sábado, 14 de junho de 2014

Sala de aula traz maneiras de ensinar competências e habilidades

No dia a dia, dar aula a crianças e adolescentes exige que professores repensem práticas e seu papel; orientações ajudam a complementar aprendizagem em ambientes positivos

Exemplos reais em sala de aula nos EUA ajudam a pensar práticas pedagógicas

Por Marília Rocha

Algumas estratégias podem ajudar professores a estimular nos alunos características de curiosidade, persistência, inteligência social, entre outras. Pesquisas indicam que essas competências podem ser desenvolvidas de forma adicional ao conteúdo, e são cada vez mais necessárias para lidar com as exigências do século 21, para alunos de todas as faixas socioeconômicas. Alguns dos maiores pesquisadores sobre o tema estão contribuindo com lições para os professores no curso aberto e gratuito da plataforma Coursera.
Segundo Dave Levin, responsável pelo curso que reúne interessados de todo o mundo (EUA, China, Egito, Ucrânia e muitos outros são alguns dos países representados), há ao menos 24 características ou competências socioemocionais que cada pessoa pode ter em diferentes níveis, mas sete delas são consideradas essenciais para gerar um resultado de vida positivo e que podem ser trabalhadas no ambiente escolar: auto-controle, esperança, gratidão, perseverança, motivação, inteligência social e curiosidade.
“É possível criar instituições positivas que ajudem a identificar, usar e  desenvolver essas características nos jovens, seja em um jantar de família, em uma organização comunitária ou na sala de aula. Hoje, nosso trabalho não é mais pensar se essas habilidades interessam, mas sim: como posso ensina-las?”, diz Levin.
Com breves entrevistas junto a pesquisadores do assunto em escolas norte-americanas, Levin, que é também dirigente de escola nos EUA, busca experiências que possam ser compartilhadas. Martin Seligman, por exemplo, conta que passou anos ensinando otimismo e obtendo bons resultados com jovens.
“Não sabemos ainda se é possível incrementar a honestidade ou integridade de alguém, mas algumas habilidades podem ser estimuladas na escola, como o otimismo. E jovens mais otimistas se deixam abalar menos por erros, querem continuar tentando aprender e persistindo nas tarefas, ou seja, muitas vezes podem melhorar também a aprendizagem”, disse Seligman.
Para a pesquisadora Angela Duckworth, algumas dessas características podem, inclusive, ser inversamente proporcionais ao Q.I. e seu desenvolvimento incrementa as chances de bons resultados na vida. “Uma pessoa com alto Q.I. pode ter baixa persistência em tarefas e desistir quando comete o primeiro erro, mas se um jovem com baixo Q.I. continuar praticando, de forma consistente e interessada, pode ter resultados positivos”, analisou.
Segundo o diretor escolar Dominic Randolph, esse papel é importante para todas as escolas. “Mesmo as que são tidas como melhores, com ótima infraestrutura, ainda não oferecem um elo para conectar as diferentes partes da vida dos alunos, um senso de integridade que realmente os prepare para sobreviver no mundo volátil em que vivemos”, afirmou. Segundo ele, nas escolas tidas como mais preparadas também podem surgir alunos que sempre vão bem nas provas, têm pouca dificuldade para tirar boas notas e podem achar que a vida é algo fácil de lidar, mas quando entram no mundo adulto, desistem diante do primeiro erro que cometem.
“Podemos criar sistemas na escola que trabalhem outras características de forma paralela ao conteúdo acadêmico, criando um trabalho de efetivo crescimento dos jovens”, disse.
Pesquisador do tema, Walter Mischel também falou aos alunos do curso sobre algumas formas de desenvolver competências socioemocionais. Segundo ele, a maioria das crianças nasce com curiosidade e motivação, mas certas circunstâncias podem reduzir esse papel: se crescem no que ele chamou de “atmosfera de stress tóxico” (condições precárias de moradia, frágeis relações familiares, etc.) ou então em ambientes em que tudo é resolvido por eles e não há razão para aprenderem a se planejar ou controlar suas emoções.
De acordo com Mischel, a idade ideal para estimular o auto-controle (incluindo estabelecimento de metas e perseverança para cumpri-las), é até cinco ou seis anos. “E é importante que não pare por aí”, avaliou. “Há formas simples de se ter ótimos resultados, como quando ajudamos a criança a ter um plano de implementação, ou seja, estabelecer uma meta ou objetivo e determinar quais atitudes ela precisa ter e formas de se motivar e controlar para, a longo prazo, ter sucesso.”


