sábado, 16 de fevereiro de 2013

Ideia Sustentável

Gestão de Terceiro Setor, Investimento Social Privado, Responsabilidade Social e Sustentabilidade Empresarial

Vinte coisas que aprendi em 20 anos
por admin em fevereiro 1 , 2013 às 6:50 pm | Comente aqui.
Em 2013, Ideia Sustentável comemora 20 anos. Muito bem vividos. E, principalmente, muito bem aprendidos. Nessas duas décadas, a saudável tarefa de reinventar-se quatro vezes, com quatro mudanças de linha de ação (Gestão de Terceiro Setor, Investimento Social Privado, Responsabilidade Social e Sustentabilidade Empresarial), mantendo sempre a comunicação como ponto de partida, a consultoria estratégica como serviço, e a educação/gestão de conhecimento como eixos centrais, ensinou-nos um bocado de coisa sobre o trabalho, as relações, os grandes temas profissionais, as pessoas, as empresas e a vida.
Neste, e em próximo artigo, quero compartilhar com amigos, alunos, ex-alunos, clientes, ex-clientes e parceiros, uma síntese desse aprendizado, da sabedoria construída na interação com os mais brilhantes profissionais brasileiros e as mais desafiadoras realidades e na superação das muitas barreiras que só serviram para fortalecer crenças e propósitos.
Nossa história – vale destacar – coincidiu com um momento muito rico deste país, um tempo de mudanças de paradigmas nos campos político, econômico, social e ambiental.
Para brincar com a ideia dos 20 anos, resumi tudo em breves 20 ensinamentos. Aqui vão os 10 primeiros:
(1) Comunicação é estratégia e não mera atividade tática. E isso independe do porte, da natureza e do tipo da empresa. Empresas que incorporaram essa lição estão enfrentando melhor o desafio de dialogar com seus públicos de interesse num mundo pequeno, reticular e hiperconectado. As que não incorporaram seguem sob a proteção frágil do acaso. Boa sorte a elas!
(2) Comunicação boa e eficaz pressupõe planejamento. Não importa o tamanho do que se deseja comunicar. Na maioria das empresas, o discurso do planejamento ainda é mais pródigo do que o planejamento em si, o que contribui para uma terceirização perigosa do pensamento estratégico… E também para ampliar o mercado dos gestores de crise de imagem!
(3) E por falar em crise de imagem, atuar nesta atividade durante alguns anos me ensinou muito sobre o ser humano por trás dos executivos de empresa, às vezes escondido sob um verniz de poder e indestrutibilidade que agrada aos headhunters e a essas revistas de negócio, do tipo Exame. Muitos – nem todos – tornaram-se melhores após a crise, em grande medida porque descobriram o que todo profissional mentalmente são deve descobrir um dia. Não somos o centro, não somos a medida das coisas, não estamos acima dos fatos, não sabemos mais do que ninguém, não somos melhores do que ninguém.
(4) No começo, bastava ter um produto funcional. Depois, era suficiente que este produto proporcionasse associações positivas e boas aspirações. Hoje, e cada vez mais, as pessoas querem estabelecer relações com empresas que pensam e agem como elas. Os valores ganharam status. A dimensão ética ingressou na base do branding. E ainda tem gente achando isso tudo uma bobagem. Que o acaso os proteja, enquanto andarem por aí.
(5) Organizações de Terceiro Setor fazem muita diferença a favor das pessoas e do planeta. Essa diferença é significativamente maior quanto mais bem planejadas e geridas elas são. Quando se afastam da noção de resultado, a serviço de veleidades intelectuais, devaneios políticos, soluços corporativistas ou oportunismo financeiro, tornam-se irrelevantes, perdem o sentido e até mesmo a legitimidade para existir. As melhores organizações que conheci foram justamente as que nunca perderam a noção de que existem para tentar solucionar um problema social.
