sábado, 21 de março de 2015

Distribuição de equipamentos para estudo e pesquisa em microgravidade!

Portal do Professor

ZGIP irá distribuir, gratuitamente, para escolas, universidades, centros de pesquisas e institutos qualificados, equipamentos para estudo e pesquisa em microgravidade, com o objetivo de promover a educação espacial e pesquisas em microgravidade, especialmente aquelas relacionadas ao desenvolvimento de capacidades em países em desenvolvimento. 

Com duração de 2 anos, o projeto ZGIP terá início em 1º de setembro de 2015. 

No Período, os participantes selecionados realizarão experimentos em microgravidade com o instrumento denominado "Clinostat", a ser fornecido pelo projeto. 

Candidatos deverão encaminhar os formulários de inscrição e seus anexos ao UNOOSA, em Viena, até 30 de abril de 2015. 

Informações detalhadas sobre o programa podem ser encontradas no endereço eletrônico http://www.unoosa.org/oosa/en/SAP/hsti/zgip.html.

Gentilmente enviado por Portal do Professor [portaldoprofessor@mec.gov.br] 

sexta-feira, 20 de março de 2015

Bibliotecas Digitais

Existem várias instituições que estão digitalizando seus acervos e disponibilizando-os livremente na internet. Surgem, assim, as chamadas "Bibliotecas Digitais", que servem como fonte de pesquisa confiável e ajudam bastante...

Gentilmente enviado por 

    quinta-feira, 19 de março de 2015

    Senac oferece curso técnico em EAD para brasileiros no Japão


    As aulas de Técnico em Administração terão o mesmo currículo e metodologia das oferecidas no Brasil


    Referência em capacitação profissional voltada para o mercado de trabalho, o Senac inova mais uma vez na oferta de cursos técnicos. A instituição está com inscrições abertas para o Técnico em Administração EAD (educação a distância), que será oferecido no Japão. O curso tem como objetivo capacitar brasileiros que residem no país, com previsão de matricular mais de 100 estudantes por semestre.

    Fruto de uma parceria assinada em 2013 com a rede de escolas Alegria de Saber, as inscrições já podem ser feitas no site. Após o cadastro, o estudante deverá ir até a escola localizada na cidade de Hamamatsu para finalizar a matrícula. As aulas iniciam no nesse primeiro semestre.

    Para o diretor regional do Senac-RS, José Paulo da Rosa a parceria busca melhorar as condições de vida dos brasileiros que vivem no país. “Os brasileiros que estão no Japão não possuem formação técnica. A oportunidade que o Senac esta oferecendo permitirá que eles obtenham essa qualificação e possam ter mais sucesso, permanecendo no Japão ou retornando ao Brasil”.

    Os cursos técnicos executados terão o mesmo currículo e metodologia dos oferecidos no Brasil. A única diferença serão os encontros presenciais concentrados ao final de cada semestre. Durante a qualificação, os alunos terão três momentos com os professores brasileiros que irão até o país asiático para ministrar as aulas, além de encontros realizado por web conferência.

    Fonte: http://www.administradores.com.br/noticias/carreira/senac-oferece-curso-tecnico-em-ead-para-brasileiros-no-japao/97070/

    quarta-feira, 18 de março de 2015

    Professora é homenageada

    Lisete coordenava o Projeto Educa/EaD pela Secretaria de Educação


    O final de 2014 proporcionou para a professora de Guarujá, Lisete Salgado Marques Costa, que atuava na rede municipal de ensino da Cidade, merecidas homenagens com publicações em revistas educacionais, reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC). Ela, que faleceu no ano passado, deixou um grande legado para o município de Guarujá.
    Lisete coordenava o Projeto Educa/EaD pela Secretaria de Educação e escreveu artigos baseados, a partir das experiências de formações realizadas no setor, projetando assim a qualidade de ensino de Guarujá para todo o Brasil, por meio de revistas educacionais.
    Dos textos produzidos, o mais recente intitulado: “Mitos sobre a abordagem de Reggio Emilia” foi aprovado e publicado na Revista Direcional Educador. Este trabalho foi realizado por meio da formação continuada 'Auxiliares de Desenvolvimento Infantil', que logo após o artigo foi implantado pela Seduc, por meio da Diretoria de Programas Estratégicos Educacionais e com apoio da Diretoria de Educação Infantil, a fim de buscar a qualidade permanente dos Núcleos de Educação Infantil Municipal – NEIMS - (creches municipais) e valorizar a cultura da infância.
    hjgf