Fonte: http://educacaosec21.org.br/praticas-classe/?utm_source=boletim6&utm_medium=email&utm_campaign=novas_propostas


sexta-feira, 13 de junho de 2014

Games ensinam lições de cidadania para crianças

Clubinho Salva Vidas reúne jogos educativos sobre segurança no trânsito e preservação do meio ambiente
Pequenas lições como atravessar a rua na faixa de pedestre, não jogar lixo no chão e estar ao lado de um adulto para brincar na piscina podem ajudar a transformar crianças em cidadãos mais conscientes e responsáveis. E que tal se isso fosse ensinado de uma maneira divertida? Com essa proposta, o portal Clubinho Salva Vidas reúne games que ensinam sobre cuidados cotidianos como segurança no trânsito, preservação do meio ambiente e prevenção contra incêndios.
Voltado para crianças a partir de 5 anos, o clubinho foi lançado há 6 meses como uma forma de utilizar a tecnologia e as propriedades dos games para promover a educação para cidadania. O portal reúne sete jogos que estão espalhados por uma cidade virtual. Para ter acesso a cada um deles, o jogador deve percorrer diferentes espaços como o corpo de bombeiros, o posto policial e a defesa civil. O deslocamento pela cidade deve ser feito seguindo sempre as normas de trânsito e atravessando as ruas na faixa de pedestre. Para conquistar o direito de dirigir algum tipo de veículo, as crianças devem passar por testes em um autoescola que ensina cuidados no trânsito e direção prudente.
Africa Studio / Fotolia.comGames ensinam lições de cidadania para a vida

“Mais do que serem apenas joguinhos, existem muitos conceitos por trás de cada game”, defendeu Eliandro Maurat, idealizador do Clubinho Salva Vidas. Segundo ele, a ideia surgiu na época em que fazia trabalhos voluntários para alertar as pessoas sobre segurança no trânsito. Empresário no ramo de tecnologia da informação, desde 2011 ele dividia seu tempo visitando empresas e instituições de Teresópolis (RJ) para ministrar palestras relacionadas ao tema. Desanimado com a dificuldades de promover mudanças de atitude nos adultos, a sugestão de apostar na conscientização de crianças veio do próprio filho, que na época tinha 7 anos. “Ele me disse que seria mais fácil mudar o comportamento das crianças”, contou.
A partir daí, com a ajuda do filho, ele começou a desenvolver games para ajudar a conscientizar as crianças sobre pequenas lições de cidadania. “Os jogos são um tendência global. Nós não temos como fugir disso”, comentou Maurat. De acordo com ele, dessa forma é possível proporcionar um aprendizado divertido.
O empreendedor considera fundamental investir na educação para a cidadania de crianças. “É importante conscientizar elas desde cedo para perceberem que pequenas atitudes podem fazer a diferença. Quando você tem uma boa base, tudo vai ser bom. As nossas crianças são o futuro”, destacou Eliandro Maurat.
ReproduçãoClubinho Salva Vidas
 Navegando pela cidade virtual
Para ter acesso aos games, o usuário precisa realizar um cadastro com a supervisão de um adulto responsável. Ele pode optar pelo modo gratuito, que inclui todos os jogos com um número limitado de fases, ou então fazer uma assinatura mensal que custa a partir de R$9,90, podendo customizar o próprio avatar e ter acesso a todas as telas. Segundo o idealizador, Maurat, esse formato foi escolhido para que as crianças que não pudessem pagar também tivessem o acesso.
Dentro da cidade virtual, as crianças também podem interagir entre si. No entanto, todas as conversas acontecem com base em frases prontas. Entre algumas das opções, elas podem saudar outros jogadores, alertar sobre a preservação do meio ambiente ou convidar para participar de algum jogo. Para Maurat, esse formato foi pensando para que os pais pudessem ficar tranquilos enquanto seus filhos jogam, evitando que pessoas mal intencionadas utilizassem a plataforma para ter algum tipo de contato com as crianças.
DivulgaçãoClubinho Salva Vidas nas escolas
 Do virtual para as escolas
Ultrapassando os limites do virtual, Maurat também leva o Clubinho Salva Vidas para dentro das escolas, promovendo palestras sobre os temas abordados nos jogos. Durante as visitas, eles levam vídeos, músicas e desenvolvem dinâmicas com os estudantes. Todas as atividades são acompanhadas pelo boneco Edu, chamado por eles de agente do bem. “A gente criou esse personagem para ajudar a chamar a atenção das crianças”, explicou.
A dinâmica das visitas acontece dividida em dois momentos diferentes. No primeiro, é realizado um trabalho direto com as crianças. No segundo, os pais são convidados para participar e ouvir um pouco mais sobre o tema. “Quando você tem crianças, pais e educadores reunidos, você consegue alcançar resultados diferentes”, ressaltou.
Fonte: http://porvir.org/porcriar/games-ensinam-licoes-de-cidadania-para-criancas-2/20140611