(6) Não existe nenhuma incompatibilidade entre as ferramentas de gestão e a atividade socioambiental. As ferramentas podem ser adequadas às finalidades das organizações de terceiro setor. E as organizações podem e devem se adaptar aos benefícios trazidos por ferramentas como planejamento, comunicação e avaliação de resultados. Desconfio dos que, movidos por retórica ideológica, acham que o uso de ferramentas de gestão descaracteriza uma organização. Em minha experiência, reuni pelo menos um milhar de exemplos de organizações que, com a adoção inteligente de ferramentas de gestão, tornaram-se melhores, passaram a atender mais gente e com mais qualidade, a cumprir mais dignamente sua missão.
(7) Um dos melhores legados do boom do Terceiro Setor no início dos anos 1990 – que acompanhei de muito perto, como protagonista – foi a formação de uma geração de líderes e empreendedores sociais cuja ação, silenciosa mas eficaz, resultou na melhoria da qualidade de vida de milhões de brasileiros.  Nem os governos nem as empresas produziram, com tanta abundância, capital humano mais íntegro e com maior poder transformador.
(8) O conhecimento não tem mais dono. Não é mais monopólio de instituições, nem mesmo acadêmicas, o que definitivamente altera relações antigas de poder. Com a internet, um gari pode acessar todo o acervo da biblioteca de Londres no seu celular pré-pago. Um estudante de escola pública do Brasil pode assistir às aulas de Harvard. Você, como eu, deve conhecer pelo menos uma instituição perdida no autoengano de achar que retém conhecimento ou uma experiência única, que ninguém mais possui. Este tipo de organização apoia-se no nome e na história para justificar sua existência. Defende agendas pessoais, atende a egos fora de controle. Tem enorme dificuldade em fazer conexão e participar dos novos arranjos de cocriação de conhecimento porque, para ela, as relações não são horizontais, mas verticais. Este tipo de organização já morreu e não sabe, precisa apenas ser enterrada.
(9) Quando Ideia Sustentável nasceu, a comunicação era analógica. A internet era um experimento científico. E a teoria de comunicação baseava-se na ideia de um emissor, um receptor, um canal, uma mensagem e alguns ruídos. O mundo hoje é digital, a tecnologia da internet popularizou-se, e a teoria da comunicação – bem… – sofreu uma profunda transformação. Receptor é também emissor, os canais são múltiplos, de várias mãos e custam pouco, as mensagens se espalham na forma de texto e imagem integrados e com velocidade estonteante, e os ruídos estão absolutamente fora de controle. Os artigos que escrevia sobre sustentabilidade para a Gazeta Mercantil (2006 a 2010) eram vistos por centenas de pessoas. E os comentários sobre responsabilidade Social na TV Cultura (2004-2005), por alguns milhares de pessoas. Com as redes sociais, nossos conteúdos são acessados por centenas de milhares de pessoas que os comentam, contestam, criticam, corrigem, aperfeiçoam, curtem e compartilham. Isso não é mudança, mas revolução. Que bom que estamos podendo viver tudo isso.
(10) Minha longa experiência com sustentabilidade me levou a crer que, a despeito das políticas, das ferramentas e dos indicadores, e além das vontades abstratas das corporações, o que faz mesmo a diferença para a inserção deste conceito no negócio é a existência de pessoas, nas empresas, que acreditam e trabalham apaixonadamente pelo tema. Pessoas são fundamentais, o resto é detalhe. Não fosse a crença de indivíduos sensíveis ao tema não teríamos feito, na Ideia Sustentável, a décima parte do que fizemos, o que inclui aí, apenas para lembrar três grandes ações visionárias, o Fórum Permanente do Terceiro Setor (1998-2004), a revista Ideia Sustentável (desde 2005) e a Plataforma Liderança Sustentável (desde 2011).