    Recursos pedagógicos foram implantados nos núcleos de educação infantil da Prefeitura de Guarujá, tais como: a mesa luminosa e a caixa de areia. Este último artigo ainda ressalta as primeiras impressões que os educadores geralmente têm sobre a abordagem Reggiana.
    A secretária de Educação do Município, Priscilla Bonini Ribeiro, engrandece a contribuição da professora Lisete Salgado para com a educação de Guarujá. “Lisete foi uma profissional que contribuiu como professora, gestora e formadora, mas principalmente por sua atenção como coordenadora da plataforma Ead na Rede de Ensino de Guarujá”, explicou.
    “Como ser humano emanava energia, simpatia, alegria e paixão por tudo que realizava. Colocou à disposição da Educação seu conhecimento e experiência profissional, atuando sempre com muita dedicação”, completou Priscilla.
    Trajetória na Seduc – A professora Lisete Salgado Marques Costa, falecida em 22/09/14, era graduada em Pedagogia e pós-graduada em Mídias na Educação pela Universidade de São Paulo. Desde 2002 era professora do Ensino Fundamental I na rede municipal de Guarujá. Em 2009 implantou o projeto Educa/EaD, projeto inovador no município, do qual era coordenadora.
    De junho de 2009 a, Março de 2010, o projeto funcionou na Casa do Educador. A partir de abril de 2010, o projeto passou a funcionar no Centro de Capacitação de Professores – CECAP (Rua Ceará, s/n – Jardim Santense), uma vez que era o local de formação continuada de professores.
    Desde 2009, o projeto teve um imenso crescimento no atendimento de professores, gestores, técnicos, auxiliares de desenvolvimento infantil da rede, ampliando inclusive o atendimento para professores de outras cidades e estados do Brasil.
    Com esse avanço, a professora Lisete incentivava a equipe do projeto Educa/EaD, a elaborar artigos sobre as experiências vivenciadas nas formações e enviá-los para eventos e revistas renomadas na área de educação.
    Principais artigos
    Com base no curso “Qualidade de vida docente” foram elaborados três artigos:
    · Em 2013, no Congresso Brasileiro de Educação “Ensino e Aprendizagem na Educação Básica: Desafios Curriculares” foi publicado e apresentado o artigo “Interações assíncronas: desafios virtuais para melhorar a qualidade de vida docente”, na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, em Bauru/São Paulo;
    · Em 2014, no “II Encontro Luso-Brasileiro sobre o trabalho docente e formação políticas, práticas e investigação: pontes para a mudança” foi publicado o artigo “Fóruns virtuais: desafios interativos para melhorar a qualidade de vida docente”, no Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Universidade do Porto, em Portugal;
    · No mesmo ano, na Revista Querubim o artigo foi “Interações assíncronas: um estudo sobre os desafios virtuais para melhorar a qualidade de vida docente”, na Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro.
    Além disso, foram elaborados dois artigos sobre o curso “Reggio Emilia: uma abordagem pedagógica na Educação Infantil”:
    · Em 2014, na Revista Querubim foi publicado o artigo “Atividade em equipe no ambiente virtual de aprendizagem: uma estratégia pedagógica para vislumbrar práticas educativas na perspectiva de Reggio Emilia”, na Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro;
    · Em 2015, na Revista Direcional Educador foi publicado o artigo “Mitos sobre a abordagem de Reggio Emilia”.
    Publicado conforme solicitado. :)
    Fonte: http://www.diariodolitoral.com.br/conteudo/53022-professora-e-homenageada-com-artigos-publicados-em-revistas-reconhecidas-pelo-mec

    terça-feira, 17 de março de 2015

    Mídias na Educação


    Portal da Matemática da OBMEP

    (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) oferece videoaulas de Matemática a partir do 6º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio.
    Vale a pena conferir!  O material disponível é excelente professores!




    http://utilizandomidias.blogspot.com.br/2015/03/portal-da-matematica-da-obmep.html
    Fonte: http://utilizandomidias.blogspot.com.br/

    segunda-feira, 16 de março de 2015

    EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA: O GRANDE DESAFIO DOS EDUCADORES

    Em meio a tantas tecnologias do mundo atual, surge em consequência um grande desafio para escolas e professores: aliar educação e tecnologia.
    Foi o tempo em que a escola era o principal meio de aprendizagem. Hoje com a internet, vivemos uma revolução do conhecimento. Tudo está na rede, e recorrer a ela na hora da dúvida já faz parte do nosso cotidiano.
    Este cenário vem cada vez mais se refletindo nas escolas. Com certeza você já se deparou com uma criança de dois ou três anos brincando com um celular. Esta mesma criança, quando chega a idade escolar, tem experiências que crianças de 15 ou 20 anos atrás não tinham.
    Assim, alunos tornam-se mais exigentes, e esperam da escola e de seu professor a mesma agilidade de resposta proporcionada pelos sites de buscas. Segundo a professora Siderly Almeida, coordenadora dos cursos de pós-graduação em Educação da EAD Unicesumar, chega a ser desmotivador para o aluno frequentar uma escola em que a tecnologia não é bem-vinda ou bem utilizada.
    E é aí que está o grande desafio: aliar tecnologia ao aprendizado, colaborando com uma educação eficiente e atraente. Siderly afirma que isso é positivo, desde quando usada com um propósito. “Hoje é inimaginável um mundo sem as inovações tecnológicas. Porém, é importante lembrar que usar a tecnologia pela tecnologia apenas, não potencializa o processo de ensino e de aprendizagem. 

    É preciso foco no que se busca: maquiar uma velha metodologia de ensino com uma nova tecnologia não qualifica a aprendizagem”, explica a professora. O crescimento e a popularização da educação a distância (EAD) são a prova de que o processo de ensino e aprendizagem mediado por tecnologias, pode ocorrer com qualidade, ainda que os principais personagens envolvidos, professor e aluno, não estejam próximos.


    Em relação a adaptação das escolas, esta, por sua vez, acaba sendo um lento processo. Para Siderly, que convive o dia a dia da educação, muitos educadores ainda sentem-se inseguros e despreparados frente as tecnologias, porém, é preciso que ocorra uma mudança de consciência, e admitir que o mundo mudou e não tem mais volta.
    Buscar formação e atualização que garantam uma melhor atuação frente a educação é fundamental. Por outro lado, tem os professores que já perceberam o potencial das novas ferramentas, levando novidades e interação para a sala de aula.
    Andressa Schiavone Aquaron, professora de educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental de uma escola particular de Maringá/PR, está entre os professores que já perceberam a importância de utilizar recursos tecnológicos em sala de aula, tornando o aprendizado inovador e atrativo.
    “Como educadora, posso aproveitar a desenvoltura dos meus alunos ao utilizar as tecnologias e ensiná-los a explorar e aprimorar seus conhecimentos. Esta intervenção é fundamental para que se alcance os objetivos propostos”, afirma a professora.
    Siderly Almeida é coordenadora dos cursos de pós-graduação em Educação da EAD Unicesumar e doutora em Educação. Recentemente participou do XI Congresso Internacional de Tecnologia, Conhecimento e Sociedade, da Universidade da Califórnia, com a apresentação de quatro trabalhos voltados à educação e tecnologia.
    É coordenadora do projeto de mestrado “Conexão 3.0”, que tem como principal objetivo a interação com crianças, proporcionando uma aprendizagem de modo lúdico.
    Fonte:  http://www.cbnfoz.com.br/editorial/educac%C3%A3o/20032015-242980-educacao-e-tecnologia-o-grande-desafio-dos-educadores

    domingo, 15 de março de 2015

    "Feito" em 2004 - "futurologia" para 2030

    Ainda atual. :)
     Achei interessante esse material ter sido "feito" em 2004 com aplicação da "futurologia" de como seria em 2030.  