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Futebol! E Ensino, é claro.

Como o futebol pode ensinar cultura e história

Em ritmo de Copa do Mundo, Porvir indica exposições e arquivos virtuais que retratam a cultura do esporte através do tempo
A partir desta quinta-feira (12), corações e mentes do mundo inteiro estarão focados nos gramados brasileiros. Embora a Copa do Mundo também seja um período de férias escolares, é possível aproveitar a mobilização em torno do maior evento mundial sobre futebol para aprender sobre as relações do esporte com a história e cultura dos povos. O Porvir indica algumas mostras virtuais afinadas com tema. Veja:
Pela história do futebol é possível também aprender a história das culturas de muitos países. Atentos à oportuna aprendizagem, a equipe do Núcleo de Ação Educativa do Arquivo Público do Estado de São Paulo lançou exposição com rica documentação e pesquisa iconográfica, expostas em oito salas virtuais. Uma delas dedica-se totalmente à Copa de 1950, realizada no Brasil. O material ainda inclui propostas de atividades pedagógicas para trabalhar a temática em sala de aula.
khunaspix / Fotolia.comCopa do Mundo Mostras Virtuais
2 – Drama e euforia
A exposição do Arquivo Nacional do Brasil apresenta ampla galeria virtual com foco na participação do Brasil nos mundiais de 1950 a 1970. Entre os documentos estão imagens de jogadores em campo, em treino, lazer, de apoio e comemoração das torcidas, além de uma homenagem a Pelé e Mané Garrincha. A mostra aborda a inserção do futebol na imprensa e na “crônica” brasileira.
O museu localizado em São Paulo disponibilizou parte de seu acervo digital para Google Cultural Institute. Na coleção, há três miniexposições. Vale muito visitar uma dedicada a Mário Américo,  o massagista da Seleção por 38 anos. Mário passou pelas Copas de 1950 a 1970, serviu ao Vasco e ao Fluminense, era amigo pessoal de Garrincha e conviveu com a nata do futebol brasileiro. A exposição foi realizada com apoio do Centro de Referência do Futebol Brasileiro e a colaboração do filho de Mario Américo, que contribuiu com fotografias pessoais.
Na mesma plataforma usada para mostrar o Museu do Futebol, o Google Cultural Institute, o acervo da revista norte-americana Time traz mais de 10.000 imagens interessantes sobre futebol, registradas por fotógrafos bem sucedidos em coberturas esportivas.
Recursos do site do Museu Nacional do Futebol da Grã-Bretanha também estão disponíveis no mesmo ambiente. Por exemplo, a exposição virtual A History of the World Cup in 24 objects (A história da Copa do Mundo em 24 objetos, em livre tradução), que divide-se em duas partes (1872-1970) e (1970-2014) e foi criada pelos especialistas David GoldBLatt e Jean Williams, do Centro Internacional para a história do Esporte e da Cultura da Universidade de Montfort, em Leicester, utiliza objetos do museu para contar a evolução do mundial e como ele se tornou um megaevento.
Entre vídeos da coleção do museu britânico está o The Homes of Football(As Casas do Futebol), de Stuart Roy Clarke. Nele, o fotógrafo traça as transformações acompanhadas pelo público esportivo na Grã-bretanha, ao longo do século 20.
Um extenso arquivo digital também reúne o material do documentário da BBC Kicking and Screaming (Chutando e Gritando), de 1994, sobre a história do jogo na Inglaterra.
Diversas exposições em homenagem à Copa do Mundo acontecem em museus pelo mundo afora. Embora sejam presenciais, vale checar algumas apresentações das mostras nos sites. Em cartaz no período da Copa no Lacma (Los Angeles County Museum of Art), a mostra Fútbol The Beautiful Game apresenta boas discussões estéticas, como a que aparece na entrevista de Franklin Sirmans, no blog do Lacma.
Embora contenha pouco conteúdo,  o site “Football in Russia” traz informações curiosas sobre a cultura do esporte no país, como por exemplo a ligação do esporte com os jogos de azar.
Fonte: http://porvir.org/porcriar/como-futebol-pode-ensinar-cultura-historia/20140611

