sábado, 24 de janeiro de 2015

Processos Sustentáveis e Não Sustentáveis


Processos Sustentáveis (desambiguação)


Sustentabilidade é o conceito que está na moda, isso se já não cansou os ouvidos e os olhos de muitos. Mas como diversos conceitos, sustentabilidade muitas vezes é entendida como ambientalismo ou uma das variações que chegarão perto do equivocado sentido.
Sustentabilidade está relacionada a processos. Um processo é considerado sustentável quando seu ciclo é fechado, onde seus mecanismos irão promover a manutenção de todo o movimento reduzindo ou eliminando pressões ao meio externo.
Do ponto de vista econômico, a produção é um processo e será sustentável quando puder se manter ao longo dos ciclos sem agredir as outras esferas (social e ambiental) e sem perder eficiência. Daí que sustentabilidade tem a ver com as questões sociais, ambientais e econômicas.
E por que é tão importante que esse ciclo reduza seus impactos no sistema externo? O caminho é uma via de mão dupla, a produção econômica afeta as condições sociais e alteram características ambientais e essas transformações causam impactos no próprio sistema de produção. Portanto, se criarmos um processo que não agrida o meio externo, garantiremos que a vida útil da produção se estenda.
Se a produção não agride o ambiente e nem destrói as condições sociais, excelente para o ambiente e a sociedade. E se os mecanismos da sustentabilidade permitem manter a eficiência do processo de produção e ainda que o mesmo seja prolongado, melhor para a economia.
O desafio é como tornar um processo de produção sustentável. Mas antes de buscar esta resposta é necessário que os preconceitos sobre o assunto sejam eliminados.
Fonte: https://academiaeconomica.com/2012/02/processos-sustentaveis-desambiguacao.html

Processos sustentáveis - COMO FAZER MAIS E MELHOR COM MENOS.Temos falado da importância da sustentabilidade para uma empresa que deseja ser norteada pela inovação, apresentou o tripé da sustentabilidade (com os aspectos econômicos, sociais e ambientais) e os conceitos que devem ser levados em conta por aqueles que estão empenhadas com o desenvolvimento sustentável e desejam ser reconhecidas por tal.

A Visão sob a ótica de Processos

Hammer e Champy (1994):
processo é um grupo de atividades realizadas numa sequência lógica com o objetivo de produzir um bem, ou um serviço que tem valor para um grupo específico de clientes. Davenport (1994): processo é uma ordenação específica das atividades de trabalho no tempo e no espaço, com um começo, um fim, inputs e outputs claramente identificados, tais atividades são estruturadas com a finalidade de agregar valor aos inputs, resultando em um produto para um cliente.
Oliveira (1996): processo é um conjunto de atividades sequenciais que apresentam relação lógica entre si, com a finalidade de atender e suplantar as necessidades e expectativas dos clientes externos e internos da empresa. Dicionário Michaelis: Série de ações sistemáticas visando a certo resultado. Ex: o processo de fazer vinho. Dicionário Houaiss: modo de fazer alguma coisa; método, maneira, procedimento.
Gonçalves (2000) Processo é qualquer atividade que toma um input, adiciona valor a ele e fornece um output a um cliente específico. Destaca também a característica de interfuncionalidade dos processos. A maioria dos processos empresariais, especialmente os processos-chave ou primários, atravessa as fronteiras das áreas funcionais da organização.
Gonçalves (2000) Pode envolver não só aspectos intraorganizacionais (interação entre os processos internos da empresa), mas também interorganizacionais (interação com os processos de outras organizações).
Gonçalves (2000) Abordagem alinha-se com a de Porter (1992): em uma organização, a importância da sua cadeia de valores e do seu sistema de valores para a criação de vantagem competitiva. A cadeia de valores é definida como o conjunto de atividades físicas e tecnologicamente distintas através das quais uma empresa cria um produto valioso para os seus compradores.
Gonçalves (2000) O sistema de valores representa a integração da cadeia de valores da organização com as cadeias de valores dos fornecedores e dos canais de distribuição.
José Ernesto Lima Gonçalves – EAESP/FGV RAE – Revista de Administração de Empresas – Jan./Mar. 2000 São Paulo, v.40 – n.1, p.6-19
Adair e Murray (1996) Processo consiste em um conjunto de tarefas executadas sequencialmente com a finalidade de gerar um resultado identificável, que pode ser um bem, um serviço, dados, ou informações O resultado do processo é sempre direcionado a um cliente – seja ele interno ou externo – que é quem define e avalia esse resultado.
Processo consiste em um conjunto de atividades executadas sequencialmente e que apresentam relação lógica entre si.
Tais atividades adicionam valor aos inputs (insumos) do processo, gerando um resultado identificável sob a forma de bens, serviços ou informações: os outputs.
Seu resultado é sempre direcionado a um "cliente", seja ele interno ou externo.
Qualquer atividade, ou conjunto de atividades, que:
1- toma uma entrada,
2- adiciona valor a ela e
3- fornece uma saída a um cliente específico.
Para tanto, os processos utilizam recursos da organização. As entradas e saídas podem ser diversas, até informações.

Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/395939/

O uso do termo "sustentabilidade" difundiu-se rapidamente, incorporando-se ao vocabulário politicamente correto das empresas, dos meios de comunicação de massa, das organizações da sociedade civil, a ponto de se tornar quase uma unanimidade global. 


Por outro lado, a abordagem do combate às causas da insustentabilidade parece não avançar no mesmo ritmo, ainda que possa estimular a produção de previsões mais ou menos catastróficas acerca do futuro e aquecer os debates sobre propostas de soluções eventualmente conflitantes. 

De todo modo, assim como acontecia antes de 1987, o desenvolvimento dos países continua a ter como principal indicador, o crescimento econômico, traduzido como crescimento da produção ou, se olhado pelo avesso, como crescimento (preponderantemente não sustentável) da exploração de recursos naturais. 

As políticas públicas, bem como a ação efetiva dos governos, ainda se norteia basicamente pela crença na possibilidade do crescimento econômico perpétuo e essa crença predomina largamente sobre a tese oposta, o decrescimento econômico, cujas bases foram lançadas no início dos anos 1970, por Nicholas Georgescu-Roegen.12 

Segundo Amartya SenPrêmio Nobel de Economia 1998
"Não houve mudança significativa no entendimento dos determinantes do progresso, da prosperidade ou do desenvolvimento. Continuam a ser vistos como resultado direto do desempenho econômico."13



sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

INDICADOR AMBIENTAL

Indicadores ambientais
Um indicador, segundo a Agência Europeia de Meio Ambiente (AEMA), é um valor representativo de um fenômeno que quantifica a informação mediante a agregação de diferentes dados, dando lugar à informação sintetizada. Os indicadores simplificam a informação ajudando a descrever e valorar fenômenos mais complexos (VIEIRAS; POULIQUEN; SOTO, 2005).
Ou ainda:
Os indicadores podem comunicar ou informar sobre o progresso em direção a uma determinada meta, como, por exemplo, o desenvolvimento sustentável, mas também podem ser entendidos como um recurso que deixa mais perceptível uma tendência ou fenômeno que não seja imediatamente detectável. (HAMMOND et al, 1995 apud BELLEN, 2005, p. 41).
Os indicadores de sustentabilidade constituem um sistema de sinais que permitem aos países avaliar seu progresso em gestão ambiental a respeito do desenvolvimento sustentável. Os indicadores ambientais, assim como os econômicos e sociais, permitem que se compare uma base comum de informação selecionada e processada, o que facilita a objetividade nos processos de decisão, seu ordenamento, geração e enriquecimento mediante o fortalecimento da participação dos cidadãos (QUIROGA, 2005).
Para se chegar a um indicador capaz de mensurar processos não-sustentáveis de desenvolvimento, é necessário estabelecer um conjunto de critérios objetivos e verificáveis como, por exemplo: ser significativo para a avaliação do sistema; ter validade, objetividade e consistência; ter coerência e ser sensível a mudanças no tempo e no sistema; ser de fácil mensuração, baseado em informações facilmente disponíveis e de baixo custo; permitir a relação com outros indicadores (DEPONTI; ECKERT; AZAMBUJA, 2002).
Merico (1997 apud RUFINO, 2002) destaca que os indicadores ambientais são usados para se ter um retrato da qualidade ambiental e dos recursos naturais, além de avaliar as condições e as tendências ambientais rumo ao desenvolvimento sustentável.
A escolha dos indicadores ambientais é fator preponderante para sua posterior aplicação. As propriedades que devem caracterizar os indicadores, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) (1993, apud ALMEIDA; BRITO, 2002), são:
• relevância: deve ser representativo, de fácil compreensão e comparável;
• consistência: deve ser bem apoiado em termos técnicos e científicos e de consenso internacional;
• mensurabilidade: deve ser facilmente mensurável e passível de monitoramento regular a um custo não excessivo.
A necessidade de criação e desenvolvimento de indicadores de sustentabilidade fica confirmada no workshopdenominado Indicators for sustainable development for decision making (GHENT, 1995 apud BELLEN, 2005):
A utilidade dos indicadores de sustentabilidade, como mencionado na Agenda 21, foi confirmada pelo workshop. Os usos potenciais desses sistemas incluem o alerta aos tomadores de decisão para as questões prioritárias, orientação na formulação de políticas, simplificação e melhora na comunicação e promoção do entendimento sobre tendências-chave fornecendo a visão necessária para as iniciativas de ação nacional. (p. 53).
A utilização dos Indicadores Ambientais torna-se importante para os decisores na medida em que as atitudes do ser humano refletem no meio ambiente, formando cadeias de ação-resposta e permitindo uma verificação dos impactos causados:
Constata-se a existência de um ciclo, começando com uma pressão humana sobre o meio ambiente, afetando de forma diferente os diversos segmentos sociais e, termina, com uma resposta da sociedade. (Cunha, 2005, p. 4).
Ainda não se tem um modelo ideal que possibilite mensurar os impactos ambientais. Existem, porém, opções disponíveis para seleção e desenvolvimento de indicadores, como os modelos Esquema para o Desenvolvimento de Estatísticas Ambientais (EDEA) e Pressão-Estado-Resposta (PER). Os mais usados são os modelos para a tomada de decisão ou elaboração de estratégias que definem a relação entre a informação ambiental e os valores sociais e/ou objetivos e metas políticas; e modelos dos processos ambientais e das interações sociedade/meio ambiente que tratam de classificar os problemas ambientais em termos de causa/efeito (OCDE, 1993 apud CUNHA, 2005).
Apesar dos avanços obtidos por alguns países, ainda existem obstáculos a serem vencidos de forma mais harmônica e produtiva. Nesse sentido, desenvolver estudos sobre os indicadores se faz necessário diante da urgente necessidade de fortalecimento da capacidade dos países de produzir estatísticas sociais e ambientais confiáveis que permitam uma melhor formulação e monitoramento das políticas de desenvolvimento (QUIROGA, 2005).
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-41522009000200008


Um indicador ambiental pode ser entendido como a representação de um conjunto de dados, informações e conhecimentos acerca de determinado fenômeno urbano/ambiental capaz de expressar e comunicar, de maneira simples e objetiva, as características essenciais (como ocorrência, magnitude e evolução, entre outros aspectos) e o significado (como os efeitos e a importância socioambiental) desse fenômeno aos tomadores de decisão e à sociedade em geral. 

Sua adoção envolve a perspectiva de ser utilizado no acompanhamento de cada fenômeno urbano/ambiental ao longo do tempo, no sentido de avaliar o progresso ou retrocesso em relação ao meio ambiente.

Em 2010, 28 cientistas de renome internacional reuniram-se em Estocolmo, Suécia, para aprimorar o diagnóstico da crise ambiental da atualidade. O resultado foi a identificação de nove ameaças ao planeta (SOFFIATI, 2012):

Mudanças climáticas: Geradas pela emissão de gases do efeito estufa, notadamente o CO2, o aquecimento global está provocando uma rápida mudança no clima podendo comprometer a agricultura, pecuária e urbanização.