Vagas Diversas - By Ascom


fevereiro 14, 2013 / Publicado por Mateus Lima em Noticias, Secundaria
A Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (Incubacoop/UFLA) abriu processo seletivo para cinco bolsistas remunerados com recursos do Proext-2013, visando a complementar as necessidades dos empreendimentos incubados. Os candidatos selecionados irão participar das atividades de apoio aos projetos, sob orientação do coordenador da Incubacoop, professor José Roberto Pereira. Estar regularmente matriculado em curso de nível superior, possuir currículo Lattes, ter conhecimento em informática e estar em situação regular no País são os requisitos para os candidatos, que poderão se inscrever no
fevereiro 14, 2013 / Publicado por Cibele Aguiar em Secundaria
A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFLA (Coordenadoria de Cultura/Proec/UFLA) convida para as aulas de capoeira com o mestre Luiz, do grupo Ginga Universitária, no âmbito do projeto Capoeira no Câmpus. As aulas são realizadas no Centro de Integração Universitária (Ciuni), todas as 2ª, 3ª e 4ª feiras, das 19 às 21 horas. As aulas são gratuitas. Informações: Coordenadoria de Cultura  (35) 3829 1585 Mestre Luiz:  (35) 8802 0341  
fevereiro 14, 2013 / Publicado por Cibele Aguiar em Secundaria
A Orquestra de Câmara da Universidade Federal de Lavras (UFLA) abre vagas para instrumentos de cordas friccionadas (violino, viola de orquestra, violoncelo e contra-baixo) e para sopros (clarinete, fagote, aboé, trompa e trompetes). Os interessados devem procurar o maestro Augusto Pimenta, nos horários dos ensaios, realizados às terças e quintas-feiras, das 19 às 21 horas, na Casa de Pedras, no Câmpus Histórico da Universidade. Os músicos que não possuem instrumentos poderão solicitá-los por empréstimos na Coordenadoria de Cultura da UFLA.
fevereiro 14, 2013 / Publicado por Cibele Aguiar em Secundaria
A Mitah Technologies, empresa de Tecnologia da Informação em processo de incubação na Unievrsidade Federal de Lavras (UFLA) abre processo de seleção para um estagiário na área Comercial, Marketing, Comunicação. Os interessados devem enviar currículo até o dia 20 de fevereiro para pessoas@mitahtech.com. Centrada na inovação tecnológica, a empresa é especializada em soluções para a melhoria de processos e rastreabilidade. Informações:  (35) 38295282 contato@mitahtech.com ou no site http://www.mitah.com.br      
fevereiro 14, 2013 / Publicado por Cibele Aguiar em Secundaria
A Diretoria de Gestão em Tecnologia da Informação – DGTI da Universidade Federal de Lavras (UFLA) informa e alerta que está circulando uma mensagem eletrônica enviada para servidores da UFLA, de forma indevida, que pode representar risco de vírus e outras fraudes. O e-mail utiliza como assunto principal a manutenção programada dos serviços e pede que o receptor responda a mensagem com nome e senha utilizada no Zimbra (sistema de e-mail utilizado pela UFLA). A DGTI informa que esta mensagem não foi
fevereiro 8, 2013 / Publicado por Cibele Aguiar em Secundaria
Nesta semana, de 4 a 6 de fevereiro, foi realizado o 1º Ciclo de Palestras em Botânica Aplicada, no anfiteatro do Departamento de Biologia da Universidade Federal de Lavras (DBI/UFLA). Promovido pelo Núcleo de Estudos em Botânica Aplicada – Nebot, o evento reuniu estudantes de Graduação e de Pós-Graduação de diferentes cursos da UFLA, como Ciências Biológicas, Agronomia, Engenharia Florestal, Química, Botânica Aplicada e Tecnologia da Madeira. A palestra “O legado dos Coletores”, ministrada pelo professor Marcos Sobral, da Universidade
fevereiro 8, 2013 / Publicado por Cibele Aguiar em Secundaria
A primeira turma do curso de Mestrado Profissional em Administração Pública da Universidade Federal de Lavras (UFLA) já revela talentos no meio acadêmico. A estudante Érika Loureiro Borba e o professor José Roberto Pereira (orientador) foram premiados no Congresso de Administração, Sociedade e Inovação – CASI em 2012, realizado na Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, em dezembro de 2012. Eles foram selecionados como autores do melhor artigo de Administração Pública e melhor artigo do evento, com indicação de
fevereiro 8, 2013 / Publicado por Cibele Aguiar em Noticias, Secundaria