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Pesquisa inédita revela o perfil do Ensino à Distância no país

Dos brasileiros com mais de 16 anos, 79% creem no EaD, mas só 6% já apostaram nele


RIO - Uma pesquisa inédita encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Ibope mostra a realidade do Ensino à Distância (EaD) no Brasil.

 Hoje, 79% dos brasileiros com mais de 16 anos acreditam que este formato é uma solução para levar educação a mais pessoas. No entanto, apenas 6% dos entrevistados disseram já ter feito um curso nessa modalidade. Os dados dão uma noção diferente do aumento de matrículas em graduações à distância: de 5 mil em 2001, o número saltou para mais de 1 milhão em 2011, baseados no Censo da Educação Superior, do Ministério da Educação.

O levantamento traz dados emblemáticos, como o que revela que pessoas com ensino superior completo são as que mais fizeram cursos a distância (17%), contra 6% entre as com nível médio e 2% com o fundamental. A percepção da eficácia do EaD cresce de acordo com o grau de escolaridade. No grupo dos entrevistados que têm até a 4ª série, 30% consideram que a modalidade funciona na prática. Já entre os formados no ensino superior, 52% dizem o mesmo.

A especialista em educação Paula Martini, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), diz que a pesquisa aponta caminhos para que os 6% que já fizeram cursos à distância se aproximem mais dos 79% que acreditam na metodologia.
— A oportunidade de frequentar cursos EaD é a solução para que as pessoas percam o medo e o receio sobre a eficácia de cursos não presenciais. Temos que abrir oportunidades para consertar esse gargalo — acredita.

O Senai oferece 181 cursos à distância: seis técnicos, 28 de qualificação, 12 de iniciação profissional e 135 de aperfeiçoamentos e pós-graduação.

Ana Paula Miranda alcançou bons resultados profissionais graças a um curso de EaD. Ela foi promovida depois de fazer um curso técnico em secretaria escolar pelo Senac. Na época, ela era auxiliar de secretária escolar no Colégio e Curso pH e trabalhava das 9h às 19h. Escolheu a modalidade pela falta de tempo para cursos presenciais.

— O horário não me permitia estudar em faculdades próximas, mas eu tinha preconceito com ensino à distância — conta. — Tive medo de não ter qualidade, pela falta de contato pessoal e de eu não conseguir tirar dúvidas. Hoje, faria tranquilamente outro curso — diz.

Diretor de ensino do Sistema pH, Rui Alves acredita que a EaD é uma saída para o Brasil melhorar a educação.

— Com as dimensões geográficas do país, é uma ferramenta importante — acredita. — Se o profissional mostra qualidade, independente de ser à distância, ele vai subir na carreira — diz Alves.


Read more: http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/pesquisa-inedita-revela-perfil-do-ensino-distancia-no-pais-12768198#ixzz34NyeFkhD
Fonte: : http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/pesquisa-inedita-revela-perfil-do-ensino-distancia-no-pais-12768198#ixzz34NyVnuiS


terça-feira, 10 de junho de 2014

Programa leva fabricação digital a escolas do Brasil

Fab Educação vai dar suporte e promover formação de docentes para disseminar a cultura maker em instituições de ensino
Um espaço aberto, equipado com máquinas de fabricação digital, onde se aprende fazendo, experimentando e criando. Essa é a descrição de um Fab Lab, mas se depender do programa Fab Educação agora poderá ser também de escolas brasileiras. A iniciativa do We Fab em parceria comGaragem Fab Lab, lançada este mês, pretende levar o conceito dos laboratórios de fabricação e criar uma cultura maker para instituições de ensino.
“As escolas estão querendo que seus alunos trabalhem cada vez mais com a mão na massa. O programa é uma forma de fazer isso acontecer, de levar o fazer para dentro das instituições, de sair da teoria e ir para a prática”, diz Heloisa Neves, arquiteta e diretora do Fab Lab Brasil.
crédito James Thew / Fotolia.comPrograma leva fabricação digital a escolas do Brasil

