticas e na análise de como o fenômeno tem se manifestado em diferentes redes de ensino é Michael Horn, que em 2008 escreveu com seu professor em Harvard, o renomado Clayton Christensen, o livro Disrupting Class: How Disruptive Innovation Will Change the Way the World Learns(Classe disruptiva: como a inovação disruptiva vai mudar a forma como o mundo aprende, em livre tradução), no qual abordava o nascimento de uma nova forma de fazer educação. Horn tornou-se cofundador do Innosight Institute, que em 2013 passou a se chamar Clayton Christensen Institute.
crédito Fotimmz / Fotolia.com'Ensino híbrido é o único jeito de transformar a educação'

Em entrevista ao Porvir, o norte-americano, que tinha experiência na área pública e na de negócios antes de enveredar pela educação, diz considerar que o ensino híbrido é a única forma de se promover a transformação em redes de ensino. Dissse ainda que essa abordagem é capaz de oferecer ao aluno tanto o conhecimento quanto a oportunidade de desenvolver as habilidades de que vai precisar para ser bem sucedido na vida. “O ensino híbrido abre espaço para trabalhos em equipe, pensamento crítico como nunca antes”, afirmou. Para Horn, o ensino híbrido tem também trazido à tona discussões sobre avaliação e organização dos alunos por idade e série.
Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista.
O que você chama de inovação disruptiva em educação?
A palavra “disruptivo” tem sido tão usada que seu significado real tem se perdido. A disrupção é algo muito específico. Significa que uma inovação transformou algo que era caro, complicado, centralizado e inacessível, que só servia a um número limitado de pessoas, em algo com um preço muito mais acessível, conveniente e simples, que pode servir a muito mais gente. As inovações disruptivas em educação são sempre muito primitivas em seu início. Elas não começam como rupturas muito fortes. Elas vão melhorando e se aprofundando com o passar dos anos.
Existem muitas diferenças entre o que se chamava de disruptivo em 2007, no início do Innosight Institute, e agora?
Não. A disrupção sempre terá a ver com o ensino híbrido. Na educação básica, pelo menos. Na superior é diferente. No livro Disrupting Class ainda não usávamos o termo ensino híbrido, mas três ou quatro outros nomes. Agora o vocabulário amadureceu e é mais fácil falar de ensino híbrido.
crédito DivulgaçãoMichael Horn, cofundador do Clayton Christensen Institute
Por que você acredita tanto em blended leaning?
Nosso sistema educacional, não apenas nos EUA, não foi construído para otimizar o aprendizado para cada aluno. Foi construído como uma indústria para atender a um grande número de alunos. Funcionou bem numa economia industrial, mas [não] na economia do conhecimento, quando se questiona por que o modelo não serve a muitos alunos. O sistema [educacional] está fazendo exatamente o que ele foi programado para fazer. O que temos visto consistentemente é que a inovação disruptiva é o único jeito confiável de se transformar o sistema. A coisa mais legal do ensino híbrido é que você pode personalizar o ensino para diferentes necessidades dos alunos.
Que bons exemplos práticos você já tem visto acontecer, especialmente em grandes redes?
Temos visto distritos do país inteiro se engajarem mais profundamente com o ensino híbrido. A cidade de Nova York, Houston, Miami Dade… São grandes distritos que estão fazendo dessa metodologia o centro de sua estratégia de transformação. Em uma escala menor, temos outros, como oQuakertown Public Schools in Pennsylvania. Temos também a Florida Virtual School, que é um distrito de escolas públicas que está servindo centenas de milhares de estudantes não só na Flórida, mas no mundo. Existem alguns sinais de esperança.
Já dá para ver como o ensino híbrido tem mudado a vida das pessoas individualmente?
Conheci algumas boas histórias. Estava em uma escola de ensino médio que adota o ensino híbrido em Utah. Eles tinham lá uma jovem que era totalmente desestimulada. Ela me disse: “Pela primeira vez, o professor está me ensinando individualmente, não para a turma inteira. De repente, estou aprendendo o que eu preciso. Percebi que sou alguém que importa e que pode ter sucesso”. E agora ela, que não tinha muita esperança na vida, falava pela primeira vez em ir para a universidade. Outro grupo muito beneficiado com o ensino híbrido é o de alunos com necessidades especiais. Cada aluno tem um plano individual de aprendizagem, então eles não se sentem diferentes, eles se sentem mais pertencentes ao grupo.
É uma questão de aumentar a autoestima e a noção de identidade, certo?
[Disrupção é] uma inovação transformou algo que era caro, complicado, centralizado e inacessível, que só servia a um número limitado de pessoas, em algo com um preço muito mais acessível, conveniente e simples, que pode servir a muito mais gente