Nessa quinta-feira (7/2), foi realizada a 1° Mostra de Vídeo – Tendências da Administração Pública, coordenada pelas professoras do Departamento de Administração e Economia (DAE/UFLA) Viviane Pereira e Sabrina Soares, com o apoio de estudantes do curso. A mostra é uma ação de um projeto de extensão que tem como objetivo abrir espaço para discussão sobre as tendências da nova Administração Pública, além de promover a construção de novo conhecimento na temática e estimular os relacionamentos entre membros da comunidade acadêmica e da sociedade.
fevereiro 8, 2013 / Publicado por Cibele Aguiar em Noticias, Terciarias
A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec) comunica que o Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) estará fechado a partir de domingo (10/2), em atendimento ao Calendário Escolar. O RU será reaberto ao público no dia 13 de fevereiro, quarta-feira.          
fevereiro 8, 2013 / Publicado por Mateus Lima em Noticias
O prazo de inscrição na lista de espera do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) termina hoje (8). Candidatos que não foram selecionados nas suas opções nas chamadas regulares e candidatos selecionados na segunda opção, independentemente de terem feito a matrícula, podem participar. Essa lista de espera é válida somente para a primeira opção do candidato e a inscrição deve ser feita no site do SiSU (http://sisu.mec.gov.br/). Para se inscrever, o estudante deve acessar o sistema e, no link “boletim do
fevereiro 8, 2013 / Publicado por Cibele Aguiar em Noticias, Secundaria
O grupo de pesquisa Laboratório de Estudos Transdisciplinares – Letra, do Departamento de Administração e Economia (DAE/UFLA), realiza nos dias 21 e 22 de fevereiro o colóquio “Conversações sobre Teoria e Prática na Administração”. O evento convida os participantes à reflexão sobre a relação academia-mercado e teoria e prática, com uma programação diversificada, que alia conferências acadêmicas, relatos de experiências profissionais e a participação em mesas-redondas. O evento será realizado no Anfiteatro do DAE, com abertura às 8h30. Na visão
fevereiro 8, 2013 / Publicado por Mateus Lima em Noticias, Secundaria
O Núcleo de Estudos em Paisagismo e Floricultura (Nepaflor) está com as inscrições abertas para o processo seletivo de novos integrantes. Para se inscrever, é necessário enviar o currículo até o dia 15 de fevereiro para o e-mail nepaflorufla@gmail.com O Nepaflor tem como objetivo propagar os conhecimentos nas áreas de paisagismo e floricultura, reunindo pesquisadores, realizando pesquisas científicas e promovendo eventos. Entre esses eventos, destacam-se simpósios nacionais e internacionais de paisagismo e cursos. Saiba mais sobre o Núcleo acessando o site: www.nucleoestudo.ufla.br/nepaflor.
fevereiro 7, 2013 / Publicado por Mateus Lima em Noticias, Terciarias
A Universidade Federal de Lavras (UFLA) sediará o I Encontro Mineiro de Ensino de Línguas (Emel), organizado pelo Colegiado do curso de Letras (Português/Inglês – modalidade presencial) e pelo Colegiado do curso de Letras (Português – modalidade a distância). O evento será realizado nos dias 14, 15 e 16 de fevereiro e está com inscrições abertas até o dia 9. Os interessados podem se inscrever gratuitamente no blog: http://uflaletras.blogspot.com.br. Nesse blog, também é possível acessar a programação completa. A professora
fevereiro 7, 2013 / Publicado por Mateus Lima em Noticias
O projeto “Magia da Física e do Universo” exibirá o filme 1984, inspirado na obra homônima do escritor George Orwell, nesta sexta-feira, 8, no Museu de História Natural da UFLA, às 16 horas (com entrada gratuita). Este será o terceiro filme de uma mostra temática com obras cinematográficas que relacionam ciência e sociedade. As sessões são seguidas por debates a respeito das diferentes visões sobre o desenvolvimento tecnológico e os efeitos da tecnologia no cotidiano. Os próximos filmes exibidos serão
fevereiro 7, 2013 / Publicado por Cibele Aguiar em Noticias, Terciarias
A Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe/UFLA) está com inscrições abertas, até o dia 22 de fevereiro, para o novo curso de qualificação “Português Específico para Concursos”. Serão 35 vagas e as aulas serão ministradas no período de 25 de fevereiro a 15 de março de 2013, das 19 às 20h40. O curso será ministrado pela professora Haidêe de Andrade, com a coordenação pedagógica da professora Lúcia Regina Diniz Ferreira. Tem como objetivo a capacitação na disciplina