Esgarçamento da camada de ozônio: Apesar de revertido o processo de desgaste da camada de ozônio por meio de novas técnicas e tecnologias, não se resolveu de todo o processo de corrosão da camada de ozônio, escudo fundamental para a continuidade das formas de vida mais complexas no planeta.

Acidificação dos oceanos: Mais que as florestas, os oceanos cumprem o papel ecológico de absorver o dióxido de carbono existente na atmosfera e produzir oxigênio. Contudo, muito gás carbônico e muita absorção dele pelos mares levam à acidificação dos oceanos e à destruição de ecossistemas fundamentais, como os bancos de corais e os animais com carapaça, por exemplo. 

Água doce: O planeta é composto por 2/3 de água, mas muito pouco dela é doce, fundamental à agricultura, à pecuária e à humanidade. A água doce está sendo desperdiçada ou utilizada para o lucro.

Biodiversidade: Apesar do errôneo entendimento de muitos que pensam que os que a defendem gostam de plantinhas e bichinhos, é a biodiversidade que garante o equilíbrio dos processos biológicos essenciais do planeta.

Ciclos do nitrogênio e do fósforo: O processamento de nitrogênio e fósforo é muito maior que aquele feito pela natureza, aumentando, assim, os processos de eutrofização das águas doces e salgadas.

Uso da terra: A conversão de metade das florestas, principalmente tropicais, em lavouras e pastagens, quebra a capacidade do planeta em exercer suas funções vitais de equilíbrio.

Cargas de partículas na atmosfera: Atualmente, o lançamento de partículas na atmosfera dobrou desde a revolução industrial. Elas são extremamente nocivas à vida.

Poluição química: Cerca de 100.000 diferentes compostos químicos produzidos pelo sistema industrial está sendo aplicado em todo o mundo atualmente, o que vai afetar os seres vivos e a humanidade.

Os princípios de base dos sistemas de indicadores ambientais são os seguintes:
• Comparabilidade: os indicadores devem permitir estabelecer comparações e apontar as mudanças ocorridas em termos de desempenho ambiental;
• Equilíbrio: os indicadores ambientais devem distinguir entre áreas problemáticas (mau desempenho) e áreas com perspectivas (bom desempenho);
• Continuidade: os indicadores devem assentar em critérios similares e em períodos ou unidades de tempo comparáveis;
• Temporalidade: os indicadores devem ser atualizados com a regularidade necessária para permitir a adoção de medidas;
• Clareza: os indicadores devem ser claros e inteligíveis.

Teoricamente, faltam indicadores que possam ser expressos nas mesmas unidades para mensurar o desenvolvimento sustentável. Renda per capita, parâmetros sociais, indicadores físico-químicos e biológicos são mensuráveis em seus próprios termos, mas não podem ser conversíveis em outros termos.

O Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UICN/PNUMA/WWF, 1991) adotou dois índices para medir o desenvolvimento humano ou a qualidade de vida humana: O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH - Human Development Index) e o Índice de Liberdade Humana (IFH - Human Freedom Index)

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): é uma medida comparativa que engloba três dimensões: RIQUEZA, EDUCAÇÃO, ESPERANÇA E MÉDIA DE VIDA. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população.

O índice foi desenvolvido em 1990, pelos economistas Amartya Sem e Mahbubul Hag, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no seu relatório anual.

O Índice de Liberdade Humana (IFH) é uma modificação do Guia Mundial dos Direitos Humanos (World Human Rights Guide) (UICN/PNUMA/WWF, 1991), que usa 40 indicadores para medir a liberdade. A pontuação “1” é indicada para cada direito de liberdade que é protegido, e a pontuação “0” para cada direito de liberdade que é violado.

O índice que está causando sucesso atualmente é o Índice de Felicidade Interna Bruta (FIB). O cálculo do FIB considera nove dimensões: 1) bom padrão de vida econômica, 2) boa governança, 3) educação de qualidade, 4) boa saúde, 5) vitalidade comunitária, 6) proteção ambiental, 7) acesso à cultura, 8) uso equilibrado do tempo, e 9) bem-estar psicológico. Existe até uma fórmula para o FIB:

Sachs (1997) já havia proposto algumas dimensões, tais como alimentação sadia, saúde preventiva acima da curativa, habitação condigna, trabalho socioambientalmente útil, educação renovada, vestimenta e lazer. A felicidade ficaria a critério de cada um a partir desta base.

