terça-feira, 30 de outubro de 2012

Inteligência Coletiva - Pierre Lèvy

Inteligência Coletiva - Pierre Lèvy.
Veja que interessante.
"Santa Inteligência Coletiva"
"O professor é incentivado a tornar-se um animador de inteligência coletiva de seus grupos de alunos em vez de um fornecedor direto de conhecimentos – Pierre Lévy – da coleção;"

Santa Inteligência Coletiva!

O professor é incentivado a tornar-se um animador de inteligência coletiva de seus grupos de alunos em vez de um fornecedor direto de conhecimentos – Pierre Lévy – da coleção;
'Está caindo a ficha que a diferença do ser humano mais do que a informação e o conhecimento de forma isolada e individual, se deve a sua capacidade de interagir e aprender em grupo.
Quanto mais Inteligência Coletiva geramos, mais capacidade temos de inovar e prosperar e vice versa.
Bate com o que percebo no meu dia-a-dia.
Ou seja, o que muda é a soma produtiva dos cérebros e não um sobre os demais.
Tão óbvio!
Desde que adotei o modelo 2.0 de dar aulas, mais tenho me enriquecido como pessoa.
Vamos refletir juntos.
magine um professor que chega em sala de aula com seu Power Point e apresenta um conceito qualquer e os alunos assistem e vão embora sem nada falar – para exemplificarmos um caso bem extremo, porém, infelizmente, não tão raro no Brasil.
O professor sai da sala de aula com o que trouxe, digamos “60 reais de conhecimento”.
Pode ser que falando sobre o tema – pode ser – tenha sacações umbigais, pois o monólogo também auxilia a pensar e – nessa hipótese – imagina-se que ele saia com “70 reais de conhecimento”.
Ganhou 10 reais de conhecimento em uma sala de aula.
E os alunos que não dormiram, suponhamos, que ganharam os tais 60 reais.
Suponhamos agora que o coordenador de inteligência coletiva entra em sala de aula e pergunta o que a turma pensa daquele conceito e colhe pontos de vista.
De cara, ele aprende como é o senso comum da turma sobre o tema, sobre o qual tem mais tempo de discussão.
Ou seja, ele aumenta o seu cérebro + todos os outros que estão em sala de aula, que compartilham o senso comum de todos.
É um ganho enorme, pois, de cara, o coordenador já sabe o que vai falar para dar um upgrade cognitivo na turma e o que não precisa mais dizer, pois isso todos já chegaram.
Ganho de tempo intelectual para todos + motivação.
Cada novo cérebro, um discurso diferente um novo ponto de vista, quanto mais diversidade exitir ali, mais a turma vai crescendo.
E quanto mais tivermos pensadores incomuns na turma, mais ainda vai se ganhando pontos.
Só naquele momento, digamos que ele ganha uns 160 reais de conhecimento, pois passa a saber como os alunos pensam e como ele pode dar um upgrade naquela visão.
Não perde tempo falando no que é consenso, mas só naquilo que aparece como questão.
Santa economia intelectual!
Começa o debate e ele é obrigado a ir revendo o seu discurso no processo, a partir dos pontos de vistas distintos, o que vai alargando a sua base de alternativas, o que daria talvez mais uns 60 reais de conhecimento.
Por fim, pode acontecer, que algum aluno venha com uma questão nova, (perguntas novas são tão boas!), o que já vale mais uns 60…
E ainda alguém que mostre uma contradição na lógica do incentivador, o que vale 120,00, pois o participante já deixa de ser participante que “aprende” e ensina algo também.
<![if !supportLists]>·         <![endif]>Assim, ao final da sala de troca, o professor tradicional saiu com 70,00.
<![if !supportLists]>·         <![endif]>O incentivador de Inteligência Coletiva entra com 60 + 160 + 60 + 60 + 120 = 460 reais de conhecimento !!!!
Some a motivação de dar uma aula sempre diferente, podemos ainda acrescentar mais valor.
O mesmo se diz da turma, que entra também com a sua visão e sai enriquecido com todos os cérebros presente e não só o do professor, ganhando ainda a visão dos colegas, pois se aprende bastante com as dúvidas e questões dos demais.
Por isso, o Power Point é um assasino de Inteligência Coletiva.
O que nos leva a repensar conteúdos fechados, saltando dos códigos fechados da Idade Mídia para os códigos abertos da Idade Digital, que falarei em post ainda esta semana.
Por isso, um computador em sala de (j)aula de participantes calados é uma desperdício intelectual.
E por isso, temos que rever o jeito de dar (j) aula com incentivadores de inteligência coletiva no lugar de professores.
Concordas?'
Mantive os diversos links porque reportam a mais artigos interessantes. 

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Inteligência Coletiva é um conceito inovador; Pierre Lèvy acerta em suas considerações. 
Ele não só apóia as novas tecnologias e o uso da internet para a aquisição de informação e conhecimento como vai mais além, formulando conceitos inusitados, como o da Inteligência Coletiva: cada um sabe um pouco, mas ninguém sabe tudo.
E essa troca, esse "lugar" abstrato onde podemos construir uma "inteligência", um repositório de conhecimento que não só soma, mas principalmente, multiplica em tempo real, enriquecendo aqueles que dela fazem parte - mudando a humanidade é a web - para Lèvy, a internet é esse local. 
É lá que multiplicaremos nossos conhecimentos, mediante esforços coletivos, num depósito de informação e conhecimento que nos altera/melhora/completa/complementa.
“ 'Elas podem ser melhor compartilhadas quando aumentadas e transformadas por sistemas técnicos e externos ao organismo humano', explicou Lévy, referindo–se aos meios de comunicação e à internet."
Fonte: http://webinsider.uol.com.br/2002/09/09/a-inteligencia-coletiva-segundo-pierre-levy/

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