sábado, 19 de julho de 2014

SP oferece curso para uso de tecnologia para educadores

Oficinas Virtuais Currículo Mais recebem inscrições até 30 de julho; formação inclui videoaulas e discussões on-line
Professores da rede estadual de São Paulo, preparem-se. A Secretaria de Educação vai oferecer, entre agosto e setembro, um curso para ajudá-los a usar novas tecnologias em sala de aula. Chamada Oficinas Virtuais Currículo Mais, a formação é gratuita, virtual e tem como objetivo capacitar os educadores do estado, incluindo professores, coordenadores e diretores, a usar a plataforma Currículo Mais. As inscrições começam hoje (18) e vão até o dia 30 de julho.
Lançado na última semana de junho, o Currículo Mais traz sugestões de mais de 1.800 objetos digitais de aprendizagem – nome genérico que abarca games, vídeos, mapas, infográficos e outros – que podem ser usados em sala de aula. Cada um desses recursos foi categorizado por professores da própria rede segundo disciplinas, temas curriculares, ciclo do aprendizado e série. A plataforma foi construída para ter correlação com o currículo do estado de São Paulo, mas é aberta, de forma que qualquer educador pode pesquisar recursos digitais nela.
apops / Fotolia.comSão Paulo oferece curso para uso de tecnologia a 250 mil educador
É para ajudar a usar essa ferramenta das melhores maneiras possíveis e integrá-las ao currículo obrigatório que as Oficinas Virtuais vão ocorrer. Elas estão divididas em três módulos: fundamentação e inspiração; introdução ao Currículo Mais; e dicas de como implementar. Os conteúdos estarão disponíveis entre 11 de agosto e 25 de setembro, mas cada educador pode acessá-los em seu tempo, desde que entregue o projeto final até 25 de setembro. As oficinas serão compostas de videoaulas e uma comunidade virtual de aprendizagem, um espaço em que os participantes poderão trocar experiências.
De acordo com Olavo Nogueira, coordenador do programa Novas Tecnologias, Novas Possibilidades, ao qual as oficinas estão ligadas, o momento para falar da importância das tecnologias em sala de aula é muito propício. “O vento é muito favorável. Há 10 anos, teríamos muita resistência. Hoje é muito claro o interesse a mobilização da nossa rede porque é uma demanda existente. Os alunos já estão conectados. Não temos mais uma questão de se devemos fazer, mas como devemos fazer”, afirmou.
A participação na formação é voluntária e restrita aos profissionais na rede de São Paulo. “Os professores vão poder se inspirar e se instrumentalizar para implantar o Currículo Mais em suas práticas. Vão conseguir tornar os processos de ensino e aprendizagem mais dinâmicos, contextualizados e significativos”, completou Nogueira.
Saiba mais sobre o Currículo Mais no vídeo abaixo:
 Fonte: http://porvir.org/porfazer/sp-oferece-curso-para-uso-de-tecnologia-250-mil-educadores/20140718