Valorizar o professor é segredo das melhores escolas públicas brasileiras,


Valorizar o professor é segredo das melhores escolas públicas brasileiras, diz estudo

23 de janeiro de 2013
Seis escolas brasileiras participaram da pesquisa “Excelência e equidade: As lições das escolas brasileiras que oferecem educação de qualidade a alunos de baixo nível socioeconômico”, coordenada pela Fundação Lemann e pelo banco Itaú. A intenção era descobrir como cada uma delas conseguiu fazer com que seus alunos atingissem um nível de aprendizado considerado adequado. A pesquisa uniu escolas públicas do Tocantins, Rio de Janeiro, Goiás, Ceará e Paraná.
O estudo revelou que a valorização dos professores é a principal prática positiva e reflete diretamente na qualidade da Educação. Outras práticas eficazes são a elaboração e execução de planos de metas, o acompanhamento contínuo do trabalho do professor e do rendimento do aluno, além do reforço escolar.
Segundo o coordenador de projetos da Fundação Lemann, Ernesto Martins Faria, as práticas dessas escolas não são desconhecidas, mas saber como elas conseguiram implantá-las é importante. As escolas foram selecionadas a partir de um grupo de 215 instituições, da rede pública de ensino fundamental 1 (com turmas do primeiro ao quinto ano), que passaram por diversos filtros.
O primeiro filtro foi a escolha de escolas com alunos do mais baixo nível socioeconômico. As instituições foram selecionadas de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb, que deveria ser igual ou acima da meta para 2022 estipulada pelo governo (no fundamental 1, a meta é 6). Elas ainda precisavam ter participação de pelo menos 70% de seus alunos na Prova Brasil, exame do Ministério da Educação – MEC que avalia a proficiência dos estudantes em Português e Matemática.
O filtro da Prova Brasil exigiu que 70% dos alunos da turma que fizeram a prova alcançassem o nível de proficiência considerado adequado, e não mais que 5% dos alunos ficassem no nível considerado insuficiente. Os pesquisadores avaliaram também a evolução dos resultados da escola em todas as edições do Ideb e selecionaram aquelas que tiveram desempenho consistente.
Satisfação dos professores
Dentro do seleto grupo de escolas, a pesquisa revelou que, mesmo nas instituições consideradas casos de sucesso, os professores estavam insatisfeitos com os planos de carreira e os níveis salariais. Outros fatores que dificultam o desempenho da turma, como a defasagem no aprendizado que os alunos trazem de séries anteriores, também foram encontrados nas visitas.
No caso da valorização dos professores, as estratégias encontradas nas escolas incluem dar destaque aos profissionais que estão se saindo bem. Um exemplo mapeado foi o convite para que o professor ministrasse uma palestra de formação continuada aos colegas.
Outro ponto importante analisado pela pesquisa é que, para implantar metas, é necessário um cuidado especial. A implantação é realizada de forma eficaz quando os gestores conseguem fazer com que os professores não sintam que a meta é um mecanismo de punição para quem ficar abaixo e, sim, uma maneira de valorizar o que está sendo feito de bom. “Se não conseguir passar essa mensagem para o professor, você não vai conseguir implementar a meta direito”, explicou Faria.
Com informações do portal G1. 
Fonte: http://www.blogeducacao.org.br/valorizar-o-professor-e-segredo-das-melhores-escolas-publicas-brasileiras-diz-estudo/