    A futurologia define-se como: 
    "Ramo de conhecimento que especula acerca do futuro, com o fim de antecipar os futuríveis, ocupando-se da explosão demográfica, de possíveis mutações genéticas da humanidade, de processos revolucionários da biologia e da higiene, da segunda revolução tecnológica, do futuro da sociedade e suas instituições políticas e econômicas. (Aurélio eletrônico v. 2.0, 1998)."

    "Indagaremos o estudo a distância tal que poderá funcionar em mais ou menos trinta anos daqui. 

    Somos  a  23  de  abril  de  2030.  terça-feira,  são  duas  e  meia  da  tarde,  Zé,  estudante  a distância  no  ensino  superior,  está  tomando  banho  de  chuveiro.  Após  fresco  e  bem acordado, passa na cozinha para tomar um suco natural gostoso.  Toda tarde de quarta-feira é reservada para estudar. Zé programou-se para estudar à tarde, quartas e sábados.  Zé  foi  liberado  pela  empresa  uma  tarde  por  semana  para  favorecer  o  seu  ritmo  de estudo; esta concorda com a necessidade da formação continuada dos seus empregados.

    Zé vai no seu escritório, liga a impressora, pega o teclado, o mouse e o microfone, todos sem  fio,  o  livro  de  acompanhamento  do  curso  e  dirige-se  para  a  sala  de  estar  que  é outrossim a sala de televisão, pois torna-se a sala de estudo nessas ocasiões. 

    A esposa está trabalhando na agência de turismo, durante o expediente da tarde e os dois filhos estão na escola.  Exatamente por isso, Zé escolheu quarta-feira a tarde para uma sessão  de  estudo.    Sábado  a  tarde,  foi  entendido  entre  ele  e  sua  esposa  que,  este semestre, ela iria com os filhos na lição de música.  Assim goza de tranqüilidade e pode ter o telecomputador à sua disposição sem incomodar os demais.

    Nas suas sessões de estudo, sempre senta na poltrona azul bem aconchegante. Além de confortável,  há  uma  mesa  quadrada  à  sua  direita  que  aloja  todo  o  material  do  que precisa para estudar; assim Zé tem todo ao seu fácil alcance. À esquerda, tem uma mesa menor,  redonda,  sobre  a  qual  cabe  a  garrafa  de  água,  o  copo,  e  o  prato  com  a  maçã,  merenda  a  meio  caminho  da  sessão  de  cerca  de  três  horas  à  qual  se  submete semanalmente.

    Essa  poltrona  não  está  bem  em  frente  do  televisor,  porem  o  ângulo  de  visão  não incomoda Zé. O aparelho de televisão é do tipo alta definição de imagem (HDTV) com tela plana de trinta e seis polegadas de formato cinema (16 x 9) 1 .  Ele tem uma ligação sem  fio  com  o  computador  no  outro  quarto.    Zé  liga  o  televisor  com  o  telecomando universal e vai imediatamente no canal reservado à comunicação com as universidades para ver aparecer na tela a área de trabalho semelhante à de um computador.  

    Hoje, vai abordar a quinta lição das trinta compondo seu curso. Depois de ter chamado a página  de  entrada  do  curso,  Zé  digita  seu  código  exclusivo  de  estudante  e  sua  senha, clica no ícone "lição 5". Aparecem as opções à disposição do Zé. Entre elas, há a sala de bate-papo   onde   acontece   confraternização   entre   estudantes   entre   si   e   com   os professores.  Mas, Zé quer estudar e não passa naquela sala.

    Vamos parar um momento para apresentar a plataforma educacional que suporta o curso do Zé.
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    Eis a estrutura da plataforma com o qual Zé estuda.

    Para estudar, Zé tem acesso as opções seguintes:
    •    Sala de aula: para acessar, Zé chama o número da lição e ela se carrega automaticamente no seu computador. Pois, ele está pronto para começar
    a trabalhar. As aulas expositivas nunca ultrapassam 30 minutos. 
    •    Laboratório: este armazena as apresentações práticas: demonstrações de experiências  científicas,  observações  em  situação  real  de  teorias  e
                                                     
    1  O televisor de formato NTSC (America do Norte) como o PAL-M (Brasil), tecnologia analógica, tem uma tela de quatro unidades de largura por três de altura enquanto HDTV tem uma tela de 16 unidades de largura por 9 de altura. 

    209
    princípios, dramatizações ilustrando: o como fazer, o como resolver, os riscos  de  tal  procedimento,  de  tal  decisão,  e  assim  por  diante.  Essas
    curtas  metragens,  raramente  mais  de  cinco  minutos,  são  disponíveis  ou entrando   pelo   Laboratório,   ou   selecionando   um   vínculo   (link)   de
    hipertexto,  ou  por  um  convite  do  professor  numa  aula  expositiva  ou  a partir de uma sugestão do tutor numa orientação síncrona. 
    •    Biblioteca: ela tem um acervo completo de todos os textos, de todos os livros, utilizados, citados e sugeridos pelo professor em qualquer parte do
    curso. Oferece também sugestões de  outras fontes de informação (link) na Web. Além disso, tem seções: hemeroteca, mapoteca, mediateca como
    fontes complementares do material do curso. 
    •    Tutoria:  tem  um  corpo  de  tutores.  Cada  curso  tem  seus  tutores especializados  para  prestar  apoio  aos  estudantes  que  precisam  de  ajuda
    pedagógica. A tutoria é disponível, nos horários mais freqüentados pelos estudantes, por um total de doze horas por dia, sete dias por semana. O
    tutor  é  chamado  via  o  computador  do Zé até o do tutor. Este, uma vez chamado  e  livre,  liga-se  com  o  computador  do  Zé  e  aparece  numa
    janelinha da tela do computador e interage com Zé ao vivo.  Senão, Zé está convidado a deixar um recado na caixa vocal dele.
    •    Avaliação:   todos   os   tipos   de   avaliação:   formativa   e   somativa, encontram-se  disponíveis  aqui.  Zé  está  dirigido  nesta  seção  ou  pelas
    orientações  do  professor  ou  do  tutor,  ou  pelas  indicações  inseridas  nos documentos do curso. 