A conservação dos sistemas de sustentação à vida necessita da conjugação dos itens de prevenção da poluição, recuperação e manutenção da integridade dos ecossistemas do planeta, e do desenvolvimento de um sistema abrangente de áreas protegidas. A conservação da biodiversidade requer a adoção dessas medidas, além da ação para recuperar e manter as espécies e os patrimônios genéticos. Os indicadores primários medem as condições do ecossistema ou da espécie em questão. Os indicadores secundários medem os impactos humanos. Os indicadores terciários medem as ações para reduzir os impactos.

Na relação de indicadores abaixo, o número entre parênteses aponta se o indicador é primário (1), secundário (2) ou terciário (3):

Progresso na prevenção da poluição

• Emissões anuais de dióxido de carbono, metano, CFCs, óxido de enxofre, óxido de nitrogênio: total per capita e por unidade de PIB (2)
• Qualidade dos rios: oxigênio dissolvido e concentração de nitrato (1)
• Tratamento de águas servidas: porcentagem de população servida por estações de tratamento de esgoto (3)
• Acidentes industriais: quantidade, número de mortes, por unidade de PIB (2)

Progresso na recuperação e manutenção da integridade dos ecossistemas


• Porcentagens de área de terra natural, modificada, cultivada, construída e degradada (1)
• Porcentagem dos ecossistemas naturais e modificados, ou tipos de vegetação em áreas maiores do que 10.000 hectares (1)

Progresso no desenvolvimento de um sistema abrangente de áreas protegidas

• Percentagem de cada região ecológica que é coberta por áreas protegidas (3)

Progresso na recuperação e manutenção de espécies e patrimônios genéticos


• Número de espécies e percentual ameaçado por extinção, erradicação, percentual de populações estáveis, crescentes e em decréscimo significativo (1)
• Número e percentual de espécies endêmicas ameaçadas por extinção (1) e em áreas protegidas (3)
• Percentual de espécies ameaçadas com populações viáveis em instalações ex-sito (3)
• Índice de diversidade de espécies domesticadas (1)
• Índice de variedades domesticadas (1)
• Índice de uniformidade de cultura e de criação (1)
• Percentual de variedades tradicionais em coleções ex-sito (3)
• Índice de situação de bancos de genes (3)

Os indicadores seguintes fariam a medição da eficácia das ações, para reduzir o consumo e estabilizar o crescimento populacional:

• Consumo per capita de alimentos, água, madeira e minérios
• Uso per capita de energia
• Uso de energia por unidade de PIB
• Geração de resíduos municipais, per capita e por unidade de PIB
• Geração de resíduos industriais, per capita e por unidade de PIB
• Geração de resíduos nucleares descartados, por unidade de PIB e por unidade de energia
• Tendência populacional
• Taxa de Fertilidade Total
• Densidade populacional.


Autor: Colunista Portal - Educação

Os indicadores ambientais começaram a atrair as atenções no final dos anos 70, embora se possa dizer que desde meados dos 1800 há registros de indicadores, utilizando dados de qualidade do ar e temperatura (GROVER, 2003). 
Em 1968, como consequência dos anos pós-guerra, do crescimento da população e dos eventos de poluição ambiental, os EUA aprovaram uma lei que tornava obrigatória a publicação de estatísticas sobre a qualidade ambiental. 
O Índice de Qualidade Ambiental foi criado pela Fundação Nacional para a Vida Selvagem (NWF), publicado pela primeira vez em 1969. Inicialmente, o mesmo avaliava sete recursos naturais - água, ar, solo, mineral, flora, fauna silvestre e habitat. Atualmente, a NWF tem trabalhado com indicadores relacionados com os recursos ambientais, entre os quais os de consumo - de grãos, peixes, produtos florestais e água potável - e um relativo às emissões de CO2.