Identidade é grande parte disso. Faz diferença dizer a todos que eles importam, que vamos buscá-los onde estiverem e que vamos ajudá-los a serem bem sucedidos. Tenho uma história daSummit. A Diane [Tavenner] fala sobre um aluno que tinham que ido mal em toda a sua vida acadêmica. No modelo que adotaram na escola, os alunos precisam dominar os conteúdos para avançar [os alunos têm acesso primeiro ao conteúdo por um programa de computador]. No primeiro dia de aula, esse aluno ficou apenas sentado, não fez nada [no programa]. No segundo dia, nada. No terceiro, ele levantou a mão e disse: “professora, acho que não estou evoluindo”. Ela perguntou por quê. “Na escola anterior, eu ia para a aula e o professor falava as coisas. Eu não entendia o que ele dizia, mas todo dia era uma coisa nova. Então eu evoluía. Agora, nada está mudando e ainda estou parado no mesmo lugar”, ele disse. “É porque agora você tem que fazer alguma coisa”, respondeu a professora. Esse sentimento de que o aluno precisa dominar, ser persistente, que ele é o dono daquilo é o que acontece num ambiente de aprendizagem.
E isso tem a ver com as competências para o século 21?
No século 21, você tem que ser capaz de aprender a vida inteira, de encontrar materiais de diferentes fontes. Os empregos estão mudando tão rapidamente, é preciso aprender a aprender. O ensino híbrido bem-feito – e não são todos os modelos que fazem – diz: “você é o dono do seu próprio aprendizado”. O ensino híbrido abre espaço para trabalhos em equipe de forma como nunca antes havia sido possível, abre espaço para o pensamento crítico. As pessoas passam a dominar os assuntos a partir de aulas virtuais e aprofundam esse conhecimento com seus professores com perguntas importantes.
E o que garante que o ensino híbrido seja bem-feito? Com o que devemos nos preocupar?
Precisamos nos preocupar em dizer que o conhecimento ainda importa, mas só o conhecimento não é suficiente. Devemos nos preocupar em analisar, avaliar, ter o domínio do próprio aprendizado, trabalhar em equipe, conectar o conhecimento a problemas da vida real para que o aluno entenda por que ele é relevante. Isso quebra o argumento de que o conhecimento não importa e o que importa mesmo são as habilidades. As pessoas que defendem o conhecimento diriam: “não é possível desenvolver habilidade a menos que você tenha conhecimento”. A melhor coisa do ensino híbrido é que podemos ter os dois.
E se formos apontar questões de infraestrutura?
Você precisa ter banda larga, uma boa conexão com internet. Nos EUA, estamos falando hoje em 100 megabits por segundo. Até 2020, será 1 gigabite por segundo. Mas o que temos visto é que escolas inovadoras estão descobrindo como fazer o ensino híbrido acontecer com muito menos. Em termos de número de equipamentos, existe muita flexibilidade. Se você tem 30 crianças, você pode ter de 8 a 10 aparelhos. Você não precisa de um para cada. Isso é legal, mas não é necessário. Cada vez mais, com esses equipamentos ficando mais baratos, mais estudantes terão um eles mesmos. BYODGlossário compartilhado de termos de inovação em educaçãoserá parte disso.
Voltando ao assunto das habilidades para o século 21, como promover uma educação baseada em competências aliada ao ensino híbrido?
O ensino híbrido é a ferramenta que personaliza a educação, tanto nas “competências duras” [conhecimento] quanto nas transversais. Uma educação baseada em competência trabalha com a noção de que os estudantes só podem avançar quando eles realmente dominarem um conceito. Você não avança de acordo com a hora do dia, mas de acordo com o que você sabe. É muito difícil ter uma educação baseada em competências, a menos que você tenha ensino híbrido. Eles são primos, mas não são a mesma coisa. Você pode ter um ensino híbrido ruim e nada de desenvolvimento competências e você pode ter um ensino baseado em competências sem o ensino híbrido, mas é muito difícil de fazer em escala.
Isso muda a forma como os professores gerem sua sala de aula.
Sim, muito. Antes, os professores davam uma aula para a turma inteira. Agora, eles podem ter 30 alunos em 30 níveis diferentes. Sua tarefa é muito mais ser um designer do aprendizado de cada aluno e avaliar para ver se estão dominando o assunto. Eles são assessores do conhecimento, treinadores, designers do aprendizado.
Mas em algum momento do ano eles terão de ser nivelados…
Esse é o tipo de coisa que a educação baseada em competências começa a questionar. Visitei uma turma de quinto ano em que os alunos estavam fazendo problemas de trigonometria. O problema é que o atual sistema vai dizer que, no fim do ano, eles serão avaliados em conteúdos de quinto ano. No ano seguinte, eles vão para o sexto ano e pronto. Isso não faz sentido, estamos impedindo o desenvolvimento deles. No entanto, se uma criança chega ao quinto ano sabendo matérias apenas do segundo, ela pode conseguir dar um salto e chegar à quarta série. Esse crescimento de dois anos é impressionante. O que queremos desse tipo de educação é um ritmo mínimo, no qual nenhum aluno avança menos do que um ano em um ano, mas não podemos restringir o lado oposto.
Isso também implica numa mudança das provas oficiais do governo, certo? No Brasil, temos a Prova Brasil, que acontece de dois em dois anos.
Esse é um grande desafio, não apenas no Brasil, mas em países de todo o mundo. Podemos criar exames e sistemas de prestação de contas que também são personalizados? Enquanto eu completo o estudo de um assunto adequadamente, será que posso fazer provas sob demanda para provar o que eu sei, um exame pequeno e pontual? Isso criaria um sistema muito mais confiável porque hoje no Brasil você só consegue me falar do desempenho das escolas do país com dados do ano anterior. Nesse sistema, você saberia todos os dias onde estão os estudantes.
Fonte: http://porvir.org/porpensar/ensino-hibrido-e-unico-jeito-de-transformar-educacao/20140220#comment-13757

    sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

    A matemática é a nova corrida espacial

    Os resultados do Pisa raramente são motivo de comemoração nos países do Ocidente, e a recente publicação dos resultados internacionais de 2012 não deixaram de desapontar. Países ocidentais foram desbancados das primeiras colocações, e os EUA e Grã-Bretanha permaneceram estáticos e moribundos abaixo da 20a colocação. A Finlândia, anteriormente em um aspiracional primeiro lugar, fracassou em manter o ritmo do progresso asiático na matemática e agora está em 12º lugar. Com esse cenário, por que há tão poucos brasileiros comemorando a sólida melhoria do país nos resultados da matemática no Pisa, que foi de 334 pontos para 391? A verdade é que, por aqui, se tem a exata noção de que continuar melhorando nesse ritmo será muito difícil.
    Países de todo o mundo participam do Pisa, uma avaliação realizada a cada 3 anos com alunos de 15 anos. Apenas no Brasil, 20.000 alunos de 831 escolas, escolhidos aleatoriamente, fizeram a prova em 2012. Os resultados revelaram que o país obteve progresso expressivo em matemática durante a última década, graças principalmente à diminuição da proporção de alunos brasileiros considerados de baixo desempenho – ou seja, aqueles capazes apenas de realizar as tarefas matemáticas mais básicas, como a substituição de número em fórmulas. Essa evolução foi comemorada pela comunidade Pisa, e o Brasil entrou para o Conselho Diretor da avaliação em outubro de 2013.
    crédito Kovalenko Inna/ Fotolia.com

    Porém, analistas da educação brasileira têm sido cautelosos para não exagerar nas comemorações. Embora o progresso tenha sido satisfatório, os resultados acadêmicos permanecem muito abaixo das médias internacionais, com 67% dos alunos brasileiros classificados como sendo de baixo desempenho, comparado com 42% na Turquia e 23% nos EUA. Apenas 1% dos alunos brasileiros foram classificados como os que têm melhores desempenhos, comparado com 55% dos alunos em Xangai e 11% dos alunos no meu país, a Grã-Bretanha. Em 2012, o Brasil ficou na 58ª colocação dentre os 65 países participantes. Como frequente visitante às salas de aula de matemática no Brasil, fico feliz com a evolução, mas não posso deixar de ignorar as barreiras ao sucesso nas futuras edições da avaliação.
    O problema é que o país ainda segue um modelo cada vez mais antiquado na educação matemática, no qual os alunos aprendem habilidades e ferramentas matemáticas e apenas ocasionalmente têm contato com problemas matemáticos no contexto do mundo real. Uma tendência recente na pedagogia matemática (a ciência da educação) é apresentar problemas complexos do mundo real, nos quais é exigido que o aluno o desembarace usando o raciocínio matemático. Para os inexperientes, isso pode soar como uma pequena distinção, mas na prática é uma abordagem muito diferente. O Pisa é baseado nessa pedagogia matemática, como também o é o novo currículo dos EUA, o Common Core. (Veja matéria do Porvir sobre o métodoMathalicious).
    Como exemplo, reproduzo abaixo uma questão típica da prova Brasil aplicada a alunos do 3º ano do ensino médio:
    Duas pessoas, partindo de um mesmo local, caminham em direções ortogonais. Uma pessoa caminhou 12 metros para o sul, a outra, 5 metros para o leste. Qual a distância que separa essas duas pessoas?
    (A) 7 m        (B) 13 m    (C) 17 m        (D) 60 m         (E) 119 m
    O problema pede que o aluno calcule o comprimento da hipotenusa de um triângulo retângulo, e o contexto do mundo real é apenas cosmético. Dadas as respostas de múltipla escolha e as dimensões reais, o aluno poderia resolver esse problema desenhando um diagrama em escala, usando centímetros ao invés de metros, e obteria a resposta de 13 m, ou ele poderia resolver o problema facilmente substituindo os número na fórmula do teorema de Pitágoras.
    Compare esse simples problemas a um exemplo de uma questão do PISA, normalmente aplicada a alunos de 1º ano de ensino médio:
    Uma porta giratória é composta por três “asas” que giram no interior de um espaço circular. O diâmetro interior desse espaço é de 2 metros (200 centímetros). As três asas giratórias da porta dividem o espaço em três seções idênticas. O esquema que se segue mostra as asas giratórias.
                      
    As duas aberturas da porta (arcos de circunferência, indicadas no diagrama) têm o mesmo tamanho. Se essas aberturas forem muito largas, as asas giratórias não conseguem manter o espaço hermeticamente fechado e, consequentemente, o ar poderá circular livremente entre a entrada e a saída, causando perda ou ganho de calor indesejados. Isso está ilustrado no esquema abaixo.
                         