sexta-feira, 18 de julho de 2014

IFET Sudeste - Marco Civil da Internet é tema de evento no Câmpus Rio Pomba

Você sabia que um provedor de internet não pode mais ser condenado por conteúdo ofensivo postado por seu usuário? E que ele é obrigado a guardar as informações sobre a navegação de um computador por até um ano? Essas e outras questões serão explicadas durante o evento sobre o Marco Civil da Internet, a Constituição brasileira da rede mundial. Profissionais e estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG) vão tirar dúvidas de quem lida diariamente com o mundo virtual. As palestras, organizadas em parceria entre Diretoria de Ensino e Departamento Acadêmico de Ciência da Computação, vão ocorrer no dia 13 de agosto, a partir das 13h, no Salão Nobre.
A coordenadora de Projetos de Pesquisa e Convênios e chefe da Seção de Propriedade Intelectual do Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (Nittec) do IF Sudeste MG, Maria Luiza Firmiano Teixeira, será uma das palestrantes. Ela falará sobre a proteção da informação, explicando as novas regras que fazem com que os provedores tenham responsabilidade de guarda dos registros de navegação e como isto poderá ser usado durante investigação judicial. “Muitas pessoas acham que a internet é um ambiente em que não há regras. Vamos mostrar que não é bem assim agora. Um dos pontos que será explorado é sobre aproveitamento de banco de dados”. Maria Luiza afirma, porém, que não se restringirá à questão técnica. Com exemplos, ela pretende mostrar a aplicação prática da norma.
O evento ainda conta com a participação do estagiário do Nittec de Rio Pomba, Bernardo Silveira Martins, e da estudante do curso de Ciência da Computação, Tamillys Pantuza. “Esta é uma boa oportunidade para os alunos da área de informática ficarem a par de algo que fará parte de seu cotidiano profissional. Já para as pessoas de outras áreas, é uma forma de apresentarmos e discutirmos a legislação nacional”, reforça Maria Luiza.


quinta-feira, 17 de julho de 2014

Fablab Imagenation (Brasil)


Fablab: "Espaços de experimentação que permitem aos usuários criar seus protótipos de um jeito rápido e barato, o que muda não só os processos de produção, mas traz também novas e ricas oportunidades de aprendizado. e Paulo Blikstein, professor de Stanford e criador do projeto Fablab@School, implanta laboratórios de fabricação digital, equipados com impressoras 3D, cortadoras a laser e dispositivos de robótica."




Imagenation


Plataforma Virtual 3D mundo para aprender o Invisível 
Imagine uma tecnologia que permite que os professores trabalham com os alunos sobre as duas situações: em um ambiente onde os objetos e conceitos de um determinado assunto são apresentados aos alunos, permitindo-lhes navegar e explorar; por outro lado, um ambiente onde os alunos podem construir objetos e situações que visam um desafio apresentado pelo professor. Esta tecnologia existe e não está fora de alcance.
O projeto chamado aqui Imagenation é a idéia de usar a plataforma para servir OpenSimulator ambientes construídos em realidade virtual, que pode ser aplicado em atividades de ensino / aprendizagem, como:
  • Apresentação e exploração de objetos e situações;
  • Modelagem (prédio) de macro / micro sistemas;
  • Simulação de "caixas de areia", onde os alunos podem construir soluções para os desafios de aprendizagem STEM.
Para demonstrar a idéia, um ambiente que simula a transmissão do sinal de TV sistema foi construído com OpenSim. Este protótipo permite analisar as questões de simulação relacionados à persistência de objetos de modelagem, ambiente de isolamento, integração de regiões, a escalabilidade do sistema e reutilização ambiente. O projeto Imagenation é uma tentativa de fazer cenários de aprendizagem em 3D simulado acessíveis através da tecnologia de código aberto do mundo virtual 3D (3DVW). É também uma intenção do projeto para contribuir na comunidade de desenvolvedores 3DVW. Um passo em frente no projeto é implantar a plataforma OpenSim em laboratórios de informática de escolas K-12, e ajudar os professores a elaborar ambientes de aprendizagem STEM onde os alunos podem explorar e / ou construir. 

Apresentado por  Fabio Carmo .

Imagenation
Fonte: http://fablearn.stanford.edu/2013/demos/imagenation/
Tradução by Google.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Fablab. O que é isso?



‘Em 5 ou 10 anos, toda sala de aula será um fablab’




Paulo Blikstein, professor de Stanford e criador do Fablab@School, acredita que laboratórios têm tudo para se tornarem comuns.