Os Fab Labs são uma rede global de laboratórios que reúne pessoas para compartilhar e aprimorar ideias, onde a inovação é estimulada e o acesso a equipamentos de fabricação digital, como impressoras 3D e cortadores a laser, é livre. O programa voltado para a educação pretende criar dentro das escolas uma cultura maker, de fazedores. “O foco é mudar a cultura não apenas propondo atividades, mas fazendo com que os professores e a parte administrativa da escola entendam e se apropriem dos conceitos para que os repliquem”, afirma Neves.
Para isso acontecer uma das etapas mas importantes do programa é a capacitação da equipe de educadores que conduzirá as atividades. Essa formação pode contar com visitas guiadas a Fab Labs, cursos para os mentores (como são chamados os professores) sobre a metodologia educacional e cursos técnicos voltados para gestão. 
Para Heloisa Neves, o mais importante é fazer os educadores experimentarem e entrarem no papel dos estudantes. “Pensamos o curso de capacitação como algo divertido, assim como é para quem participa dos labs. E quem coloca a mão na massa, com certeza gosta, independentemente da idade, da matéria que leciona e de seu país de origem”.
É desse modo que a diretora espera que toda equipe de educadores das instituições que passarem pela capacitação consigam criar atividades adaptadas ao contexto de sua escola, e com isso fazer que aulas que usufruam dos benefícios do lab sejam incorporadas aos currículos escolares.
O Fab Educação também está aberto para realizar projetos educacionais em museus, centros culturais e bibliotecas.
Fonte: http://porvir.org/porfazer/programa-leva-fabricacao-digital-escolas-brasil/20140521

segunda-feira, 9 de junho de 2014

LEGO busca projetos de aprendizado por brincadeira

Fundação LEGO e a Ashoka selecionarão iniciativas inovadoras de educação; os escolhidos podem receber até $ 200 mil
O brincar pode ser uma forma divertida de aprender. Pensando nisso, aFundação LEGO e o Changemakers da Ashoka estão em busca de projetos inovadores em educação que estimulem formas criativas e lúdicas de aprendizado. Até 25 de junho, estão abertas as inscrições para o desafio global Reinventando a Aprendizagem. O objetivo é mapear projetos inovadores e formar uma rede de discussão sobre o tema.
O desafio está aberto para qualquer indivíduo ou organização que tenha uma ideia inspiradora para reinventar o aprendizado de forma lúdica. A proposta pode acontecer em diferentes espaços, seja a sala de aula, em casa ou em outros territórios, e os projetos serão avaliados com base em critérios de inovação, impacto social e sustentabilidade.
oliavlasenko / Fotolia.com

Ao se inscrever para o desafio, todos os participantes passarão a integrar uma rede global, composta por educadores, empreendedores, estudantes, pais e demais profissionais interessados na área. Eles receberão suporte para articular suas ideias, incluindo feedbacks de avalição, convites para eventos com equipes da Ashoka, acesso a pesquisas originais da Fundação LEGO– ainda não divulgadas – e ao mapa de inovações da Ashoka – com os dados coletados durante o desafio.
Para os semifinalistas, o desafio irá fornecer um feedback mais completo feito por colaboradores da Ashoka, além da oportunidade de participar de um intercambio de revisão dos seus projetos de forma estruturada em pares. Já para os finalistas, que serão entre 25 e 30, os benefícios serão o acesso ao contato de investidores interessados em contribuir com o trabalho, participar de entrevistas com um ou dois juízes do desafio e receber um feedback personalizado.
No total serão escolhidos 10 campeões. Eles receberão prêmios em dinheiro de até US$ 200 mil, participarão de encontros com representantes da Fundação LEGO e terão acesso a eventos regionais com especialistas em aprendizagem. Além disso, poderão apresentar suas ideias na LEGO Foundation IDEA Conference 2015, realizada em Billund , na Dinamarca. Todas as despesas serão pagas pela Fundação LEGO, incluindo viagem e alojamento.
Para se inscrever é necessário acessar o sitehttp://www.changemakers.com/pt-br/aprenderbrincando. Os projetos podem ser apresentados em inglês, espanhol, português ou francês. Os campeões serão divulgados no dia 5 de novembro.