    Qual é o comprimento máximo, em centímetros (cm), que o arco de circunferência de cada abertura da porta pode ter, para que o ar nunca possa circular livremente entre a entrada e a saída?
    As questões do Pisa geralmente pedem para que o aluno resolva um problema que, à primeira vista, não se encaixa diretamente em nenhuma das ferramentas que ele aprendeu a usar. A porta giratória é, por exemplo, um novo quebra-cabeça no qual alguns conceitos matemáticos são utilizados e incorporados. O ponto dele é que a porta tem uma forma matemática, mas também tem uma finalidade do mundo real: permitir que pessoas entrem no edifício sem criar circulação de vento. A diferença do problema da prova Brasil é gritante: nele, o exercício pede que o aluno aplique uma ferramenta matemática padrão a um problema da vida real meramente ilustrativo; enquanto isso, o problema do Pisa requer que os alunos entendam o contexto, e só então escolham as ferramentas, dentre uma série de ferramentas que eles conhecem, para resolver a questão.
    O Brasil tem o objetivo de atingir a média da OCDE no Pisa até 2021 – ao divulgar o ranking com as notas dos países, a OCDE divulga também a média dos participantes e essa que o Brasil quer atingir. Isso significa que para atingir a média de hoje, a pontuação do Brasil na matemática terá de aumentar em 26%. Para que os alunos brasileiros cheguem a esse resultado, eles terão não apenas que dominar as chamadas “habilidades processuais” (como obter o perímetro de uma circunferência a partir do seu raio), mas também as chamadas “habilidades de raciocínio de ordem elevada” (ou seja, no caso anterior, a dissecação lógica de como a porta funciona). Considerando que 67% dos alunos brasileiros são de baixo desempenho e atualmente não dominam nem sequer as habilidades processuais, há muito trabalho a ser feito!
    O Brasil enfrenta muitos desafios para melhorar os resultados no Pisa, sobretudo o enorme número de alunos da rede pública, e as dificuldades para a realização de formação continuada de 1,4 milhão de professores do ensino fundamental. Entre os participantes do Pisa, apenas a Indonésia e os EUA terão de melhorar seus desempenhos com populações semelhantes à do Brasil. Por essa razão, o ensino híbrido na matemática será tão importante para o Brasil nos próximos anos.
    Esse método envolve a integração da sala de aula tradicional com períodos de utilização de recursos digitais matemáticos adaptativos, como aMangahigh.com  (a empresa na qual trabalho) ou de alguns dos recursos presentes na Escola Digital. O que é fascinante sobre o ensino híbrido é que a tecnologia pode ajudar a espalhar as melhores práticas de um jeito fácil e barato por salas de aula de todo o Brasil. Além disso, recursos digitais são excelentes para assegurar um nível básico de fluência processual em um grande público, reduzindo o número de alunos com baixo desempenho. Quando o número de alunos considerados como de baixo desempenho for reduzido e os professores tiverem acesso imediato a conteúdos de alta qualidade, eles poderão se dedicar ao desenvolvimento das chamadas “habilidades de raciocínio de ordem elevada”.

    A competição internacional em educação matemática tornou-se a Corrida Espacial do capital humano, na qual as economias emergentes asiáticas, como China, Vietnã e Coréia do Sul, têm preparado sua força de trabalho para os desafios tecnológicos do século 21 e ainda ostentado uma ascendência intelectual. O prêmio pela vitória nessa corrida da educação será o controle dos modelos comerciais e indústrias que geram lucros espetaculares no comércio internacional. Para competir nessa corrida, o sistema educacional brasileiro precisará evoluir rapidamente e escolher soluções que possam ser implementadas rapidamente e para um grande número de alunos. As “habilidades de raciocínio de ordem elevada” deverão ser sobrepostas à fluência processual dos 31 milhões de alunos do ensino fundamental do Brasil. Esse é um desafio que mesmo aqueles países com os melhores desempenhos na avaliação Pisa poderão considerar difícil.
    Fonte: http://porvir.org/porpensar/matematica-e-nova-corrida-espacial/20140106

    quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

    MEC quer site adaptativo para Pisa e Prova Brasil

    O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou hoje que abrirá edital para a contratação de duas plataformas adaptativasGlossário compartilhado de termos de inovação em educação, uma para ajudar os alunos a se preparar para o Pisa (avaliação internacional que mede a habilidade de estudantes de 15 anos em matemática, leitura e ciências) e outra para a Prova Brasil (exame realizado com alunos de 5o e 9o anos do ensino fundamental e 3o ano de ensino médio de escolas públicas brasileiras). Esse tipo de ferramenta, que já vem sendo desenvolvida em larga escala nos EUA e só agora começa a ter exemplos por aqui, permite que os estudantes façam um diagnóstico muito preciso de seu grau de proficiência em cada uma das habilidades medidas pelos exames e recebam um relatório individual em que são sugeridas os pontos a serem trabalhados.
    “Pesquisas recentes mostram que 87% dos alunos acham mais interessantes aulas com projetores e recursos digitais do que as tradicionais com lousa. Os alunos atuais são habituados a esse mundo, a sala de aula precisa dialogar com eles”, afirmou o ministro, ao comentar sobre sua aposta na tecnologia. A notícia chega um mês depois da aplicação da Prova Brasil, cujos resultados ainda estão sendo processados, e uma semana depois da divulgação das notas do Pisa 2012. Na avaliação internacional feita com países da OCDE, o país apresentou melhora geral de desempenho, mas ainda segue nas últimas colocações do ranking, estando em 58o lugar em matemática, 55o em leitura e 59o em ciências entre os 65 países participantes.
    crédito vege / Fotolia.comMEC quer plataforma adaptativa para Pisa e Enem