Quem acompanha revistas de inovação já deve ter percebido. O Movimento Maker, ou o Movimento do Faça Você Mesmo, está em todos os lugares: em universidades, entre empreendedores e até em escolas. São espaços de experimentação que permitem aos usuários criar seus protótipos de um jeito rápido e barato, o que muda não só os processos de produção, mas traz também novas e ricas oportunidades de aprendizado.
Paulo Blikstein, professor de Stanford e criador do projeto Fablab@School, implanta laboratórios de fabricação digital, equipados com impressoras 3D, cortadoras a laser e dispositivos de robótica, e avalia o impacto que esses espaços promovem na educação. Em entrevista ao Porvir, ele lembra como foi o início do movimento e diz acreditar que esses espaços tendem a ser cada vez mais comuns. Confira, a seguir, os destaques da entrevista.
crédito Tomas Kulan / Fotolia.com
 
Como começaram os fablabs e o Maker Movement?Os fablabs surgiram muito antes do Maker Movement, em 1999, 2000, com um professor do MIT chamado Neil Gershenfeld. Foi no tempo que eu estava no MIT. Tive aula com ele e vi esse movimento nascendo. Muito antes do Maker Movement teve esse movimento dos fablabs. Mas muito antes dos fablabs, o que realmente começou tudo isso foi, no Media Lab, o trabalho doSeymour Papert e do Mitch Resnick. Eles inventaram as primeiras plataformas de robótica educativa, que depois viraram o Lego Mindstorm. Foi lá realmente que esse movimento começou na educação, em 1996, 97, 98.
Depois teve o momento dos fablabs nos anos 2000. Mas, nessa época, eles não eram ligados com crianças. Eles eram para universidades, empreendedores. A ideia era criar laboratórios de invenção mais destinados a adultos, alunos de engenharia. Daí, em 2005, foi criada uma revista chamada Make e logo em 2006 um evento chamado Maker Faire, uma feira de ciências que começou aqui na Califórnia para a qual vinham crianças e adultos do país todo mostrar projetos de ciência, de engenharia, umas invenções malucas. Essa Maker Faire começou a crescer muito e a revista também. Daí o nome do movimento, que ganhou uma força nova com essa revista e com a feira.
A terceira parte disso é um projeto que eu comecei em 2008, que se chamaFablab@school, que foi o primeiro projeto que levou os fablabs para dentro da escola. Fizemos um em Moscou, depois nos EUA, depois na Tailândia e agora estamos fazendo no México e na Dinamarca.
Que tipo de equipamento é preciso para abrir um fablab?Temos que ver as condições particulares de cada escola. Nem todas têm dinheiro para comprar tudo. Normalmente o fablab tem uma cortadora a laser, uma impressora 3D e equipamentos de robótica. É o mínimo. Mas muitas vezes as escolas não podem comprar tudo de uma vez, então recomendamos várias etapas.
O fablab é viável em grande escala?Totalmente. Anos atrás, tinha gente que perguntava: “é viável as escolas terem laboratório de informática?”. Diziam que não era, que era muito caro, perguntavam o que as escolas iam fazer um laboratório de informática. Hoje em dia, todas as escolas públicas ou privadas têm um laboratório de informática. Essa ideia de que é uma coisa muito cara é relativo. Uma impressora 3D hoje custa US$ 1.500, que é o preço de um laptop. Algumas cortadoras a laser custam US$ 5.000, que é o preço de dois ou três computadores. Do ponto de vista econômico, é totalmente viável. A parte difícil é treinar as pessoas para usar esses laboratórios, que não são proibitivamente caros.
Em escolas públicas, onde é mais difícil despertar o interesse da criança, o fato de você ter oportunidades assim, com robótica, provoca um impacto muito maior [na aprendizagem dos alunos] do que nas escolas de elite. Foi o que observamos fazendo oficinas durante anos em escolas do mundo todo – Brasil, México, Costa Rica. O que a criança precisa é uma porta de entrada alternativa àquela que é oferecida normalmente pela escola, que é sentar numa sala de aula e ficar ouvindo o professor. Se você oferece isso, dando a oportunidade de criar projetos, robôs e dispositivos, você traz a criança para a escola. Depois ela até vai assistir aula de um jeito diferente. Mas ela já está dentro, já está interessada em ficar na escola, já está interessada em fazer o projeto dela melhor, ela vê um sentido naquilo.
Vimos isso, por exemplo, na periferia de São Paulo quando fizemos dois ou três anos de oficina nos lugares mais distantes. Fizemos também em Manaus, no Rio Grande do Sul, no Mato Grosso. Para a criança que não se interessava pela escola, que era tida como criança-problema, que nunca aprendia nada, quando lhe era dada a oportunidade de fazer uma coisa diferente e valorizada pela escola, essa experiência era revolucionária em sua vida.