Os indicadores cumprem com o objetivo social de melhorar a comunicação entre os decisórios políticos e a sociedade na discussão de temas complexos sobre os quais há necessidade de um consenso social acerca da estratégia de sua abordagem, como a detectável em termos imediatos, tendo um significado maior que o fornecido pela observação direta, expresso por gráficos ou formas estatísticas. Ressalta-se que os indicadores são distintos das estatísticas e dos dados primários (ADRIANSEE, 1993).


Um indicador ambiental pode ser entendido como a representação de um conjunto de dados, informações e conhecimentos acerca de determinado fenômeno urbano-ambiental capaz de expressar e comunicar, de maneira simples e objetiva, as características essenciais (como ocorrência, magnitude e evolução, entre outros aspectos) e o significado (como os efeitos e a importância socioambiental associado) desse fenômeno aos tomadores de decisão e à sociedade em geral. Sua adoção envolve a perspectiva de ser utilizado no acompanhamento de cada fenômeno urbano-ambiental ao longo do tempo, no sentido de avaliar o progresso ou retrocesso aqueles que refletem uma relação significativa entre algum aspecto do desenvolvimento econômico e social e um fator ou processo ambiental (CARRIZOSA, 1982).


Os indicadores ambientais estão estreitamente associados aos métodos de produção e de consumo e refletem frequentemente, intensidade de emissões ou de utilização dos recursos, e suas tendências e evoluções, dentro de um determinado período. Podem servir, também, para evidenciar os progressos realizados visando a dissociar as atividades econômicas das pressões ambientais correspondentes (KRAEMER, 2004). Nesse sentido, indicadores ambientais são importantes e indispensáveis para fundamentar as decisões referentes aos mais diversos níveis e nas mais diversas áreas. Uma parte deles se refere aos indicadores de desempenho ambiental, utilizados para sintetizar informações quantitativas e qualitativas que permitam a determinação da eficiência e efetividade de um sistema produtivo, do ponto de vista da utilização dos recursos disponíveis.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

E-Learning - Tendências e Previsões 2014-2016

Novo relatório comprova o Valor Adicionado do e-learning Iniciativas



Leia o relatório e descubra:
Por que se deve investir em Aprendizagem Systems Management
 Como E-Learning está acionando o crescimento na Nuvem Technologies crescimento em software mundial


Docebo E-Learning Ecosystem

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Aparelho detecta agrotóxico nos alimentos

Aluna de mestrado desenvolve biossensor que detecta a presença de pesticidas em amostras de água, alimentos e solo.


O custo final do aparelho deve ser entre R$100,00 e R$200,00.

E mais:
Projeto de lei restringe uso de agrotóxicos no País
Campanha Permanente Contra Agrotóxicos e Pela Vida
Butão esta próximo de ter uma agricultura totalmente orgânica
Você é o que você come...e o que foi necessário para sua produção
Conheça o Mapa de Feiras Orgânicas e Grupos de Consumo Responsável.
Agrotóxicos - Consulta Pública da ANVISA para banir o Parationa Metílica e o Forato


Leia abaixo a matéria de Henrique Kugler
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O novo sensor detecta, em amostras de solo, água ou alimento, os níveis de contaminação por metamidofós, pesticida altamente tóxico usado principalmente nas culturas de soja, milho, algodão, tomate, batata, pimentão e morango. (foto: divulgação)
Talvez você não o conheça. Mas certamente já ingeriu doses homeopáticas desse silencioso veneno. Estamos falando do metamidofós – um dos pesticidas mais utilizados nas lavouras brasileiras até muito recentemente.

Sua comercialização foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2012. Ainda perduram, no entanto, seus efeitos toxicológicos no ambiente e na saúde humana.
“Trata-se de um biossensor compacto e de baixo custo”

E como saber se determinada amostra de solo, água ou alimento está contaminada com esse pesticida? A resposta pode ser dada pelo novo biossensor desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e da Universidade de São Paulo (USP), campus de São Carlos. É uma espécie de ‘detector de agrotóxico’.