    Se Zé precisar de ajuda de outros tipos, tem ícones para:
    •    Administração:  aqui  se  cuida  dos  processos  administrativos  desde  o primeiro  contato  com  a  universidade  até  a  formatura.  Tem  serviços
    automáticos, programados no sistema de atendimento e outros acessíveis por  via  de  um  funcionário  nos  horários  de  expediente.    Neste  último
    caso, se Zé estiver fora de um horário de expediente, explica a razão da sua comunicação na caixa vocal da seção administrativa e fica esperando
    uma resposta o próximo dia útil. 
    •    Serviços técnicos: se, por exemplo, houver um corte nas comunicações, Zé  pode,  através  do  telefone, receber uma informação lhe explicando o
    que  está  acontecendo.    Para  receber  esclarecimento  sobre  qualquer pergunta diz respeito ao funcionamento tecnológico do sistema, Zé tem
    acesso  a  uma  banca  de  ajuda  para  consulta  rápida  ou  pode  falar diretamente com um técnico nos horários de expediente deles. 

    Voltamos à sessão de estudo do Zé.

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    Zé chama a lição.  Começa com uma leitura.  É um curto texto de apenas dez minutos.
    O  texto  ressalta  os  conceitos  já  adquiridos  e  essenciais  para  entender  o  conteúdo  da lição Cinco.  Zé lê o texto antes de assistir à lição Cinco.

    Chama de novo: "Lição cinco". A lição já armazenada no seu computador inicia. Após os  preliminares,  o  professor  aparece  e  cumprimenta  Zé:  "Boa  tarde  José  Garcia,  hoje teus objetivos de aprendizagem são os seguintes: (...) Mas, antes, quero te fazer quatro perguntas  sobre  os  conceitos  ressaltados  na  leitura  preparatória.  Pega  caneta  e  papel para escrevê-las. A primeira questão é: ... . ...A quarta é: ... .".  Foi rápido demais; Zé chama uma parada: "Pará! – Volta três segundos!". Assim, a apresentação das questões volta e Zé ouve a questão de novo e teve tempo de copiá-la. De novo, manda parar a lição para redigir suas respostas. Tiro dez minutos para responder, sendo que teve que referir  a  uma  parte  da  lição  quatro.    Chamou  as  respostas,  o  professor  deu  as  suas sugestões  de  resposta  e  terminou  convidando  Zé  a  se  comunicar  com  o  seu  tutor  se ainda ficava com dúvidas.  Como Zé não encontrou dificuldade, chamou a continuação da lição cinco.

    A  parte  expositiva  voltou.  A  primeira  parte  da  apresentação  do  professor  durou  dez minutos  terminando-se  com  um  convite  a  realizar  um  rápido  teste  objetivo.    Zé respondeu   as   questões   com   o   teclado,   errou   na   resposta   à   quarta,   recebeu instantaneamente  um  texto  na  tela  explicando  o  significado  desta  resposta  errada  lhe  indicando qual for seu ponto de não entendimento da matéria exposta e onde nas lições anteriores pode encontrar esclarecimento.

    Começou depois a segunda parte da lição.  Após cinco minutos de exposição, Zé perdeu sua  concentração,  pensou  na  solução  de  um  problema  encontrado  ontem  no  trabalho. 
    Paro  a  apresentação  para  fazer  uma  pergunta;  dito-a  no  microfone.    Apareceu  o  texto digitado da questão que não continha erros.  Zé chamou a resposta, a leu e foi satisfeito.  Mandou continuar a apresentação.

    Após dez minutos, teve uma outra dúvida e, de novo, fez uma pergunta.  Três questões foram exibidas semelhantes à do Zé.  Nenhuma correspondia à sua, por conseguinte Zé escolho a opção «nenhuma».  Aparacerão na tela duas opções : mandar a questão para o tutor  para  uma  resposta  deferida  ou  mandar  a  questão  para  o  tutor  para  uma  resposta imediata.  Zé olhou para seu relógio e viu que não tinha tempo para esperar e discutir imediatamente  com  o  tutor,  optou  para  deixar  a  resposta  para  mais  tarde  e  voltou  à apresentação do professor.

    Terminou o segundo terço da aula.  Houve outro pequeno questionário de tipo objetivo ao qual Zé respondeu sem erro.  Começou a última parte da aula.

    Desde o início desta parte, Zé quis fazer uma pergunta; pela segunda vez interrompeu a apresentação. Para isso, clique no ícone «?» e faz sua pergunta no microfone.  Demorou uns segundos para ver aparecer umas perguntas, cada uma tendo as palavras-chaves da sua própria pergunta na sua formulação; está convidado a selecionar uma das perguntas ou  nenhuma.    A  terceira  pergunta  é  semelhante  à  sua  e  Zé  chama :  «Terceira»  e  o professor aparece para dar a resposta à questão.

    O professor termina sugerindo uma leitura complementar para quem quer aprofundar os conceitos explicados nessa questão e disse que Zé pode clicar no ícone «livro» para que esse  artigo  seja  depositado  na  sua  biblioteca  particular  residente  no  seu  computador assim aumentando o acervo referencial do seu curso.  Zé, não querendo ler este artigo no momento, clicou no ícone para inclui-lo na sua biblioteca pessoal do curso. 