Para crianças de escola pública, a única chance de acesso a esse tipo de espaço é ele estar dentro da escola. Por isso que, quando eu comecei o projeto, em 2008, as pessoas me perguntavam por que ele não poderia estar dentro da universidade para as crianças irem lá uma vez por mês ou passar o sábado. Eu dizia que não, que isso tinha que ser parte do dia a dia dos alunos, como uma biblioteca, para ter um impacto real.
Gary Stager, um dos maiores especialistas e defensores da programação, da robótica e do aprender fazendo em salas de aula vai até mais além. Ele diz que o fablab tem que estar na mochila do aluno e o espaço de criação tem que ser toda a sala de aula. Isso é só uma provocação ou dá para ser assim?
Dá sim, no sentido de que você não precisa ter esses laboratórios separados da sala de aula. Toda sala de aula pode ter equipamentos e isso pode estar integrado em todas as aulas. Você pode imaginar que, daqui a dois ou três anos, talvez você compre uma impressora 3D e uma cortadora a laser com o preço de comprar dois ou três computadores. Daqui a cinco, dez anos, toda sala de aula pode ser um fablab. Então você dá a aula de ciências metade na lousa e metade é hands-on. Você faz coisas com esses equipamentos na aula de química, na aula de história.
Além disso, muitos desses equipamentos estão se miniaturizando. Você tem uma caneta que escreve em 3D, impressoras 3D muito pequenas, um monte de coisa de robótica que cabe numa mochila. Mesmo quando trabalhamos nas escolas, fazemos projetos de a criança criar seu próprio microscópio. Ela faz na impressora 3D e carrega o microscópio na mochila. Onde ela vai, ela pode ver o que está acontecendo no mundo microscópico. Uma das razões do fracasso do laboratório de informática nas escolas é que ele virou uma coisa que as turmas iam uma vez por semana passar 45 minutos, mas isso não tinha nenhum efeito. Precisava de mais tempo e intensidade. Então o jeito é ter laboratórios e, com o tempo, começar a trazer isso para a sala de aula e para a mochila do aluno.
Quando a gente criou aquela placa de robótica, a GogoBoard, uma das ideias era que a criança fosse ao laboratório, começasse o projeto lá e fosse para casa terminar. Como a placa era muito barata, não precisava trancar no armário da escola.
Você tem a impressão de que esse ambiente de invenção está sendo valorizado? Ou é uma militância para que as pessoas entendam que é importante?
Está aumentando. Mas aí tem dois pontos. Primeiro, existem coisas que têm um boom e as pessoas acabam se decepcionando. Isso acontece porque não se faz pesquisa para mostrar os resultados. Muitas vezes, aparecem coisas novas na educação, como os tablets, fablabs ou o que seja. As pessoas ficam muito excitadas, montam laboratórios, compram um monte de tablets e ninguém se lembra de avaliar se ele realmente está funcionando em sala de aula. O que acontece é que, dois ou três anos depois, vem um repórter na escola e pergunta o que aconteceu com os tablets. O diretor abre uma sala, está tudo empoeirado, não tem nenhum estudo falando que o negócio funcionou, metade está quebrada. Aí sai no jornal que os tablets não funcionam, ou que os fablabs não funcionam. Daí nenhum político vai colocar mais dinheiro naquilo.
Todo movimento de inovação em educação tem uma fase de lua de mel, que todo mundo quer fazer. É exatamente aí que está o Maker Movement. Todo mundo quer fazer um fablab. Mas isso pode também desaparecer daqui a dois anos, se a gente não mostrar os resultados. Por isso, meu foco como pesquisador é mostrar os resultados disso.
[No Fablearn de 2013] a Leah Buechley contou que olhou todas as capas de revistas da Make e 90% delas eram meninos, crianças do sexo masculino, brancas, loiras e só 10% eram meninas. Não tinha nenhum negro, latino, nenhuma minoria. Ela fez uma análise e viu que o Maker Movement é uma coisa extremamente antidemocrática nesse sentido, se você olhar quem participa dele no momento nos EUA. O keynote dela foi uma chamada para as pessoas prestarem atenção nisso.
E como mudar isso?
Temos que valorizar outro tipo de making. A Leah mostrou que making não é só fazer robô e carro. Isso é um tipo de making, mas existem outros. Ela apresentou peças de cerâmica de comunidades indígenas dos EUA que são super sofisticadas tecnicamente para fabricar e que estão totalmente ausentes do Movimento Maker. Ela mostrou uma fantasia de carnaval incrível de Trinidad e Tobago. Essas peças são obras de engenharia incríveis. Elas pesam 200kg, 300 kg, têm dez metros de altura e uma pessoa carrega sozinha. Isso não deveria estar fora do movimento.
Fonte: http://porvir.org/porpensar/em-5-ou-10-anos-toda-sala-de-aula-sera-um-fablab/20131119

