terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Estratégia Digital: se você não está entendendo, provavelmente é incompreensível…

A cada dia que passa, ouvimos e lemos sobre Estratégias Digitais. A toda hora, anuncia-se um evento, para ‘explicar’ esta nova área da comunicação.
Tendo acompanhado a evolução do assunto já há bastante tempo, acabei por anotar algumas questões que considero fundamentais em todo este processo que não vejo em lugar nenhum – mas que me parecem ser importantes para se entender o que está acontecendo a partir da nossa cultura, da nossa informação e do nosso dia a dia. São elas:
 1. Calma: Se você não está entendendo é porque é incompreensível.
Não se preocupe quando você tiver aquela sensação de que não está entendendo nada. Se você não está entendendo a utilidade e o porquê do Twitter, por exemplo, é porque – simplesmente – é incompreensível.
Antes que me acusem de ludita esclareço: sei que existem usos potenciais interessantes e, em alguns negócios, usos já provados. Mas, no sentido inicial, de fato, é incompreensível: para quê ?! Portanto, partindo daí, vamos nos acertando.
A Cultura que recebemos e com a qual operamos é – em essência – linear. Desta forma, nos habituamos a pensar linearmente, a relação causa e efeito balizando nosso entendimento, por assim dizer.
Assim, se construímos uma ferramenta, sabemos de antemão para que servirá. Acontece que já há algum tempo temos descoberto e inventado ferramentas para as quais, paradoxalmente, não temos uma visão clara de para que servem !
Quando os físicos lá no começo do século passado, descobriram a essência da luz, de que era formada, os tais pacotes – ou “quanta” – também descobriram o raio lazer, resumindo muito à grosso modo. Mas só nos anos 50 foram montar um aparelho para concentrar os raios de luz (como possibilitava a teoria) e só nos anos 60 foram descobrir utilidades práticas para o lazer. E só agorinha foi ser usada no processo de leitura de CDs e DVDs.
 2. Como você estudou: não há nada de novo.
Sites, blogs, e-mails, e-newsletters, twitters, facebook, youtube e tudo o mais são apenas ferramentas de comunicação que foram inventadas um pouco antes de descobrirmos o melhor jeito de utilizá-las.
Não tem problema, é a essência destas ferramentas. Mas no fim, elas só servem para comunicar. O problema então não é saber usar. É ter e saber o que falar e para quem.
Para isto é necessário saber-se quem se é, saber definir-se com clareza e montar uma estratégia de comunicação de acordo com estes itens: quem somos, o que queremos, o que oferecemos, para quem e como. Isto vale tanto para a pessoa física, quanto para a jurídica.
Pronto, você já sabe o que é preciso para montar uma estratégia de comunicação digital.
 3. Entendendo estas novas ferramentas: olhando de pertinho.
 Você sabendo tudo o que está dito acima – não pense que é fácil, é imensamente dificultoso saber-se quem se é e definir-se com clareza – fica fácil entender as novas ferramentas.
Veja este exemplo que selecionei para que este texto fique curto e objetivo: uma das advogadas que mais admiro, grande amiga, me apresentou lá atrás um newsletter humorado, inteligente, focado, descolado, com aquele wit, sentimento que me fez fazer apaixonadamente meu curso de Direito.
Tinha até esquecido, desiludido, pensava que o espírito humano, razoável, sopesado, culto e mergulhado de legados era morto, finado – mas eis que não, aí estava um despretensioso newsletter só possível neste tempos digitais, gostoso de ler que só ele. O Direito que tanto amei (e amo), ali, inteirinho. Amor à primeira vista.
Os estudiosos explicam que este newsletter, o Migalhas (migalhas.com.br) simplesmente, só é possível porque o sistema de distribuição de conteúdo é incrivelmente barato e tem características únicas de se auto propalar. Coisas da ferramenta, ela permite isto.
 4. O Facebook