domingo, 8 de junho de 2014

Google lança iniciativa global após projeto brasileiro

Sala de aula inaugurada em colégio de SP, chamada de Learning Space, traz formato e produtos da empresa para o aprendizado
O Google é uma empresa conhecida, além de seus serviços de busca e aplicativos, por possuir um ambiente de trabalho despojado, com móveis coloridos e recursos tecnológicos, que estimulam a criatividade, a produtividade e a colaboração de seus funcionários – não é à toa que ocupa o primeiro lugar da Fortune no ranking de melhores empresas para se trabalhar. E, se funciona tão bem no universo corporativo, por que não reproduzi-lo em um ambiente escolar? Pois é. Inspirado num projeto-piloto brasileiro, a empresa lança hoje, durante a Educar Educador/Bett, uma iniciativa que vai servir de modelo para o mundo, o Google Learning Space.
A ideia de recriar esse espaço à la Google numa sala de aula, com mobiliário típico e aplicativos sendo usados em prol da educação, veio de uma parceria com a startup ForEducation, fundada pelo paulistano Eduardo Gomide, especializada em formação de professores. Nesse acordo, os brasileiros se encarregaram de formar os educadores para usar as ferramentas e os apps do Google for Education e o Google entrou com a expertise e com alguns materiais que ajudaram a vestir a sala.
crédito divulgaçãoGoogle lança iniciativa global após projeto brasileiro


“Eles [ForEducation] fizeram todo o trabalho anterior, capacitaram os professores, fizeram uma mudança cultural, os alunos entenderam a proposta e viram valor. E começaram a querer mais, um espaço de experimentação diferente, de conhecimento mais horizontal, para viabilizar essa mudança cultural e ampliar o uso das tecnologias”, conta Milton Burgese, diretor de Educação do Google no Brasil.
O primeiro colégio a receber o modelo foi o Mater Dei, localizado na capital paulista. O resultado agradou tanto que vai servir de modelo para um programa global do Google. “O Brasil é um celeiro de criatividade, de novas empresas e pessoas buscando novas formas de resolver problemas. Para o Google hoje, o Brasil é muito mais do que um laboratório de ideias, é um lugar de referência de tecnologia na área de educação. Temos que aprender com o que está acontecendo aqui e levar para fora”, completa Burgese.
E, por aqui, a intenção é levar a experiência em escolas que se interessem por essa abordagem. Mas muita calma nessa hora. Burguese diz que todo esse cuidado de preparação da cultura da escola para receber um Learning Space será imprescindível para a replicação do modelo. Depois de uma palestra que deu para apresentar o espaço, durante a Educar Educador/Bett, o diretor de Educação do Google foi cercado por representantes de escolas que queriam ter o espaço em suas instituições. “Isso não é uma franquia, não estamos abrindo um McDonald’s. Tem muita coisa que precisa ser feita antes para ter um espaço como esse. Não adianta ter uma sala super bacana se ninguém souber usufruir dela”, explica.
Jeito Google de aprenderPor enquanto, o espaço da Mater Dei é compartilhado por todas as turmas do colégio, do jardim de infância ao ensino médio, e é usado por professores de todas as disciplinas, que precisam agendar o espaço. Mas, diferentemente de uma sala de aula comum, o Learning Space não tem carteiras tradicionais. Tem puffs, almofadas e o chão é forrado por carpete, o que estimula os alunos a se sentarem no chão. Sai a lousa tradicional e entram aparelhos multimídia. Televisões, Apple TV, projetores, os recursos tecnológicos são vastos.
Com tudo isso à disposição, os professores conseguem explorar mais as tecnologias e realizar atividades com o Google Drive, por exemplo, que permite a troca de informações simultâneas, usar as smart TV para acessar diversos aplicativos a partir de tablets ou smartphones, e tudo isso em um ambiente que deixa o aluno mais confortável para aprender.
Segundo Gomide, a procura pelo espaço por outras instituições está cada vez maior, o que reforça a necessidade de uma reformulação do modelo de ensino tradicional. “O ambiente físico é muito fácil de fazer. O difícil foi fazer a mudança cultural, fazer alguns professores mudarem de atitude e começarem a fazer uso das tecnologias”, afirma. “Com o tempo, vamos precisar de mais salas como esta e, mais para frente, as próprias salas de aula da escola vão ser redefinidas e se aproximar do modelo desse espaço”, completa.