terça-feira, 15 de julho de 2014

Aulas on-line financiam universitários na Turquia

Plataforma Inekle.com possibilita ensino individualizado, sem fins lucrativos, causando impacto social

Por meio de uma plataforma de aulas particulares, uma organização não-governamental turca encontrou uma maneira de ajudar alunos do ensino fundamental e médio que necessitam de tutoria individual e, ao mesmo, financiar a formação de estudantes universitários. A inekle.com oferece aulas individuais on-line de até 20 minutos, que custam US$ 0,11 por minuto (US$ 6 a hora). Os professores dessas classes são estudantes que recebem bolsas para pagar seus cursos universitários em troca.
Segundo o criador da plataforma e diretor da fundação sem fins-lucrativos que a mantém, a Birebir Eğitim Vakfı ou One-to-One Education Foundation, o objetivo central do projeto é prover aulas boas e baratas e também oferecer oportunidade de trabalho autônomo a estudantes universitários.
“Dessa forma, incentivamos estudantes universitários a fazer parte do projeto como professores no lugar de simplesmente oferecer bolsas de estudos para eles”, disse Tarik Yildirim, em entrevista ao Porvir.
crédito Rafael Ben-Ari / Fotolia.comAulas on-line financiam universitários na Turquia

Além do serviço pago, a One-to-One Education também estabelece parcerias com outras fundações para financiar minutos de aula livres para escolas e alunos de baixa renda. “A Ineke.com não considera os alunos enquanto consumidores, mas o centro do processo”, garantiu Yildirim. Segundo ele, a iniciativa é inovadora, por que usa tecnologias simples para causar impacto social.
Os professores da plataforma são selecionados nas melhores universidades da Turquia. Para serem admitidos, precisam responder extensas fichas e tem suas habilidades, personalidade e grau de comprometimento investigados. Depois, em entrevista presencial, devem demonstrar seriedade e se comprometem a cumprir as aulas nas horas combinadas. Cada aprovado ganha um tablet como ferramenta de trabalho.
Além disso, segundo Yildirim, o sistema de avaliação ao final de cada seção contribui para completar o ciclo que garante a qualidade das tutorias oferecidas. Sob anonimato, alunos podem emitir comentários livremente. “Isso garante que todos saiam ganhando; sofistica o nível do ensino e acaba filtrando a qualidade dos professores”, explicou o fundador da plataforma.
Embora não possam medir com exatidão a presença dos alunos, devido à política de anonimato, pelas atividades registradas na plataforma, estima-se que 150 aulas sejam ministradas por dia. 60% da demanda vem de alunos do ensino fundamental e 40% do ensino médio.
Originalmente, o site oferecia apenas aulas de ciências exatas, como matemática, física e geometria, mas posteriormente surgiu interesse por conteúdos como história, geografia, literatura e inglês.
Reforço
Segundo a avaliação de Tarik Yildirim, mecanismos como a Inekle.com não substituem o ensino tradicional, mas podem ajudar a preencher lacunas. Além disso, ele diz que a plataforma “não é para qualquer pessoa, os alunos típicos”. “Nosso site costuma atrair os peculiares, ou ‘nerds’”. Geralmente, nos procuram os alunos automotivados, afinal, não há o que os prenda ali. Quem não consegue ter foco não se adapta.”  Não por acaso, o nome do site em turco – Inekle – significa vaca, animal que naquele país é um símbolo representativo de quem é obsessivo por aprender.
Mesmo assim, há espaço no site para que os pais participem do progresso dos filhos e acompanhem o desenvolvimento das aulas, e estatísticas do tempo dedicado aos estudos.
Fonte: http://porvir.org/porfazer/aulas-on-line-financiam-universitarios-na-turquia/20140702