    O anúncio de Mercadante aconteceu durante evento em que foram revelados dados da primeira experiência do gênero no país, o uso da Geekie Games no Enem. Lançada em agosto, a plataforma foi usada gratuitamente por mais de 17 mil escolas e 2 milhões de alunos, 78% deles de escolas públicas. Para participar, o professor podia inscrever sua turma ou os alunos podiam se inscrever individualmente. Um simulado inicial diagnosticava o desempenho dos usuários em cada competência do Enem. Na sequência, um plano de estudos individualizado era gerado, indicando videoaulas, exercícios e outras atividades a serem completadas na própria plataforma para melhorar os resultados. Na reta final da prova, outro simulado foi aplicado e o aluno pode avaliar seu desenvolvimento.
    No geral, os alunos com pior resultado na primeira prova melhoraram em até três vezes seu desempenho. A experiência foi acompanhada de perto pelo Ministério de Educação, que pretende inserir a plataforma Geekie na próxima leva de 600 mil tablets comprada pela governo. A intenção dos responsáveis pela plataforma é que, em 2014, ela fique o ano inteiro disponível para os alunos se prepararem para o Enem.
    Fonte: http://porvir.org/porcriar/mec-quer-site-adaptativo-para-pisa-prova-brasil/20131209

    Especialização UFJF - Vagas

    Cead anuncia vagas para os cursos de especialização

    O Centro de Educação a Distância (Cead) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) anuncia cerca de 2 mil vagas em cursos de especialização para 2014. Os cursos vão ser oferecidos pelas unidades acadêmicas da UFJF nos mais de 50 polos de apoio presencial instalados por todo o país. Os editais estão previstos para serem lançados em março, no site do Cead.

    As vagas são para as especializações em Esportes e Atividades Físicas Inclusivas para Pessoas com Deficiência, Gestão em Saúde, Gestão Pública Municipal, Mídias na Educação, Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação no Ensino Básico e, o novo curso, Ciências Biológicas.

    “Os cursos de especialização a distância, com o selo da UFJF, têm ido ao encontro da demanda necessária por formação. Por isso, um número alto de vagas a ser oferecido”, destacou a Coordenadora-Adjunta da Universidade Aberta do Brasil (UAB) e coordenadora acadêmica do Cead, Eliana Ferreira.

    Completando o quadro de cursos de pós-graduação a distância, será oferecido, pela primeira vez, o curso de especialização em Ciências Biológicas. Serão 150 vagas distribuídas nos polos de Barroso, Cataguases, Lagoa Santa, Lavras e Timóteo, todos em Minas. “A nova especialização em Ciências Biológicas vai ampliar os horizontes da UFJF, e vai permitir que professores que já trabalham na área tenham a oportunidade de se atualizarem”, comentou o coordenador do curso, Marcelo de Oliveira.

    O processo seletivo é determinado pela coordenação de cada curso, variando de acordo com cada especialização. O início das aulas está previsto para julho.

    Confira aqui a relação dos cursos e a distribuição das vagas pelos polos.

    Fonte: http://www.cead.ufjf.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2785:2014-02-17-20-18-19&catid=1:noticias&Itemid=50
     

    quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

    PEC da Inovação é mais simbólica do que prática

    Na última terça-feira, 11/2, ao receber representantes de universidades e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, o presidente da Câmara, Henrique Alves, anunciou a intenção de colocar em votação uma Proposta de Emenda Constitucional que introduz a inovação na Carta Magna. Trata-se, em resumo, de colocar a palavra ‘inovação’ na Constituição Federal.
    A PEC 290/13, apesar da promessa, não entrou na pauta da sessão da última quarta-feira, 12/2 – dominada pela leitura do relatório do Marco Civil da Internet e pela cassação do deputado Natan Donadon (ex-PMDB-RO).
    A bem intencionada proposta da deputada Margarida Salomão (PT-MG), ela mesma pesquisadora e professora, ganhou relatório do colega Izalci Lucas (PSDB-DF) em comissão especial, pronto para ser votado desde o fim do ano passado.
    Ainda assim, o projeto vale mais pelo gesto do que pelo efeito prático. Em grande medida, trata-se de incluir em diferentes artigos da Constituição, notadamente naqueles onde já há referências à ‘Ciência e Tecnologia’, o complemento ‘e Inovação’.
    Descreve o relator que a proposta busca “revitalizar o tratamento das atividades de ciência, tecnologia e inovação”, e que “acrescenta as expressões ‘ciência’, ‘tecnologia’, ‘pesquisa’ e ‘inovação’ a diversos dispositivos constitucionais” com o “objetivo primordial” de “ampliar a competência legislativa da União sobre o tema”.
    Para tal, leva ao texto constitucional previsões do calibre de que “o Estado deverá promover e incentivar a inovação por meio do estímulo à articulação entre entes públicos e privados”. Ou ainda que a União poderá “possibilitar a adoção de mecanismos especiais ou simplificados de contratação de bens e serviços, de controle e de tributação nas atividades de ciência, tecnologia e inovação”.
    A ausência de tais previsões na Constituição em nada impediu o governo federal de lançar, há um ano, um pacote de incentivos batizado de Plano Inova Empresa, cujo lema é ‘tornar as empresas brasileiras mais competitivas no mercado global por meio da inovação tecnológica’.