Burgese ressalta que a intenção não é que a sala se torne um novo modelo de um laboratório de informática tradicional, no qual os alunos precisam se deslocar para fazer o uso dos recursos, mas sim, incentivar que esse seja um espaço de troca de experiências. Para Gomide, o mais importante é estimular os conceitos por trás da marca Google. “Costumamos falar que queremos trazer momentos Google para dentro da escola. Qualquer disciplina que estiver sendo lecionada para qualquer séri pode agregar conceitos de colaboração, comunicação e autoria de conteúdo por parte do aluno, o que enriquece muito as atividades. As ferramentas do Google potencializam isso.”
Fonte: http://porvir.org/porfazer/google-lanca-iniciativa-global-apos-projeto-brasileiro/20140522

Pesquisa inédita revela o perfil do Ensino à Distância no país

Dos brasileiros com mais de 16 anos, 79% creem no EaD, mas só 6% já apostaram nele

RIO - Uma pesquisa inédita encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Ibope mostra a realidade do Ensino à Distância (EaD) no Brasil. Hoje, 79% dos brasileiros com mais de 16 anos acreditam que este formato é uma solução para levar educação a mais pessoas. No entanto, apenas 6% dos entrevistados disseram já ter feito um curso nessa modalidade. Os dados dão uma noção diferente do aumento de matrículas em graduações à distância: de 5 mil em 2001, o número saltou para mais de 1 milhão em 2011, baseados no Censo da Educação Superior, do Ministério da Educação.
O levantamento traz dados emblemáticos, como o que revela que pessoas com ensino superior completo são as que mais fizeram cursos a distância (17%), contra 6% entre as com nível médio e 2% com o fundamental. A percepção da eficácia do EaD cresce de acordo com o grau de escolaridade. No grupo dos entrevistados que têm até a 4ª série, 30% consideram que a modalidade funciona na prática. Já entre os formados no ensino superior, 52% dizem o mesmo.
A especialista em educação Paula Martini, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), diz que a pesquisa aponta caminhos para que os 6% que já fizeram cursos à distância se aproximem mais dos 79% que acreditam na metodologia.
— A oportunidade de frequentar cursos EaD é a solução para que as pessoas percam o medo e o receio sobre a eficácia de cursos não presenciais. Temos que abrir oportunidades para consertar esse gargalo — acredita.
O Senai oferece 181 cursos à distância: seis técnicos, 28 de qualificação, 12 de iniciação profissional e 135 de aperfeiçoamentos e pós-graduação.
Ana Paula Miranda alcançou bons resultados profissionais graças a um curso de EaD. Ela foi promovida depois de fazer um curso técnico em secretaria escolar pelo Senac. Na época, ela era auxiliar de secretária escolar no Colégio e Curso pH e trabalhava das 9h às 19h. Escolheu a modalidade pela falta de tempo para cursos presenciais.
— O horário não me permitia estudar em faculdades próximas, mas eu tinha preconceito com ensino à distância — conta. — Tive medo de não ter qualidade, pela falta de contato pessoal e de eu não conseguir tirar dúvidas. Hoje, faria tranquilamente outro curso — diz.
Diretor de ensino do Sistema pH, Rui Alves acredita que a EaD é uma saída para o Brasil melhorar a educação.
— Com as dimensões geográficas do país, é uma ferramenta importante — acredita. — Se o profissional mostra qualidade, independente de ser à distância, ele vai subir na carreira — diz Alves.


Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/pesquisa-inedita-revela-perfil-do-ensino-distancia-no-pais-12768198#ixzz34NyeFkhD