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Prêmio reconhece inovações na rede pública de ensino

Prêmio Professores do Brasil premiará o trabalho de educadores da rede pública de todo o país com até R$ 11.000
Com o objetivo de valorizar experiências pedagógicas inovadoras e dar visibilidade ao trabalho de professores da rede pública de todo o país oPrêmio Professores do Brasil chega a sua 8a edição. Realizado pelo Ministério da Educação, com o apoio de instituições parceiras, a iniciativa pretende contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica. As inscrições estão abertas até 15 de setembro.
Professores de todos os níveis da educação básica podem concorrer ao prêmio. Para participar, eles devem apresentar uma prática pedagógica bem sucedida, em andamento ou já concluída, que tenha sido realizada com seus alunos. O relato deve responder uma série de questões sobre o trabalho desenvolvido. Isso inclui a forma de organização, a participação dos alunos e as etapas de avaliação.
Hanging / Fotolia.com

A premiação é dividida em duas categorias. Na primeira, os professores podem concorrer em temas livres, divididos entre educação infantil, ensino fundamental 1, ensino fundamental 2 e ensino médio. Já na categoria temas específicos, eles devem apresentar projetos de educação integral, ciências, alfabetização e educação digital articulada ao desenvolvimento do currículo. Nessa segunda categoria, as ações devem estar articuladas às políticas ou aos programas do Ministério da Educação.
No total, serão escolhidos 40 professores, cinco em cada uma das oito categorias.  Eles serão avaliados por uma comissão julgadora nacional que irá levar em conta aspectos como a clareza e objetividade da experiência, consistência pedagógica e atendimento aos objetivos do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação). Para cada um dos vencedores, será entregue um prêmio no valor de R$ 6.000, além de troféu e certificados expedidos pelas instituições parceiras do prêmio. Os primeiros colocados de cada categoria também irão receber um adicional de R$ 5.000.
Para se inscrever, os professores devem acessar o sitehttp://ppb.cavg.ifsul.edu.br/ e preencher um formulário de inscrição. Feito isso, os candidatos devem imprimir o conteúdo, assinar em todas as páginas e enviar o material pelo correio, junto com uma cópia da carteira de identidade e CPF do participante, declaração fornecida pela secretaria da escola na qual a experiência foi realizada e documentos que comprovem a realização do trabalho, como vídeos e fotografias.
Endereço de envio:
Prêmio Professores Do Brasil – 8ª Edição
Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia
Pronecim – Programa Núcleo de Estudos de Ciência e Matemática
CAVG – Conjunto Agrotécnico Visconde da Graça
Rua Ildefonso Simões Lopes, 2791 – Bairro Sanga Funda
CEP: 96060-290 – Pelotas – RS – Brasil
Fonte: http://porvir.org/porfazer/premio-reconhece-inovacoes-na-rede-publica-de-ensino/20140701