    A aula termina com um questionário recapitulativo de dez questões as quais as respostas aparecem pelo simples fato de clicar sobre a questão; para cada uma dela, Zé só formou a resposta na mente depois clicou para conhecer a resposta sugerida pelo professor, na forma de um curto texto.

    Zé ainda tinha mais quarenta minutos disponíveis.  O tutor, Benedito, tinha convidado-o a  passar  o  primeiro  teste  de  avaliação  formativa  sobre  as  cinco  primeiras  lições;  Zé decidiu  realizá-lo.    Clicou  no  ícone  de  avaliação  para  depois  selecionar  «formativa», entrar sua senha para chegar ao primeiro teste formativo da sua lição.  O teste conta dez questões.  Zé respondeu as questões dentro dos quarenta minutos e mandou o teste para ser  corrigido.    Recebeu  imediatamente  as  sugestões  de  resposta  as  questões  e  suas respostas  foram  entregues  ao  tutor,  o  Benedito.    Zé  tinha  pedido  Benedito  como  seu
    tutor porque já tinha estudado com ele num outro curso e gostou dele, da sua abordagem ao auxílio pedagógico.

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    Somos  na  tarde  de  sábado,  a  27  de  abril  de  2030.    O  mesmo  ritual  preparatório aconteceu  antes  da  sessão  de  estudo  do  Zé.    Entrando  no  seu  curso,  vê  que  tem  uma mensagem do seu tutor, o Benedito.  Este comenta suas respostas ao teste formativo da quarta  passada.    Antes  de  começar  a  sexta lição, Zé chama o comentário gravado por Benedito; é um vídeo de cinco minutos.  Escuta os comentários do Benedito.  Está em
    dúvida  sobre  a  divergência  entre  sua  resposta,  a  sugestão  de  resposta  recebida imediatamente após o teste e os comentários do Benedito.  Chama o Benedito mas está de folga, aciona a caixa postal vídeo do tutor e grava um vídeo comentando sua visão e pedindo-lhe  esclarecimento  acima  do  já  explicitado.    Deixa  seu  comentário  na  caixa dele e volta ao seu curso para pedir carregamento da lição. 

    Esta  lição  é  mais  difícil.    Zé  passou  duas  horas  e  meia  assistindo  a  apresentação  do professor duas vezes e fazendo umas leituras complementares para melhor entender os conceitos novos desta lição.

    No  final  da  sessão,  foi  na  sua  caixa  postal  eletrônica  e  pegou  uma  mensagem  do professor.  O professor mandou para todos os seus estudantes um convite para assistir a uma  conferência  que  ele  ia  dar  na  quinta-feira da próxima semana, dia 2 de maio, no auditório  principal  da  faculdade.    Os  que  moram  perto  do  campus  da  universidade podem assistir de graça; é só imprimir o convite e apresentá-lo na entrada da sala.  Para os que residem fora, longe do campus, o professor informa que o vídeo da conferência estará disponível no seu site a partir da segunda-feira, dia 06 de maio.

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    Segunda-feira seguinte, Zé, curioso de conhecer a posição do seu tutor, desde chegar em casa no final da tarde, va na sua caixa postal eletrônica e encontra o último comentário do  Benedito;  este  respondeu  de  viva  voz.    Satisfeito  com  o  comentário,  Zé  desliga  o computador.

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    Em  setembro  de  2030,  Zé  foi  convidado  pela  empresa  a  ocupar  uma  função  de responsabilidade  numa  cidade  a 1.000 quilômetros da sua, uma promoção importante. 
    Mas,  deverá  passar  entre  seis  e  dez  meses  morando  longe  da  esposa  porque  a  possibilidade  dela  o  acompanhar  acontecerá  somente  dentro  deste  prazo.    Volta  para casa  para  discutir  a  questão  com  sua  esposa.    Após  enumeras  considerações, acharam que ia ser bom para eles a longo prazo e que os inconvenientes de curto prazo podiam ser superados com essa perspectiva do melhor a vir.

    A  mudança  era  para  acontecer  em  novembro.    Fim  de  outubro,  Zé  foi  no  site  da universidade no setor administrativo.  Encontrou, na lista dos processos, o de mudança de  endereço.    Rápido  foi  dirigido no início do processo.  Para iniciar foi convidado a digitar  seu  número  de  dossiê  estudantil  e  a  senha  pessoal  de  acesso  aos  serviços  e recebeu   o   formulário   preenchido   inicialmente   com   o   convite   a   introduzir   as modificações  necessárias.    Fez  todo  direto  e  entregou  o  formulário  com  as  correções necessárias.

    O  dia  seguinte  recebeu  a  confirmação  das  correções  registradas  no  sistema  da universidade com a lista de modificações conseqüentes e foi convidado a confirmar sua exatidão.  Assim, a sua mudança de endereço ia ser ativada o dia indicado por Zé como primeiro dia de vigência desse novo endereço.

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    Após ter-se instalado na nova cidade, Zé, num Sábado de fim de novembro iniciou sua primeira sessão de estudo em casa.  Havia comprado um telecomputador HDTV menor do que aquele que deixou com a mulher mas suficiente para as necessidades de estudo. 
    Tinha começado um novo curso, tendo tido êxito no outro antes de se mudar.

    Chamou a lição na tela do seu telecomputador e assistiu à aula do professor.  Até agora achava  o  curso  fácil.    Mas,  hoje,  assistiu  duas  vezes  à  parte  expositiva  da  aula  sem entender  suficiente  para  conseguir  resolver  os  problemas  sugeridos  na  Segunda  parte. 
    Olhando as soluções, ainda ficava com muitas dúvidas. 