    Nesse sentido, o governo prometeu recursos da ordem de R$ 32,9 bilhões, dos quais R$ 20,9 bilhões por meio de crédito para empresas, com taxas de juros subsidiadas, além R$ 1,2 bilhão em subvenção econômica e R$ 4,2 bilhões para ‘projetos em parceria entre instituições de pesquisa e empresas’.
    Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=35990&sid=3#.UwJ1vPldVqA

    Seleção de alunos para graduações UFJF - EaD

    Publicado o edital de seleção de alunos para as graduações da UFJF na modalidade 
     a distância
    Qua, 26 de Fevereiro de 2014 14:17
    A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) publicou o edital de processo seletivo de alunos para sete graduações oferecidas pela instituição na modalidade a distância. São 1400 vagas para os cursos de Computação, Física, Matemática, Química, Administração Pública, Educação Física e Pedagogia, que terão início no segundo período de 2014. A distribuição de vagas por curso e polo de apoio presencial está disponível no Quadro I do Anexo I do Edital. O processo seletivo poderá ser realizado em duas fases. A primeira utilizará as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dos anos de 2012 e 2013. Caso as vagas não sejam totalmente preenchidas, a UFJF lançará processo seletivo complementar, com realização de prova nas cidades onde funcionam os polos de apoio presencial.

    “A opção por ter uma segunda etapa decorre do entendimento de que o processo seletivo utilizando apenas o Enem poderia deixar de fora pessoas com o perfil que gostaríamos de inserir no ensino superior. Ou seja, o que nos motivou a ter essa segunda etapa é a possibilidade de democratizar o acesso ao ensino superior de excelência, casos dos cursos da UFJF, a pessoas que não teriam condições para isso”, explica o diretor do Centro de Educação a Distância (Cead), Flávio Takakura.

    Das 1400 vagas, 241 são para demanda qualificada, destinada a professores em exercício, em área distinta de sua formação, que atuem nos ensinos fundamental ou médio nos sistemas públicos e que não tenham a habilitação legal exigida na área de sua atuação docente. Para concorrer às vagas da demanda qualificada, os candidatos deverão ter pré-inscrição na Plataforma Paulo Freire do Ministério da Educação, validadas por Secretaria de Estado da Educação ou Secretarias Municipais de Educação.

    As outras 1159 vagas são para demanda social. Dessas, 50% destinam-se à ampla concorrência. Para os outros 50% será respeitado o sistema de cotas estabelecido pela Resolução nº13/2012 do Conselho Superior da UFJF, conforme determinação da Lei Nº12.711, com as vagas destinadas a estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em instituições públicas.

    Metade das vagas para egressos de escolas públicas é voltada a candidatos com renda per captafamiliar inferior a 1,5 salário mínimo e a outra metade, para estudantes com renda per capta familiar superior a esse patamar. Em Minas Gerais, nas duas possibilidades, 53,3% dessas vagas são destinadas a candidatos negros, pardos e indígenas, e em São Paulo a reserva é de 37,7%. A distribuição das vagas de demanda social pode ser conferida no Quadro I-A do Anexo 1 do edital.

    A inscrição para o Processo Seletivo (Enem) poderá ser feita das 18h do dia 5 de março às 15h do dia 21 de março, no site www.cead.ufjf.br. Para concorrer, o candidato deverá apresentar os resultados obtidos no Enem em 2012 ou 2013. O resultado final dessa etapa será divulgado no dia 24 de março, no mesmo site.

    Apesar de ocorrerem na modalidade a distância, todas as graduações contam com encontros presenciais obrigatórios nos polos, sempre aos finais de semana, para a realização de provas e outras atividades acadêmicas. A aula inaugural dos cursos ocorrerá em 24 de maio e é uma atividade presencial obrigatória.

    Processo Seletivo Complementar

    Se as vagas para as graduações oferecidas pela UFJF na modalidade a distância não forem preenchidas pelo processo que utiliza as notas do Enem, a instituição realizará o Processo Seletivo Complementar, que também respeitará a distribuição de vagas prevista na demanda social. Com isso, candidatos que não participaram das últimas duas edições do Enem poderão concorrer, assim como aqueles que foram reprovados na primeira etapa da seleção.

    As inscrições para o Processo Seletivo Complementar poderão ser efetuadas das 9h do dia 25 de março às 15h do dia 17 de abril, também no site www.cead.ufjf.br. O candidato deverá gerar boleto bancário, no valor de R$ 50, imprimi-lo e efetuar o pagamento da taxa de inscrição dentro do prazo definido no Edital. O Comprovante Definitivo de Inscrição poderá ser impresso a partir das 9h de 25 de abril. A apresentação do comprovante é indispensável no dia da prova, assim como o documento de identidade informado no ato da inscrição.