“Trata-se de um biossensor compacto e de baixo custo”, define a matemática Izabela Gutierrez de Arruda, que projetou o aparelho durante seu mestrado no Instituto de Física da UFMT. O princípio é simples: em uma fina película especial, é colocada uma enzima chamada acetilcolinesterase, que está naturalmente presente no organismo humano e atua nas ligações entre os neurônios (sinapses). O metamidofós ataca essa enzima, podendo provocar graves danos à saúde.

Em condições normais, a acetilcolinesterase emite prótons. Mas, em contato com moléculas de metamidofós, essa produção é alterada. A leitura dessa alteração pelo aparelho indica que determinada amostra está contaminada com o pesticida.


A pequena fita contém acetilcolinesterase, enzima que sofre uma alteração em seu padrão de emissão de prótons quando entra em contato com o metamidofós, o que permite detectar a presença desse pesticida nas amostras analisadas. (foto: divulgação)

“A detecção é feita em poucos minutos”, diz Gutierrez, explicando que, pelos métodos tradicionais, o tempo de espera é muito maior. “Hoje geralmente aferimos a presença de resíduos de pesticida em amostras após enviá-las a laboratórios de cromatografia e espectroscopia.”

A tecnologia traz ainda outra vantagem: ela pode ser facilmente adaptada para detectar outros agroquímicos além do metamidofós.
Primeira patente em 40 anos

A ideia ainda não ultrapassou as fronteiras da academia. Mas o projeto já está devidamente patenteado – é, aliás, a primeira patente registrada na UFMT, após 40 anos de existência dessa instituição. “Aguardamos a iniciativa do setor privado, que deve logo se interessar em produzir o novo biossensor”, comenta um dos orientadores do projeto, o físico da USP Francisco Eduardo Gontijo Guimarães. Segundo os cálculos da equipe, cada aparelho deverá custar entre R$100 e R$200.
Cada aparelho deverá custar entre R$100 e R$200

“O biossensor pode ser útil à indústria alimentícia”, prevê Izabela Gutierrez. Ela diz que produtores rurais e agentes de fiscalização também poderão se beneficiar do aparelho para otimizar práticas de controle ambiental. “O próprio Ministério da Saúde pode se interessar, dado que o uso de agrotóxicos é, atualmente, um problema de saúde pública.”

Contaminação do lençol freático, dos rios e dos solos, danos neurológicos, convulsões, distúrbios de concentração e memória... A lista de danos associados a esse agrotóxico é extensa.

Embora o metamidofós tenha sido proibido, os pesquisadores acreditam que ele ainda pode estar sendo usado em nossas lavouras. Só para constar: em Mato Grosso, o maior usuário nacional desse pesticida, o consumo anual era de, em média, seis milhões de litros por ano.

Os caminhos e descaminhos de nossas práticas agrícolas estão registrados na reportagem 'Paraíso dos agrotóxicos', publicada em setembro passado na Ciência Hoje. O impacto dos pesticidas na saúde pública foi abordado na vídeo-reportagem'Agrotóxicos: dúvidas, evidências e desafios', veiculada no fim de 2012 aqui na CH On-line. Esse tema também já foi submetido ao exame crítico e minucioso de nosso colunista, Jean Remy Guimarães, no texto 'Pesticidas, saúde e o custo social da revolução verde', que deu muito o que falar.

por: Henrique Kugler | Ciência Hoje On-line

Fonte: http://agorasustentabilidade.blogspot.com.br/search/label/Ambiente

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

UEB forma 220 licenciados em Matemática na modalidade EaD


Universidade do Estado da Bahia forma 220 alunos no curso de matemática

Graduação é oferecida na modalidade de educação a distância via sistema da Universidade Aberta do Brasil