    Ligou  para  Benedito  através  da  rede  interna  do  curso.    Benedito  era  disponível. 
    Contatou o Zé e os dois iniciaram uma videoconversa.  Quando Zé lhe explicou o que estava  acontecendo,  Benedito  lhe  respondeu  que,  efetivamente,  esta  lição  tinha-se achada difícil pela maioria dos estudantes mas que havia uma alternativa.

    O professor  foi informado do freqüente problema de compreensão do conteúdo dessa aula  e  contrato  Benedito  para  a  reformular.    Numa  pesquisa  que  este  último  fez  na Internet, encontrou  uma aula de um professor numa universidade britânica muito bem feita.    Houve  um  empréstimo  daquela  aula  por  o  período  de  revisão  e  ela  está  à disposição  dos  estudantes  com  tradução  em  português.    Zé  pediu  para  ver  agora  essa aula sendo que estava no assunto desde mais de duas horas.

    Zé assistiu esta aula que lhe propiciou uma abordagem diferente para entender dois dos conceitos-chave dessa porção da matéria do curso.  Ajudou muito.

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    No final da lição, Zé vai na sala de bate-papo da universidade.  É costume se identificar corretamente  como  tal  estudante  de  um  curso  dado  de  maneira  a  facilitar  a  discussão sobre  assuntos  comuns  entre  estudantes  de  uma  mesma  disciplina  ou  de  um  mesmo curso.    Havia  doze  estudantes  ligados  na  “sala”  de  bate-papo.    Sendo  poucos  os participantes, Zé mandou instalar, na sua tela, janelas individuais para cada um dos nove outros  participantes.   Notou um participante que parecia conhecido; apesar de cara de adulto hoje, havia traços da cara de um menino de onze anos que foi companheiro de quarto durante um campo de verão há uns vinte e cinco anos.

    Escolheu  o  som  vindo  dele  mas  não  falava.    Zé  dirigiu  uma  pergunta  para  ele exclusivamente:    Será  que  você  é  Mário  que  passou  três  semanas  compartilhando  o mesmo  quarto  num  estágio  de  verão  com  Zé  Garcia  quando  tinha  11  ou  12  anos  de idade?    Mário  respondeu  que  sim,  que  o  reconhecia  e  estava  feliz  de  revê-lo. 
    Imediatamente perguntou onde Zé morava.  Que felicidade!  Os dois moram agora na mesma cidade e são sozinho; Mário é divorciado.  Marcaram para jantar junto a mesma noite.

    Foi uma noite de reminiscência refrescante falando das suas trapalhadas de meninos de onze anos e contando para o outro o caminho de vida entre aquele estágio de verão e esse  encontro  fortuito  no  corredor  virtual  da  universidade  em  que  estavam  ambos  se atualizando.

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    Chegou a hora da monografia de fim de curso.   

    Zé estava com uma fonte bibliográfica de uns cento e vinte textos variados, de livros e artigos  de  revista  a  intervenções  em  fóruns  eletrônicos  e  páginas  de  vários  sites  da WWW.    Todos  se  encontram  no  seu  livro  eletrônico  (LiEl)  (ebook),  mas  também  no LiEl do professor; o professor tem um para cada orientando.  Cada vez que o orientando integra um documento no seu LiEl, este transmite automaticamente uma cópia para o do professor dedicado exclusivamente a este estudante; ele tem um para cada estudante.

    Há duas semanas, Zé marcou para hoje uma videoconsulta com o professor.  Às quatro da tarde, os dois entraram em contato via o telecomputador; na tela do Zé, o professor aparece em primeiro plano e Zé numa janelinha (um oitavo da tela) no canto superior esquerdo. Na tela do professor, é o inverso.  O assunto é a bibliografia constituída e seu  estado  referente  ao  objeto  de  pesquisa  do  Zé.    A  consulta  durou  uma  hora  e  foi  já marcado  um  outro  video-encontro  três  semanas  depois.    Houve  um  processo  de eliminação  de  um  certo  número  destas  a  partir  de  critérios  discutidos  entre  Zé  e  seu professor.  O professor indicou a Zé como tratar os componentes da sua bibliografia e fazer um levantamento dos subsídios conceituais que esta ia lhe providenciar.  

    E assim, progressivamente, durante seis meses, Zé realizou sua pesquisa e redigiu sua monografia com a orientação periódica do professor através de vídeoconsulta; no total foram sete. 

     Estudante motivado, o Zé terminara o curso com excelentes notas, sendo sua motivação e as condições ideais de estudo que tivera com uma infraestrutura tecnológica adequada as características de qualidade do EaD do século XXI.  
    Dez  colegas  terminaram  no  mesmo  mês  sua  formação  em  diversos  outros  cursos. 
    Foram  convidados  para  uma  videosolenidade  na  tarde  de  um  sábado  onde  o  reitor  da universidade ia parabenizá-los e proferir uma aula de despedida geral sendo que dos dez só dois eram formando do mesmo curso.

    Todos   compareceram   e   tiveram   oportunidade   de   trocar   emoções,   comentários, recordações  de  momentos  cômicos  e  trágicos  do  seu  percurso.    Havia  um  estudante presente  na  mesma  sala  que  o  reitor  e  os  outros  componentes  da  mesa  sendo  que  ele morava na mesma cidade.  Todos os outros assistiram e intervieram em casa.

    Zé tinha convidados, além da esposa e dos dois filhos serem presentes, a sua mãe, uma tia querida e três primos com seu cônjuge e filhos.  Foi bem agradável a festa seguindo a videosolenidade.
      
    A  videosolenidade  se  terminou  em  um  pouco  menos  de  duas  horas,  cada  um  dos formandos  encerrando  a  solenidade  com  um último comentário e a certeza de receber seu diploma nas próximas semanas.
      
    Uma maneira de aproveitar este texto é a leitora, o leitor produzir sua própria visão do estudante  do  século  XXI.  Uma  outra  é  de  tentar  responder  a  questões  voltadas  para  a crítica  sobre  essa  visão.  Para  completar  essa  reflexão,  destacamos  umas  questões  que tenham tal interesse.   