domingo, 13 de julho de 2014

Relatório aponta novo papel do professor como tendência

Estudo do NMC mostra as tecnologias emergentes e o que vai se ver na educação básica nos próximos 5 anos
As novas tecnologias e abordagens pedagógicas estão transformando o papel do professor em sala de aula. Cada vez mais ele passa a ser um mentor, um guia para o aprendizado dos alunos. O mais recente relatório doNMC (New Media Consortium), que traz seis tendências e seis tecnologias que devem se difundir na educação básica até 2019, aponta essa mudança na atuação docente como algo que deve acontecer entre um a dois anos a partir de agora.
A justificativa do relatório para que o professor mude sua forma de atuação em tão pouco tempo vem do crescente acesso à internet por parte dos alunos. Com mais informação à disposição, os educadores deixam de ser a primeira fonte de conhecimento e se tornam ainda mais imprescindíveis no papel de orientação e mediação. Eles passam a ter que ensinar os estudantes a aprender ao longo da vida, a relacionar conteúdos pedagógicos com o mundo real e os instiga a aprofundar suas pesquisas para além da internet.
crédito Gorilla / Fotolia.comRelatório aponta novo papel do professor como tendência
Outra tendência apontada pelo relatório que deve se tornar predominante também no período entre um e dois anos e intimamente ligada ao novo papel do professor é a adoção de abordagens pedagógicas mais profundas. Pelo documento, estarão em alta estratégias que permitam que o aluno aplique na prática o que aprendeu, conectando os conteúdos curriculares com o mundo real. Com isso, é esperado que o estudante seja mais bem preparado para a vida após a escola, que desenvolva habilidades para resolver problemas, enfrentar desafios, trabalhar colaborativamente e de comunicação.
A médio prazo, de três a cinco anos, a expectativa é que o uso de recursos educacionais abertos (REA), livres de licenças e diretos autorais, esteja mais difundido e se torne uma opção viável para escolas com recursos limitados. E também espera-se, com o crescimento dos REA e de sua qualidade, que ele se torne uma alternativa aos materiais didáticos tradicionais. Paralelamente, aparece o aumento no uso de projetos híbridos de aprendizagem, nos quais o tempo de sala de aula é usado para aprofundar conhecimentos, desenvolver projetos e realizar atividades em grupo ou individualmente, assistidas pelo professor.
Todas essas tendências, somadas ao avanço das tecnologias intuitivas, aquelas sensíveis ao toque e ao movimento, previstas para estar presentes nas salas de aula daqui a cinco anos, vão trazer a necessidade de repensar o modelo vigente de escola. Segundo o relatório, as novas práticas e recursos pedagógicos demandam um novo modelo de ambiente de aprendizagem e de divisão do tempo que facilite a interação dos alunos com seus pares, com o professor e com as tecnologias.
E por falar em tecnologias a aposta dos especialistas é que, daqui a um ano, a computação em nuvem e o BYOD Glossário compartilhado de termos de inovação em educação já estejam na rotina dos estudantes. Para um espectro de dois a três anos, a expectativa é que o learning analytics, ou a análise da aprendizagem, e os games/gamificação estejam sendo usados amplamente nas salas de aula. Em quatro ou cinco anos, o que deve chegar com força, aponta o relatório, é a internet das coisas e as tecnologias vestíveis. A previsão do NMC é que o avanço tecnológico impacte a escola e a maneira de ensinar e aprender, assim como tem impactado as outras esferas da vida tanto do professor quanto do aluno.
O NMC produz relatórios sobre tendências em diferentes etapas educação periodicamente. Para este estudo, 54 especialistas do mundo todo foram selecionados para analisar quais as tecnologias emergentes e seu potencial impacto sobre o ensino e aprendizagem na educação básica. Confira no infográfico a seguir as seis tendências e as seis tecnologias trazidas no documento.
crédito Regiany SilvaRelatório aponta novo papel do professor como tendência
Fonte: http://porvir.org/porpensar/relatorio-aponta-nov-papel-professor/20140630