    No Comprovante Definitivo de Inscrição, constará o local de realização da prova, marcada para ocorrer em 27 de abril, a partir de 13h. A avaliação será constituída de 40 questões, sendo 20 de Matemática, valendo 01 (um) ponto cada; 20 de Língua Portuguesa, também valendo 01 (um) ponto cada; e 01 (uma) Redação, valendo 20 (Vinte) pontos, perfazendo um total de 60 pontos. O gabarito das provas objetivas estará disponível a partir das 9h do dia 28 de abril. Já a nota da redação será divulgada em 8 de maio.

    Em 12 de maio, após a análise de possíveis recursos, será publicado o resultado final no sitewww.cead.ufjf.br. Confira, no link abaixo, o Edital 01/2014.

    Clique aqui – Edital 01/2014

    Fonte: http://www.cead.ufjf.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2825:2014-02-26-17-19-38&catid=1:noticias&Itemid=50

    Inscrições do processo seletivo de alunos para sete graduações têm início em 5 de março
    Ter, 25 de Fevereiro de 2014 16:05
    A UFJF, por meio de suas unidades acadêmicas e do Centro de Educação a Distância (Cead), definiu o calendário do processo seletivo de alunos para as sete graduações que serão oferecidas pela instituição, na modalidade a distância, a partir do segundo semestre de 2014. São 1400 vagas para os cursos de Computação, Física, Matemática, Química, Administração Pública, Educação Física e Pedagogia, que terão início no segundo período de 2014. Dessas, 241 são para a demanda qualificada e 1159 para demanda social, com 50% das vagas para o sistema de cotas, conforme resolução do Conselho Superior da UFJF, e os outros 50% destinados à ampla concorrência. A novidade é que o processo seletivo poderá ser realizado em duas etapas. A primeira utilizará as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dos anos de 2012 ou 2013. Caso as vagas não sejam totalmente preenchidas, a UFJF lançará o Processo Seletivo Complementar, com realização de prova nas cidades onde funcionam os polos de apoio presencial. O edital será publicado no dia 26 de fevereiro, no site do Cead: www.cead.ufjf.br.

    A inscrição para o Processo Seletivo (Enem) poderá ser realizada das 18h do dia 5 de março às 23h59min do dia 21 de março. O resultado do Processo Seletivo (Enem) será divulgado a partir das 12h de 24 de março. Das 18h do dia 25 de março às 23h59 de 17 de abril será o período de inscrição do Processo Seletivo Complementar. A impressão do comprovante definitivo de inscrição poderá ser feita a partir do dia 25 de abril, também no site do Cead. A apresentação do comprovante é indispensável no dia da prova, marcada para 27 de abril, no polo em que o candidato concorre. A avaliação será constituída de 40 questões, sendo 20 de Matemática, valendo 01 (um) ponto cada; 20 de Língua Portuguesa, também valendo 01 (um) ponto cada; e 01 (uma) Redação, valendo 20 (Vinte) pontos, perfazendo um total de 60 pontos.

    Fonte: http://www.cead.ufjf.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2821:2014-02-25-19-08-40&catid=1:noticias&Itemid=50

    terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

    Hackaton – o que é isso?

    A palavra hackathon, que entrou em moda nos últimos anos, tem alguns sinônimos como hackatona, hackathão, hack dayhackfest ou codefest. Todos esses termos têm em comum a ideia de uma maratona de programação em que vários hackers se reúnem para passar horas a fio desvendando dados, sistemas lógicos e desenvolvendo algo com isso. Esse algo geralmente são projetos de software, mas há coisas brilhantes ligadas a hardware saindo de hackathons. A duração pode variar de algumas horas a semanas, a depender do gosto dos proponentes e/ou patrocinadores.


    Falta de organização trava plano do Rio de ser cluster de nanotecnologia


    Apesar de a cidade do Rio de Janeiro abrigar inúmeros centros de pesquisas com projetos de ponta em nanotecnologia, a Cidade Maravilhosa ainda não pode ser considerada um cluster nessa área. Esta foi uma das questões expostas pela pesquisadora Patricia Lustosa, coordenadora do Laboratório de Fabricação e Caracterização de Nanodispositivos (LABDIS – PUC-Rio), no painel Cidades Inteligentes do Rio Info 2013. O LabDIS oferece suporte para a produção e fabricação de nanodispositivos à base de semicondutores inorgânicos. 

    “Na verdade, o Rio até é, de certa forma, um cluster de nanotecnologia, mas de forma desordenada. Temos diversas instituições, todas muito competentes, desenvolvendo pesquisas em nanotecnologia, mas não existe uma ação conjunta para que possamos desenvolver projetos direcionados a temas de interesse do Rio de Janeiro, do ponto de vista de metrópole”, comentou a professora de engenharia elétrica Patricia.

    De acordo com a pesquisadora, a dificuldade em tornar o Rio um cluster de nanotecnologia está relacionada a dois aspectos principais. “Para que, de fato, tenhamos um cluster ordenado é preciso ter projetos com objetivos específicos, além de pesquisadoras trabalhando em conjunto para um determinado fim”.

    A pesquisadora mencionou que, por uma característica do modelo de fomento de pesquisas no Brasil, muitos cientistas acabam desenvolvendo trabalhos com os quais tenham mais afinidades,  sem que eles tenham sido demandados ou estejam inseridos em um projeto mais globalizado. 