    1.   Zé é um estudante presencial ou “à  distância”? 
    2.   Para tal ensino existir, falta uma tecnologia? Qual? 
    3.   Esse cenário é realmente futurista?  Por quê?
    4.   Quem tem vontade de estudar nessas condições? 
    5.   O  ano  2030  é  um  prazo  razoável  para  que  encontrasse-se  um  estudante
    estudando em casa em tais condições? 
    6.   A tecnologia melhora o ensino e/ou a aprendizagem?

      1.   A evolução do EaD com a aparição das TIC, nos indica que há uma tendência a diminuir  “a  distância”  entre  presencial  e  “a  distância”.    Um  exemplo  disso encontra-se  na  Universidade  Federal  de  Santa  Catarina  que  trabalha  com  a   videoconferência   síncrona   através   do   Brasil.  O desenvolvimento   das plataformas  vá  também  na  direção  de  facilitar  a  transição,  para  os  professores “presenciais”, ao uso da tecnologia para atingir estudantes potenciais que nunca terão  condições  favoráveis  à  frequentação  do  campus.    Assim  podemos  intuir que  as  instituições  de  ensino  do  futuro  serão  bimodais;  pensa-se  que  o  “a distância” desaparecerá do vocabulário educacional. 

    2.   Não falta nenhuma tecnologia para fazer esse cenário realidade. Todavia as TIC precisam  ter  uma  implantação  generalizada  para  permitir  a  velocidade  de transmissão requerida por esse cenário.  É mais uma questão de custo que pode impedir o ritmo de implementação de infra-estruturas possibilitando esse tipo de sistema educativo.

    3.   Será  que  o  que  está  sendo  encarado  como  futuro  já  exista  em  algum  lugar  no planeta,  quer  a  título  experimental  quer  em  desenvolvimento?    A  literatura consultada  não  permite  responder  sim.    No  entanto,  no  setor  privado  do  e-learning,  nas  oficinas  de  pesquisa  e  desenvolvimento,  acreditamos  que  haja trabalhos  feitos  com  esse  tipo  de  visão  do  futuro  por  traz  da  cabeça  dos profissionais.    

    4.   Nossa trabalho foi feito na perspectiva da formação contínua, da formação dos adultos.  Se for um sonho nosso de estudar em tais condições, pode-se deduzir que haja outros candidatos - número indeterminado - a essa maneira de estudar. 
    Vale   a   pena   visitar   o  site  do  Laboratório  de  Educação  a  Distância  da Universidade Federal de Santa Catarina para, com os seus projetos realizados e
    em  andamento,  ver  o  interesse  para  o  uso  das  TIC  ea  favor  de  uma  formação profissional na escala do território do Brasil.

    5.   Tal  desenvolvimento  pode  acontecer  antes  de  2030.    Realizar  a integração das tecnologias nos sistemas educacionais é um sonho similar ao da conquista da lua nos  anos  sessenta.  E  também,  esta  vontade  de  aproveitar  as  tecnologias  na educação pode se constatar no fato de que desde as máquinas de ensino dos anos  1940  houve  estudos  e  pesquisas  sobre  a  melhor  maneira  de  usar  essas tecnologias no ensino, falamos do ensino presencial.  O dinheiro está disponível quando se trata de tecnologia; foi observado por Froese-Germain e Moll (2001) que,  apesar  de  uma  redução  dramática  das  despesas  públicas  em  educação,  as palavras   «tecnologias   de   informação»   abriram   o   financiamento   para   o equipamento    tecnológico    no    campo    da    educação    em    vários    países.
    1    Ressaltamos  nosso  comentário  na  resposta  3:  o  setor  educacional  privado,
    comercial,  está  nesse  ramo  e  para  estender  seu  mercado.    A  Secretaria  da Educação a Distância (SEED) anunciou, há pouco, um projeto de investimento maciço  no  e-learning.    Vejamos  isso  como  um  primeiro  passo  na  direção  da nossa hipótese futurística.

    6.   Qualquer que seja a tecnologia, ela não tem potencial de melhorar diretamente a aprendizagem,  não  mais  que  a  organização  de  uma  sala  de  aula.    Ela  pode contribuir a condições de excelência no ato de aprender quando o estudante está motivado  e  se  investe  no  empreendimento.    Mas,  enquanto  o  ensino,  ele  pode melhorar através da melhoria do sistema.  Com um sistema educacional melhor, pode-se   fazer   a   hipótese   que   o   estudante   terá   melhores   condições   para ultrapassar suas fraquezas nos seus esforços de conquista do conhecimento.  
       
    Chegando  ao  fim  desse  trabalho,  eis  uma  outra  questão.    Este  tipo  de  exercício  tem valor na reflexão científica sobre o campo de conhecimento que é o do EaD?  Tem duas vertentes tradicionais na tentativa de entender cientificamente o funcionamento do EaD com  as  tecnologias:  uma  é  a  comparação  com  o  presencial  e  a  outra,  os  efeitos  das tecnologias sobre a aprendizagem.freqüentação.  Neste exercício futurístico, o foco foi posto  nas  condições  do  exercício  de  aprender.    A  premissa  é  de  que  haverá,  para  o                                                
    1  Basta lembrar do programa de implantação do computador nas salas de aula dos ensinos fundamental e médio (o Proinfo) para ter demonstração disso. 
    estudante motivado, aprendizagem de qualidade acrescentada pelo fato de ter em mão todo  o  equipamento  e  o  meio  ambiente  favorecendo  esta  atividade  humana  que  é  o aprender.    Um  esforço  do  mundo  da  educação  para  criar  esse  conjunto  ergonômico:
    instrumentos e meio, vale tanto no EaD quanto no ensino presencial.