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Terceiro Setor

 O   T E R C E I R O   S ET O R

A terminologia terceiro setor é relativamente nova, surgiu no Brasil há aproximadamente três décadas e é utilizada para definir um setor que se situa entre o público e o privado.
O setor público é o governo, representando o uso de bens públicos para fins públicos. O segundo setor refere-se ao mercado e é ocupado pelas empresas privadas com fins lucrativos.
O terceiro é formado por organizações privadas, sem fins lucrativos, desempenhando ações de caráter público.
Geralmente o termo terceiro setor é utilizado para identificar que o espaço dessas organizações na vida econômica não se confunde nem com o Estado nem com o mercado, trata-se de um setor que identifica-se com uma terceira forma de redistribuição de riqueza, diferente da do Estado e da do mercado.
A redistribuição conduzida pelo Estado é feita através do monopólio do poder de coerção, da existência de um modelo institucional e da normatização jurídica. O Estado objetiva a redistribuição da produção da sociedade a todos os seus membros e tenta sanar as desigualdades produzidas pelo mercado. A realocação do Estado é movida pela lógica de justiça social.
A redistribuição conduzida pelo mercado, diferente da redistribuição pela via política, necessita de que todos os indivíduos sejam livres para que haja possibilidade de se estabelecer contatos, os quais sempre são feitos baseados em alguma noção de utilidade (Colozzi, 1985). A redistribuição de mercado coordena a organização da sociedade capitalista. O mercado move-se pela lógica do aumento da riqueza.
O terceiro setor é uma mistura de princípios públicos e privados e, portanto constitui um outro mecanismo redistribuidor de riqueza. As ações do terceiro setor partem da sociedade civil e obedecem à lógica do altruísmo, da filantropia, da reciprocidade, dos costumes e tradições, das concepções morais e religiosas etc.
FERNANDES (1994) considera o terceiro setor como uma das possibilidades lógicas do universo de quatro combinações possíveis da conjunção público e privado:
AGENTES

FINS

SETOR
Privados
PARA
Privados
IGUAL A:
Mercado
Públicos
Públicos
Estado
Privados
Públicos
Terceiro Setor
Públicos
Privados
(corrupção)

O terceiro setor agrega organizações como, Fundações, Associações, institutos, entidades que atuam atendendo demandas sociais, que o Estado em crise de legitimidade e incapacidade de financiar não consegue atender, utilizando recursos privados ou parcerias com o próprio Estado.
A partir dos anos noventa em nosso país, com o advento de conceitos como responsabilidade social das empresas e um fortalecimento de um senso de cidadania, o terceiro setor experimenta uma grande expansão. Para compreendermos melhor essa trajetória, vamos recorrer ao texto A Sociedade Civil e o Terceiro Setor, de Tanya Linda Rothgiesser - 29/07/2002, que classifica esse processo em seis etapas:
1ª fase - Império até a Iª República: Data de 1543, a primeira entidade do país criada para atender desamparados, a Irmandade da Misericórdia, instalada na Capitania de São Vicente. O Brasil era constitucionalmente vinculado à Igreja Católica e a utilização dos recursos, principalmente o privado, passava por seu crivo. Era a época das Ordens Terceiras, das Santas Casas, das Benemerências atuando, principalmente, nas áreas de saúde e previdência. A rigor, o que o Estado não provia, os líderes das principais comunidades portuguesas e espanholas de imigrantes proviam. Com esmolas se constituíam pequenos dotes para órfãos e se compravam caixões para os pobres. Beneditinos, franciscanos e carmelitas, assim como a Santa Casa, foram exemplos expressivos da ação social das ordens religiosas predominantes. Vinculam-se às ações sociais desenvolvidas, à época, expressões tais como mutualismo, benemerência e outras ainda hoje utilizadas, tais como, assistencialismo, caridade etc.
2ª fase - Revolução de 1930 até 1960: O país entrou na urbanização e na industrialização que passaram a moldar a nova atuação da elite econômica. O Estado ficou mais poderoso, único portador do interesse público. No Estado Novo, com o presidente Getúlio Vargas, editou-se, em 1935, a primeira lei brasileira que regulamentava as regras para a declaração de Utilidade Pública Federal: dizia seu artigo-primeiro que as sociedades civis, as associações e as fundações constituídas no país deveriam ter o fim exclusivo de servir desinteressadamente à coletividade. Em 1938, formalizou-se a relação do Estado com a assistência social com a criação do Conselho Nacional do Serviço Social. Paralelamente à atuação do Estado, surgiram ações filantrópicas a partir de senhoras de famílias economicamente privilegiadas; e os grandes mecenas, oriundos das principais cidades e líderes de indústrias, como os Matarazzo, Chateaubriand, entre outros.
Os termos filantropia e mecenato cunham-se nesta fase, marcadamente.
3ª fase - A partir de 1960 até a década de 70: o fortalecimento da sociedade civil se deu, paradoxalmente, no bojo à resistência à ditadura militar. No momento em que o regime autoritário bloqueava a participação popular na esfera pública, microiniciativas na base da sociedade foram inventando novos espaços de liberdade e reivindicação. Inscrevem-se, neste momento, os movimentos comunitários de apoio e ajuda mútua, voltados à defesa de direitos e à luta pela democracia. Marca-se, neste contexto, o encontro da solidariedade com a cidadania, representadas em ações de organizações não-governamentais (ONGs) de caráter leigo, engajadas em uma dupla proposta: combater a pobreza e combater o governo militar ditatorial.

