sábado, 12 de setembro de 2015

UFMG analisa oferecer disciplinas semipresenciais em todos os cursos em 2016


Pró-reitoria de Graduação analisa oferecer disciplinas semipresenciais em todos os cursos a partir do ano que vem. Até 2018, 20% da grade curricular poderá ser a distância

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) caminha para a virtualização do ensino. A Pró-reitoria de Graduação analisa projeto apresentado pela Diretoria de Inovação e Metodologias de Ensino (Giz) para que sejam oferecidas disciplinas semipresenciais em todos os cursos a partir do ano que vem. Pela proposta, até 2018, 20% da grade curricular dos 76 cursos será virtual.

Com isso, o aluno aprovado para estudar na UFMG vai cursar parte da faculdade no modelo tradicional e outras disciplinas serão semipresenciais, com aulas virtuais e outras presenciais. Nas aulas pelo computador, o professor pode incluir ferramentas hoje pouco usadas, como jogos digitais, podcasts, animação, aplicativos, sem deixar de usar material impresso.

O diretor do Giz e coordenador do sistema Universidade Aberta do Brasil da UFMG, Elcídio Pimenta Arruda, afirma que o projeto garante maior flexibilidade ao aluno em relação a tempo e distância. O estudante pode escolher o horário ideal para o aprendizado. Outro ganho citado por ele é a possibilidade de ampliar o alcance da instituição com a infraestrutura atual. “É possível atender um número significativamente maior sem aumentar a infraestrutura”, afirma.

O professor ressalta ainda que isso pode facilitar o cumprimento de metas do Plano Nacional da Educação (PNE). A meta 12 prevê a elevação da taxa líquida de matrículas na educação superior para 33% da população de 18 a 24 anos com a manutenção da qualidade da oferta.

Desde 2007, a instituição disponibiliza cursos a distância. Atualmente, é possível cursar matemática, química, biologia, pedagogia e geografia. A UFMG também tem cursos de pós-graduação e de capacitação a distância. Pelas regras do Ministério da Educação, apenas disciplinas de práticas laboratoriais e de estágio não podem ser oferecidas virtualmente.

A aprovação do projeto depende do aval da Câmara de Graduação, órgão vinculado ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), formado por 16 representantes da universidade. Depois disso, os colegiados precisam aprovar cada disciplina. A Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), por exemplo, avalia a criação de uma disciplina semipresencial para o curso de história.

COMUNIDADE Outro ponto do projeto prevê a disponibilização de todo o conteúdo programático elaborado dentro da instituição para a comunidade. Desde aulas até os materiais usados em sala, podem ser colocados em um sistema para consulta de interessados. A Universidade de São Paulo (USP) já tem cinco cursos de ensino a distância gratuitos, com 60 horas de duração. Nos Estados Unidos, os cursos massivos abertos on-line (moocs) são bastante difundidos. Universidades renomadas, como Yale e Harvard, já atendem a milhões de estudantes pela internet. Além de video-aulas, o conteúdo é discutido em fóruns. E, apesar de poder parecer mais fácil para quem busca a certificação apenas, a cobrança é tão rigorosa quanto as aulas presenciais.

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/especiais/educacao/2015/06/26/internas_educacao,661973/ufmg-analisa-oferecer-disciplinas-semipresenciais-em-todos-os-cursos-e.shtml

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