Estudantes da primeira turma do curso de licenciatura em matemática, da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) irão colar grau nesta quarta-feira (11). O evento acontece em diversos campi da Uneb na capital e no interior do estado. O curso é oferecido na modalidade de educação a distância (EaD) via sistema da Universidade Aberta do Brasil (UAB). 
A licenciatura em matemática EaD foi promovida por meio de um convênio entre a Uneb e o sistema UAB, reunindo estudantes de 20 polos espalhados pelo estado da Bahia.
A primeira turma da graduação foi aberta no primeiro semestre de 2009 e encerrou as suas atividades no segundo semestre de 2013. Atualmente, duas turmas da licenciatura estão em curso e uma nova deve ser aberta em 2015.
No campus I, em Salvador, o evento será presidido pelo reitor da instituição, José Bites de Carvalho. Já no interior, os diretores dos departamentos concederão o título aos concluintes. Além disso, os alunos irão se formar nos polos onde foram realizadas as aulas, em datas definidas pela Unidade Acadêmica de Educação a Distância (Unead).
Universidade Aberta 
Criada em 2005, a Universidade Aberta do Brasil (UAB) é um sistema integrado por universidades públicas que oferece cursos de nível superior para camadas da população que têm dificuldade de acesso à formação universitária, por meio do uso da metodologia da educação a distância.
O público em geral é atendido, mas os professores que atuam na educação básica têm prioridade de formação, seguidos dos dirigentes, gestores e trabalhadores em educação básica dos estados, municípios e do Distrito Federal. Hoje, o Sistema é coordenado pela Diretoria de Educação a Distância (DED) da Capes.
Fonte:Portal Brasil com informações da Capes 

domingo, 18 de janeiro de 2015

Conheça o Programa Bolsa Verde

Com origem em setembro de 2011, o Programa de Apoio à Conservação Ambiental Bolsa Verde oferece, a cada três meses, R$ 300 para famílias que se apresentem em reconhecida situação de extrema pobreza, e que vivem em áreas consideradas como prioritárias à conservação do meio ambiente.
Tal benefício, pode ser dado por dois anos, com possibilidade de renovação. A iniciativa ganhou força, justamente porque quase a metade dos cidadãos brasileiros em extrema pobreza – 47% - habitam em zonas rurais. Desse modo, há uma visão de ampliar a renda e a conservação ambientalincentivando iniciativas individuais dos moradores desses espaços.
O Bolsa Verde – que faz parte do Programa Brasil Sem Miséria – se destina às pessoas que se dedicam em desenvolver atividades sustentáveis em torno de recursos naturais, em: Reservas Extrativistas, Reservas de Desenvolvimento Sustentável Federais, Florestas Nacionais e também Assentamentos Ambientalmente Diferenciados da Reforma Agrária. Outros locais ainda podem sofrer inclusão ao Programa, tais como: territórios ocupados por ribeirinhos, extrativistas, populações indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais.
Dessa forma, tenta-se reconhecer as comunidades tradicionais e agricultores familiares e compensá-los por serviços ambientais prestados à sociedade brasileira.

Detalhes sobre o Bolsa Verde

Bolsa Verde foi instituído pela Lei nº 12.512 de 14 de outubro de 2011, e regulamentado pelo Decreto nº 7.572 de 28 de setembro de 2011, tendo as seguintes bases: incentivo à conservação dos ecossistemas (manutenção e uso sustentável); promoção da cidadania e melhoria das condições de vida das populações; elevação da renda da população em situação de extrema pobreza que trabalhe com a conservação dos recursos naturais no meio rural; incentivo à participação dos beneficiários em ações de capacitação ambiental, social, técnica e profissional.

Números do Bolsa Verde

De um total de 71.398 beneficiários, 23.268 já foram cadastrados regularmente pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICM Bio), outros 42.164 foram inscritos por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e os 5.966 restantes pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU). A área coberta pelo Programa Bolsa Verde corresponde a cerca de 5,5% do território nacional, em 945 áreas beneficiadas – 68 Unidades de Conservação Federais (33% das famílias), 877 projetos de assentamento do Incra (59% das famílias), famílias ribeirinhas, que vivem em áreas de responsabilidade da Secretaria de Patrimônio da União (9% das famílias) – a grande maioria dos inscritos, 78%, moram na região Norte.

Para saber mais, clique aqui e aqui. São iniciativas que, se bem conduzidas, devem ser ampliadas.