4ª fase - a partir dos anos 70: Multiplicam-se as ONGs com o fortalecimento da sociedade civil - embrião do Terceiro Setor - em oposição ao Estado autoritário. O Brasil dava início à transição de uma ditadura militar para um regime democrático. Com uma "distensão lenta, segura e gradual" (como os militares costumavam caracterizar esse processo), a sociedade brasileira começou a exercer seus direitos constitucionais, suspensos até então. Com o avanço da redemocratização e as eleições diretas para todos o níveis de governo, as organizações de cidadãos assumem um relacionamento mais complexo com o Estado. Reivindicação e conflito passam a coexistir com diálogo e colaboração.
5ª fase - os anos 90: Surge um novo padrão de relacionamento entre os três setores da sociedade. O Estado começa a reconhecer que as ONGs acumularam um capital de recursos, experiências e conhecimentos, sob formas inovadoras de enfrentamento das questões sociais, que as qualificam como parceiros e interlocutores das políticas governamentais.
O mercado, antes distanciado, passa a ver nas organizações sem fins lucrativos, canais para concretizar o investimento do setor privado empresarial nas áreas social, ambiental e cultural. O termo cidadania já presentifica-se no discurso do empresariado brasileiro, no início desta década. Paralelamente, o sentimento vigente era que o Estado, sozinho, não conseguiria dar conta de todas as suas obrigações na área social. Significativo nessa fase, a Câmara Americana de Comércio (American Chamber of Commerce), com apoio da Fundação Ford e da Fundação W.K. Kellogg promove um prêmio (ECO), reuniões e conferências sobre filantropia em São Paulo, o que resulta na criação de um comitê de empresas brasileiras e fundações corporativas. Incluía-se no grupo fundações como Bradesco, Odebrecht, Roberto Marinho; organizações como o Instituto Itaú Cultural; e empresas do porte da Xerox e Alcoa. O grupo formaliza-se em 1995, formando o GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas. Em 1998, também em São Paulo, 11 empresas se associam e surge o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. Expressão que até então não existia - responsabilidade social - vem marcar o início de uma intervenção social empresarial alicerçada em um Código de Ética definidor de parâmetros de conduta das empresas com seus públicos (stakeholderes). Busca-se diferenciar, marcadamente, ações "de negócio" de uma agenda voltada a investimentos sociais privados, de cunho ético e em benefício da sociedade.
Marcam-se, portanto, nesse período, as palavras parceria, cidadania corporativa, responsabilidade social, investimento social privado. Formas de expressão deste novo movimento de encontro dos três setores da economia brasileira.
Amplia-se, fortemente, o conceito de Terceiro Setor: para além do círculo das ONGs, valorizam-se outros atores sociais como as fundações e institutos (os braços sociais das empresas), as associações beneficentes e recreativas, também as iniciativas assistenciais das igrejas e o trabalho voluntário de maneira geral.
A ampliação das áreas de convergência não implicando no apagamento das diferenças entre os setores. Ao contrário, por serem diferentes, canalizando recursos e competências específicas e complementares.
Cria-se, no governo de Fernando Henrique Cardoso, o Programa Comunidade Solidária com o propósito de articular trabalhos sociais em vários ministérios. E, em 1998, é regulamentada a Lei do Voluntariado.
6ª fase - século XXI: A ONU-Organização das Nações Unidas decreta 2001 como o "Ano Internacional do Voluntário". Acontecem, no Brasil, o I° e II° Fórum Social Mundial, implementadores de idéias alternativas de ação econômica e social. Promove-se o desenvolvimento social a partir do incentivo a projetos auto-sustentáveis - em oposição às tradicionais práticas de caráter assistencialista geradoras de dependência - e em propostas de superação de padrões injustos de desigualdade social e econômica.
Questionam-se, na sociedade civil, formatos pré-conceituosos baseados em padrões de comportamento e pensamento julgados "adequados" aos sujeitos-cidadãos. Abrem-se novas perspectivas à aceitação da diversidade de comportamentos humanos, de respeito à singularidade cultural e à autodeterminação econômica dos povos. Implementam-se políticas de proteção aos bens da humanidade, incluídas todas as formas de vida e sua preservação.
Em pequenos gestos cotidianos, tanto quanto, na busca de práticas sociais solidárias, através de redes por todo o planeta, consolida-se uma proposta.
É a Ética e a Solidariedade!
O terceiro setor tem no momento atual da sociedade, duas realidades que devem ser consideradas no seu desempenho:
1. a realidade de sanar as questões sociais não resolvidas pelo Estado do Bem Estar Social (Welfaire State) e as demandas sociais que o segundo setor abdicou nas suas tradicionais limitações. Essa realidade envolve a filantropia empresarial, os financiamentos de agências nacionais e estrangeiras, as redes de empresas que investem na gestão de conhecimento e metodologias para reverter às carências (o subemprego, o desemprego e o mau desenvolvimento econômico da sociedade).
2. A realidade do comprometimento e da missão de privilegiar o ser humano e as relações, exigem uma nova forma de gestão nas organizações sociais, ou seja: a gestão participativa, pois são organizações que não tem donos/acionistas e não visam ao lucro.
O terceiro setor reavivou espaços na sociedade e começa a mostrar a sua importância na relação que visa a integração com o primeiro e segundo setores (são as ações sociais integradas às ações públicas e às ações privadas), no diálogo de políticas sociais necessárias, no treinamento eficaz de gestores sociais e na multiplicação de facilitadores de equipes.