    “Na área acadêmica, é comum que as pessoas se sintam mais confortáveis trabalhando em pesquisas por elas sugeridas do que ter um projeto específico com vários parceiros e com compromissos de entrega, porque os outros colegas vão depender desse resultado para o passo seguinte”, exemplificou. A solução pode ser um modelo intermediário. Segundo Patricia, não precisa seguir os compromissos de uma organização empresarial, mas tem que ter foco. “O direcionamento de pesquisas é relativamente recente no Brasil”, destacou a coordenadora do LabDIS. 

    Érsio Della Libera, diretor de Soluções da Intel, que participou do mesmo painel, ressaltou que, para ordenar as pesquisas são necessários quatro fatores. “Quando falamos em Cluster na Intel, temos um quadrado que precisa ser preenchido. A primeira parte está relacionada ao ensino. O Rio de Janeiro precisa ter mais cursos focados em Bioengenharia e Nanotecnologia. É necessário aumentar o fomento de pesquisas para esta área de nanotecnologia, combinado com a demanda da indústria e os incentivos de Governo. Assim temos as quatro partes do quadrado”, concluiu.

    O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) prometeu investir cerca de R$ 440 milhões em 2013 e 2014 para fortalecer o setor de nanotecnologia do país. Em agosto, o MCTI lançou a Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia (IBN), programa de política pública composto por ações como a aproximação entre universidades e empresas, fomento de incentivos, entre outras.

    Uma das ações integrantes da IBN e já lançada é o Sistema de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNano), que reunirá espaços com prioridade às políticas públicas de apoio à infraestrutura e formação de recursos humanos para o setor. A nanotecnologia é o estudo de manipulação da matéria numa escala atômica e molecular.

    Com aplicações nas áreas de  medicina, eletrônica, ciência da computação, física, química, biologia e engenharia dos materiais, a área movimentou US$ 380 bilhões em 2010 e deve atingir os US$ 3,3 trilhões em 2018. Espera-se que o Brasil alcance 1% dessa estimativa, ou seja, cerca de US$ 35 bilhões de negócios com nanotecnologia em 2018.

    Fonte: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=34941&sid=126#.UwJszfldVqC

    segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

    A Internet de seres humanos? Será que estamos prestes a receber um Makeover Sci-Fi?

    A próxima década verá o surgimento de um novo mundo conectado radical e emocionante como a Internet das coisas se torna realidade.
    As previsões variam muito, mas há uma constante por toda parte - os números são grandes.Enorme, na verdade. Analista do Gartner coloca a Internet das Coisas em 26 bilhões de dispositivos conectados em 2020 (contra apenas 900 milhões em 2009). E que supera o número de outros dispositivos conectados - smartphones, tablets e PCs - que chegará a 7,3 bilhões em 2020.
    Esses dispositivos vão desde sensores em objetos do cotidiano, como geladeiras, sistemas de aquecimento, sinais de trânsito, veículos e iluminação pública aos cuidados de saúde remota e automação de processos industriais e de manufatura que aumentam a produtividade.
    Uma área que não recebeu muita cobertura, porém, é a forma como nós, como seres humanos se tornarão parte da Internet das Coisas. Já estamos vendo isso de uma maneira pequena, hoje, com as tecnologias vestíveis, como pulseiras e relógios de gravação e monitoramento de coisas como fitness, frequência cardíaca e outros usos relacionados com a saúde.
    Mas, além da atual onda de tecnologia wearable, é o próprio corpo humano a ponto de se tornar o próximo "dispositivo conectado"?
    Em muitos aspectos, é uma evolução natural da interface de computação - desde a mais tenra programação de cartões perfurados para o teclado, para telas sensíveis ao toque e agora controle por gestos. Estamos entrando em uma era híbrido, onde as fronteiras entre o homem ea máquina vai se tornar cada vez mais ténue. IBM prevê que quando você leva em conta o elemento humano, haverá um trilhão de sensores embutidos em seres humanos e máquinas em 2020.
    Já existem alguns exemplos de como isso pode se desenvolver. O Google anunciou recentemente que está testando uma lente de contato inteligente para as pessoas com diabetes que medem os níveis de glicose em lágrimas, em vez do exame de sangue de punção digital convencional.
    A tecnologia usa um minúsculo chip sem fio e sensor de glicose miniaturizados incorporado entre duas camadas de material macio de lentes de contato que podem gerar uma leitura a cada segundo e, potencialmente, avisar em tempo real, se eles vão acima ou abaixo dos níveis seguros. Mas ainda é cedo e até mesmo o Google admite que é muito longe de estar pronto para o mercado.
    Em outros lugares Ericsson desenvolveu uma tecnologia que permite que o corpo humano para transmitir dados, usando as propriedades elétricas naturais do corpo, enquanto aMicrosoft tem um pedido de patente para transferir dados de um dispositivo para outro através do toque . A aplicação sugere usos futuros, tais como a utilização de sua mão para autenticar pagamentos em vez de um cartão de crédito ou débito, ou compartilhar informações com alguém agitando as mãos.
    Traduzido by Google Translate
    Fonte: http://soshitech.com/2014/02/17/the-internet-of-humans-are-we-about-to-get-a-sci-fi-makeover/

    Sistema Artemis - 2014 Núcleo de Educação a Distância - UNIFEI

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