Mas voltemos a esta minha querida amiga advogada. Foi-me apresentada por uma outra amiga, esta irmã de um amigo da adolescência, com quem fiz o curso de Direito no Mackenzie. Assim, de um amigo de muito tempo atrás, fiz uma amiga nova, já na maturidade. Aconteceu por acaso, e foi uma benção, mas não precisa ser assim. Entram o sites de relacionamento.
Antigamente, estou falando do tempo histórico, a tribo estava relativamente coesa. Tínhamos lugares para se encontrar casualmente, formar amizades, se ver. A contemporaneidade privilegiou o individuo e assim nossos laços tribais se dissolveram. Não temos mais praças, parques, clubes, tavernas, feiras, fóruns e festas regulares onde nos encontrar, desfrutarmos um dos outros e aplacar nossa sede social.
Ganhamos um espaço próprio gigante, que nos permitiu uma evolução extraordinária. Se hoje nem conhecemos direito nossos vizinhos, podemos viver como bem entendemos, esta é benesse dos tempos.
Só que esta situação nos deixa sempre ansiosos pelo Outro, que nos falta. A vida corrida que tantos bens nos trás por um lado, não nos permite o cultivo adequado do social, acabamos por nos isolar, muitas vezes em frente da televisão, que só fala mas nunca nos ouve.
Bem, não mais. Entram os sites de relacionamento onde você pode não só ir fazendo e descobrindo amigos, como pode recuperar um monte de amizades que estavam aparentemente “perdidas para sempre”, engolfadas pelo turbilhão da vida moderna. É fácil, é só ir clicando que magicamente vão aparecendo seus colegas do primário, do ginásio, da faculdade, dos lugares onde trabalhou, dos esportes que praticou, as empresas onde trabalhou, suas realizações profissionais, as viagens, as cidades, os bairros, tudo o que puder servir de referência lá está.
Agora o xis da questão. Para que e como explorar todo este relacionamento agora possível ?
 5. Imergindo na nuvem da internet…
Relacionar-se é fundamental para nossa espécie. É a base – como o trabalho – dá saúde mental. Precisamos do outro e se for me estender posso dizer que “somos o outro”. E como não dá para frequentarmos as praças, as ruas, os parques e encontrarmos todo mundo, temos os sites de relacionamento. Como usá-los me pergunta esta querida amiga. Conhecendo-a razoavelmente preparei para ela uma estratégia específica para o Facebook.
É extraordinário, é de uma riqueza sem par. A gente nem imagina. Mas atente para um fato muito importante: você não está perdendo tempo.
Digo isto porque muita gente boa, à princípio, tem a nítida impressão de que ficar meia hora em frente a um computador se comunicando é tempo perdido. Como estão enganados !
É um tempo preciosamente ganho. Cada ligação, cada passo que você der em direção a um domínio maior destes instrumentos significa que você poderá ter, desfrutar e interagir com um grupo de amigos cada vez maior – como se você fosse a um parque, a uma festa, a um ponto de encontro onde todos estivéssemos – e de fato estamos.
 6. Finalmente, voltamos ao ponto de partida: o conteúdo.
A internet não é mágica, não cria nada. Portanto é como disse lá atrás: é necessário saber-se quem se é, o que se faz, o que se procura, como e porque, com precisão.
Sabendo-se isto, é fácil desenhar uma estratégia digital – ou seja, como aproveitar esta maravilha, este novo einconnu Renascimento que estamos vivenciando sem nos dar conta que é a era digital.
Você tem uma oportunidade de reconhecimento, de amizades e de novos negócios antes impensável. Olhe a tela do computador agora e veja: estamos conectados ! Se quiser falar – diga ! – é só mandar um e-mailoswaldo@artpresse.com.br ou entrar em algum site de relacionamento, estou em vários. Não quer ? Então dê um Google, estou todo lá, digitalizado e feliz da vida, ampliando a cada dia minhas relações, pelo meu valor e nada mais.

Não é uma época, realmente, extraordinária ? Então, sejam bem vindos !
Fonte: http://ekoeducacaocorporativa.com.br/estrategia-digital-se-voce-nao-esta-entendendo-provavelmente-e-incompreensivel/

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