Existe um intercâmbio do terceiro setor com o Estado, pois o mesmo necessita da representação política que a autoridade legal pode lhe fornecer e, inclusive porque as ONGs são financiadas, também pelos órgãos do governo. De outro lado, o terceiro setor, também necessita do mercado, pois a propriedade privada é o marco de autonomia da sociedade diante do Estado e, portanto de responsabilidade social.
A colaboração entre esses setores por meio de ações em parceria estabelece um novo espaço de pensar e agir às questões sociais. A parceria está representando a soma de esforços com o intuito de se alcançar interesses que sejam comuns. É o espaço do exercício da democracia que valoriza a co-responsabilidade dos cidadãos nos diferentes setores dos quais eles participam. Essa responsabilidade implica na alternativa de compor projetos capazes de enfrentar fatores tais como: a exclusão social, na destruição do meio ambiente, na explosão populacional, no crescimento do narcotráfico, das doenças, da pobreza, da falta de capacitação, do desemprego e permitir mobilizar recursos, meios, instrumentos e pessoas com capacidade e segurança de implementar trabalhos de interesse da humanidade.
Para atingir os seus objetivos, o terceiro setor deve imprimir uma crescente aprendizagem da sociedade como um todo no que se refere à sua área de atuação e para tanto deve enfrentar e responder alguns desafios fundamentais para o seu fortalecimento, tais como:
1. Produzir cursos e disseminar informações sobre o que é o terceiro setor e como agir profissionalmente no mesmo;
2. Elaborar projetos e programas para a administração das Organizações sociais que, contenham qualidade na sua gestão;
3. Captar recursos para que ocorra a sustentabilidade das Organizações sociais;
4. Criar campanhas de esclarecimento e envolvimento público para gerar uma maior participação voluntária dos cidadãos às questões sociais.

O cenário das Organizações sociais nos dias atuais é investir na qualificação e no desenvolvimento das suas próprias informações. Ao mesmo tempo, que exige um contínuo aprendizado, ocorre a mobilização de novos instrumentos que, quando operacionalizados, geram uma verdadeira revolução cultural.

No Brasil o terceiro setor possui aproximadamente 12 milhões de pessoas, entre gestores, voluntários, doadores e beneficiados de entidades beneficentes, além dos 45 milhões de jovens que vêem como sua missão ajudar o terceiro setor.

Uma pesquisa feita pela Kanitz & Associados revelou alguns números das 400 maiores entidades do Brasil no ano de 2000. Segundo esta pesquisa, o dispêndio social das 400 maiores entidades foi de R$ 1.971.000,00. Ao todo, elas possuem 86.894 funcionários, 400.933 voluntários.