    .  A futurologia define-se como: 
    Ramo de conhecimento que especula acerca do futuro, com o fim de antecipar  os  futuríveis,  ocupando-se  da  explosão  demográfica,  de possíveis    mutações    genéticas    da    humanidade,    de    processos revolucionários  da  biologia  e  da  higiene,  da  segunda  revolução
    tecnológica,  do  futuro  da  sociedade  e  suas  instituições  políticas  e econômicas. (Aurélio eletrônico v. 2.0, 1998).  (grifo nosso) O  exercício  futurístico  em  si  merece  ser  repetido  porque  dá  uma  visão  integradora, embora  idealizada, do potencial - percebido pelo futurólogo - das tecnologias vistas na perspectiva dos benefícios oriundos do conjunto e não de cada uma.  A integração das tecnologias tem mostrado que gere benefícios que  a soma delas não tem.

    Eis uma penúltima colocação: um convite à prudência em matéria de tecnologias.  Em 1889, final do século XIX, a prestigiosa revista Scientific American pressentia que: ...  apenas  podemos  avaliar  a  melhora  das  condições  na  cidade  em consequência  da  adoção  geral  do  automóvel  (grifo  nosso).    As  ruas limpas,   sem   poeira   e   inodoras,   onde   circulam   rapidamente   e silenciosamente  as  automóveis  leves  sobre  pneus,  eliminariam  em grande   parte   a   nervosidade,   a   distração   e   a   tensão   da   vida metropolitana moderna. (citado por Froese-Germain e Moll, 2001)  

    O que você acha da introdução do automóvel nas cidades, na sociedade?  Você conhece alguns problemas sociais, ambientais provocados por ele?  Em questão de tecnologia, é difícil concluir às pressas, não é?

    Nessa contribuição nossa, tentamos mostrar o potencial das tecnologias, das TIC, como conjunto integrado posto ao serviço do estudante motivado.  Nenhuma tecnologia dará a motivação, somente o professor tem esse poder, embora limitado, de insuflar vontade de conhecer, ou melhor, de nutrir a chama, de transformar uma energia potencial no fundo do  indivíduo  em  uma  energia  cinética  chamada  motivação.    E  é  lá  que  o  professor  é insubstituível.    E  é  lá  que  a  tecnologia  tem  de  ser  enxergada  com  os  seus  limites.  A qualidade proveniente das tecnologias não encontra-se no processo bidirecional ensino-aprendizagem, mas sim na criação de condições de eficácia e eficiência na configuração do  meio  ambiente  educacional.    No  nosso  empreendimento  futurístico,  pusemos  o professor em dosa dupla: ela mesmo e o tutor, ambos possívelmente em modos síncrono e assíncrono.
     Tecnologia sim, sem professor não!

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    Parte de outro Material

    Nesta  parte,  foi  desvelada  a  interação  entre  os  dois  atores  do  processo  aprendizagem-ensino: o estudante e o tutor.  Começamos tratando da tela de fundo desse encontro: a instituição de ensino.

    A instituição, num ambiente adequado, nutre o estudante e o tutor com um material de qualidade e um processo pedagógico apropriado as necessidades do estudante, do tutor e da   disciplina.      Também   ela   põe   uma   infra-estrutura   múltipla:   comunicacional, procedural,  administrativa,  instrumental  e  educacional,  criando condições de exercício do  processo  aprendizagem-ensino  confortáveis,  simples  e  eficazes  para  ambos:  o estudante  e  o  tutor.    Eis  a  razão  que  explica  o  tratamento  inicial  da  qualidade  da instituição no primeiro capítulo desta parte.

    Pelo tutor, a EaD se humaniza.  Com um tutor bem preparado, numa estrutura tutorial ajustada as circunstâncias próprias ao ambiente em que a instituição providencia os seus serviços, o estudante se engajará na sua aprendizagem com o mínimo de ruído causado pela  instituição.    Os inconvenientes possíveis da sua situação de estudante a distância provirão essencialmente do seu meio ambiente de vida.  Reforçamos aqui a importância do tutor, da sua atuação correta, ou seja adaptada ao estudante como um tudo, sobre o desempenho  deste.    Mesmo  quando  o  estudante  realiza  as  suas  aprendizagens  com muita  autonomia,  as  poucas  interações com o tutor, quando necessitadas, terão, sendo bem feitas, um efeito apreciável sobre o seu estado de espirito e, logo, tornaram-se um incentivo motivacional.  O EaD hoje é um modo de ensino com tantas possibilidades de humanização quanto o presencial.  O segundo capítulo desta parte tratou das condições  para  conseguir  a  oferta  de  uma  tutoria  propicia  ao  bom  desempenho  do  tutor  e  do estudante.

    O estudante aproveita o melhor dessa instituição adequadamente organizada e do tutor adaptado às suas necessidades.  Mas isso não basta.  Vimos que como sujeito das suas aprendizagens,   o   estudante   precisa   de   pré-requisitos   para   obter   êxito   nas   suas aprendizagens  feitas  no  EaD.    Foram  destacados,  no  último  capítulo  desta  parte,  as características   pessoais   fortemente   desejáveis   e   as   condições   propícias   a   um aprendizado  ótimo  em  um  ambiente  de  EaD.    O  estudante  faz  parte  do  processo  de implantação da qualidade por ser o sujeito principal de todo o processo aprendizagem-ensino.  

    Em retrospecto, consideramos o tratamento distinto desses três componentes como uma operação  investigativa  redutora.    A  realidade  das  interações  entre  eles  é  muito  mais complexa que possa aparecer através desse tratamento parcelado.  Portanto, o objetivo era  destacar  as  fontes  da  qualidade  em  cada  um  sem  risco  de  confusão  entre  os  três componentes.  É por isso que escolhemos a abordagem separada dos três em capítulos distintos.  Deixa aberta a possibilidade de uma análise mais complexa das interligações entre eles e dos seus efeitos sobre a qualidade.

    Web 2.0 - TIC´s na Educação Ensino Presencial e a Distância: "Feito" em 2004 - "futurologia" para 2030